domingo, 17 de dezembro de 2017

Ruas perigosas numa cidade de turismo

Se foi um dos que pensaram, para com os seus botões, que o escrito anterior é um bocadinho exagerado, saiba que está enganado. Na verdade, quem exagera é você, ao pensar assim, se calhar na defesa da sua dama. E por falar em dama, aí está um detalhe em que tem toda a razão. Neste caso da falta de iluminação pública, numa parte da cidade antiga, a autarquia não tem qualquer culpa.
Sucede contudo que Tomar a dianteira não ataca pessoas ou instituições, só pelo prazer sádico de atacar. Procura sempre ater-se à crítica daquilo que entende estar mal. A necessitar portanto de alteração urgente. Neste caso da falha de iluminação pública, hoje sábado, 16 de Dezembro, os candeeiros já não estão acesos durante o dia, excepto em parte da Rua Direita, na Rua Pedro Dias e na Rua Nova. Ignora-se porque razão, mas é assim. Logo à noite logo veremos se o Bairro da Piçarra já tem iluminação pública, ou se, pelo contrário, as suas artérias continuam a ser ruas perigosas. Faça favor de olhar com atenção para as oito imagens seguintes e imagine-se a passar por elas, sobretudo de noite, a pé e sem iluminação pública:

 
Mesmo quando a velha calçada está pouco danificada, a irregularidade do piso em termos de horizontalidade impõe cautelas, com ou sem iluminação pública. Quem não conhece, o melhor é não se perder por aqui, mormente no inverno e sem luz.

Infelizmente, há mazelas que já duram há anos. E para torcer um pé, não é preciso mais nada. Mesmo com iluminação pública. Agora imagine-se por aqui às escuras...

O velho colector de esgotos de quatro lajetas, uma por baixo, duas nos lados e uma por cima, dá nisto: os ratos vão cavando galerias, que depois abatem com a passagem dos automóveis.

Não sabia? Pois é. Os ratos têm as suas entradas e saídas, conforme documenta esta imagem. Os esgotos são para eles, nesta parte da cidade antiga, uma espécie de Metro. Não é raro vê-los durante o dia, passeando pela ruas fora. Também têm os seus direitos, embora eu pessoalmente não seja do PAN, e sempre tenha preferido as ratas.

Convenhamos que neste caso se trata de evidente desmazelo municipal. Mas os defensores da actual maioria dirão que a câmara não pode ver tudo e que além disso tem muita falta de mão de obra especializada. Tudo desculpas pertinentes mas que infelizmente não reparam calçadas.

Será isto um piso aceitável, no centro histórico de uma cidade que pretende ser um grande centro turístico? A senhora presidente e/ou as senhoras vereadoras já experimentaram andar por aqui com aqueles sapatos de "tacão agulha"?
Pois claro. Não vêm, porque já conhecem bem a zona. Mas as turistas não sabem, coitadas...


Outro exemplo a pedir solução imediata. Ao cimo da Rua do Teatro, além da calçada para reparar, há um cabo telefónico que atravessa a rua a pouco mais de um metro do solo. O suficiente para derrubar qualquer transeunte que por ali passe durante uma noite sem iluminação pública...

Se nas outras artérias do Bairro da Piçarra a calçada está como está e os ratos se passeiam livremente, será decerto por falta de calceteiros. Sendo assim, as Escadinhas do Alto da Piçarra, tão verdejantes, padecem de falta de jardineiros. Acertei?

1 comentário:

  1. As imagens falam por si só. Ó senhor vereador do respetivo pelouro, vá lá, arregasse as mangas... Aquilo está uma vergonha.

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