A ideia era generosa. Gonçalo de Macedo, à época director do semanário Cidade de Tomar, decidiu lançar uma subscrição pública para erigir um monumento de homenagem aos bombeiros. Semana após semana, verificou-se que os leitores daquele periódico lá concordar com a ideia, concordavam; mas quanto a abrir os cordões à bolsa, isso é que pouco e devagar. Uma ideia generosa numa terra árida, só podia dar naquilo que deu -um monumento demasiado modesto para o fim em vista.
Agravando a situação, aquando da mais recente construção da rotunda, alguém teve a infeliz ideia de mudar o monumento, que estava naquele espaço relvado frente ao quartel, à ilharga da Av Norton de Matos, para a placa central, onde agora se encontra. Há gostos para tudo, sendo até costume dizer-que que gostos não se discutem. Ainda assim, na opinião de Tomar a dianteira, há ali uma visível incompatibilidade. Ou o monumento não é para aquela rotunda, ou a rotunda é demasiado ampla para aquele monumento.
Em qualquer caso, os nossos abnegados bombeiros, que tudo dão e pouco ou nada pedem em troca, merecem mais e melhor. Vamos a isso? Conseguir um monumento menos modesto para homenagear os soldados da paz?
O que ali está não prestigia ninguém. Nem o escultor, nem os autarcas, nem os bombeiros, nem os tomarenses. Mesmo se os visitantes são em general educados, o que os impede de dizerem francamente o que pensam sobre aquilo que vêem. Ainda por cima com a indicação em maiúsculas "HOMENAGEM DO CONCELHO DE TOMAR". Muita parra, pouca uva.
Sem comentários:
Enviar um comentário