quarta-feira, 26 de abril de 2023


25 de Abril

"Quem semeia ventos colhe tempestades"

Terminadas as comemorações da praxe, é de algum desânimo o sentimento entre os abrilistas porque sim de Tomar. Forçados a aplaudir, garantindo que foi um grande sucesso, para não destoar nem desagradar à patroa, ao mesmo tempo que puderam observar várias manifestações críticas do 25 de Abril, que julgavam sagrado e eterno, convenhamos que não é uma situação pessoal nada confortável. A propiciar surtos esquizoides. Oxalá que não!
Mas só a usual ignorância política pode justificar tal estranheza, por dois motivos centrais. Por um lado e sobretudo, o inatacável Ramalho Eanes, do alto da sua costumeira parcimónia nas palavras, foi claro: "O 25 de Abril criou as condições para o exercício da cidadania. Infelizmente esqueceram-se de formar cidadãos." Querem mais claro? Sem cidadãos capazes, adeus cidadania, adeus sociedade harmoniosa e virada para o futuro. Vivemos numa coisa assim em forma de algo indefinido, sempre aceitando o que vem, sem grande ânimo.
Por outro lado, indo ao observado, desde que inesperadamente alcançaram o poder, os membros da actual maioria socialista local -entenda-se a sua líder- enquanto por um lado vão cometendo as piores heresias para conquistarem votos (subsídios, ajudas, empregos pela porta do cavalo, concursos subvertidos, etc, etc, etc.), por outro, vão hostilizando os adversários, que confundem com inimigos, e até procurando silenciar e marginalizar socialistas antigos, só porque não perderam o hábito cidadão de criticar frontalmente o que lhes parece estar mal. Como se em Tomar o Partido socialista tivesse começado em 2013...
Tais atitudes, que demonstram duplicidade, hipocrisia e espírito de intolerância, são em geral apanágio de gente de baixo coturno. De cidadãos só de nome, desprovidos de educação e de boas maneiras, quanto mais agora de formação política e económica à altura dos lugares que em teoria desempenham.
Em conclusão, como bem diz o povo, "Quem semeia ventos, colhe tempestades", mesmo que, para disfarçar, garanta que a tempestade mais não é afinal que uma suave brisa oceânica. Pois! Em 2025 logo veremos. Por agora parecem esquecer um facto importante: Na chamada Europa ocidental, restam apenas dois governos socialistas. Em Espanha e Portugal. Até a Grécia, com problemas semelhantes aos nossos, já ultrapassou essa originalidade chamada "Cereja", o BE de lá.


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