Ruínas do Coliseu de Roma
Política à nabantina
Pão e circo
Os romanos é que sabiam. Para alimentar a plebe (o povo), a elite que dominava ia distribuindo alimentos grátis (trigo = pão) e organizando espectáculos, sobretudo cruéis, para entreter a população. 23 Séculos mais tarde, não consta que nesta parte do Império tenha havido muitos coliseus, sem os quais... O que não obsta a que a actual maioria socialista tomarense se tenha especializado na coisa. Afinal sempre somos dirigidos, junto ao Nabão, pela geração mais bem preparada de sempre. O que supõe uns conhecimentos mínimos de história. Teoricamente.
Verdade seja dita, o conceito socialista, (pelo menos na versão nabância), não é bem o mesmo da velha Roma imperial. Para os romanos, era pão e circo, pane et circenses segundo Juvenal. Agora em Tomar, para os anabelistas é nitidamente mais tipo pão e CIRCO. Atentas as circunstâncias, pão só em último caso, sob a forma de casinhas para alguns, comezainas, subsídios e entradas na administração local, pela porta do cavalo. Impera portanto o circo e o ornamental. O que redunda num belo espectáculo frequente.
Com a informação praticamente toda na mão, mediante prévia aquisição bem onerosa, o grupinho liderante usa sempre a mesma prática. Buxo da mata seco? Árvores municipais secas? Fecho do registo civil? Falta de médicos? Fuga demográfica? A autarquia não tem nada a declarar. Ou acha que não lhe compete, ou simula que ignora. Mas vai aproveitando -lá vem o circo- para dizer que a roda do Mouchão está uma maravilha, o Flecheiro vai ficar uma beleza, a Várzea ficou espectacular, a Festa vai ser um extraordinário sucesso, e assim por aí adiante. Infelizmente com pouca criação de riqueza, mas é o que se pode arranjar.
O povo submisso vai aceitando, fazendo aquilo que Einstein considerava uma prova da estupidez humana: repetir uma experiência, esperando obter resultado diferente. Após três votos sucessivos na actual maioria, os nabâncios parece que ainda não perceberam. Andam agora alguns com problemas de consciência. Perante os cada vez mais frequentes desaires, protestam. Mas continuam a "apoiar a senhora". Condenam as consequências, mas continuam a apoiar a causa. Como se fosse algo de facto compatível em termos de coerência filosófica. Pobre terra! Panhonha sou eu!
Tanto mais que, mesmo com tantas habilidades, o Império romano acabou por cair, como todos os outros, antes e depois. E logo por razões económicas (falta de trigo...). Bem diz o povo: "Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão." Até que...
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