Já aqui se escreveu mais de uma vez sobre os estragos provocados pelo tornado de 2010 no Coro alto do Convento de Cristo. As duas fotografias acima são assaz explícitas. Entre a primeira, anterior à citada intempérie, e a segunda, que é posterior, ruiu grande parte da cimalha entre os coruchéus da parede virada a sul. (Coroamento da fachada).
Apesar de decorridos sete anos, ainda ninguém na DGPC, nem sequer a direcção do monumento, terá considerado importante e prioritário o restauro da parte danificada, tarefa muito facilitada pelo facto de os elementos que derrocaram se encontrarem no local onde caíram
Em contrapartida, ontem e hoje houve surpresa e das grandes. Na porta de S. Tiago e na da saída na fachada norte, apareceu este aviso. na verdade bastante curioso. Atente o leitor nas suas duas versões:
Imagem obtida na porta de S. Tiago, às 17H30 de 12/12/2017. Mais de 48 horas após a tempestade. E os candidatos a visitantes a baterem com o nariz na porta. Muito agradável para quem fez dezenas de quilómetros só para visitar o monumento. Que falta de sensibilidade!
O texto em português destina-se manifestamente, no espírito de quem redigiu tal peça, a gente que merece pouca ou nenhuma consideração. Não se identifica nem localiza a intempérie, nem tão pouco se estabelece qualquer prazo de validade para ou aviso e/ou para o encerramento do monumento.
Já a versão inglesa é bem mais cuidada, destinada a gente de outra classe. A intempérie passa a ser a de ontem (10 de Dezembro) e o acesso ao Convento deixou de ser seguro por causa dela. Esclarece-se até que, por via disso, o monumento estará encerrado até nova informação.
Resta uma questão importante, quando se trata de turistas: Quem não entender português nem inglês, situação bastante comum, como deve proceder?
Elaborado por um português sem pretensões, Tomar a dianteira 3 protesta energicamente contra semelhante tratamento por parte de uma funcionária superior no exercício das suas funções, a quem não reconhece qualquer estatuto para tentar discriminar, amesquinhando-os, os visitantes nacionais e também os tomarenses. Que não são mais do que os outros, mas tão pouco são menos.
Agravando a asneira, já de si monumental, e a exigir pedido de desculpa ou mesmo demissão, os estragos causados no Convento pela tempestade do passado dia 10 resumiram-se afinal ao deslocamento de parte do vitral do janelão situado mais à esquerda nas fotos, o qual continua todavia inteiro e no sítio, apenas mais inclinado. Nada portanto que justifique o encerramento de todo o monumento património da humanidade, porque facilmente resolúvel com duas ou três barreiras métalicas de protecção, naturalmente amovíveis. Tal como no caso do sapateiro a tocar rabecão, quando se nomeia uma especialista em exposições temporárias para dirigir o turismo operacional de um dos principais monumentos portugueses, está-se à espera de quê? Que faça maravilhas? Ou que se atasque em asneiras, como tem vindo a acontecer? Donde a dúvida metódica: Nomearam-na para servir Tomar e o País? Ou tão só para a colocarem tão longe quanto possível de Lisboa, para evitar certas ocorrências?
Concluindo: Apesar da sua evidente e por vezes até grosseira falta de tacto, Tomar a dianteira 3 nada tem de pessoal contra a cidadã que foi nomeada para algo que salta a vista não estar ao seu alcance. Apenas critica a sua péssima prestação profissional, que em nada prestigia o Convento de Cristo, nem os tomarenses.
ADENDA
Uma vez mais, a informação local nada disse ou escreveu até agora, 13 de Dezembro, sobre o assunto. Evidentemente por falta de recursos humanos. E talvez também por continuar a haver gente convencida de que só acontece aquilo que é noticiado. Por isso estamos cada vez melhor, à beira Nabão plantados.
ACTUALIZAÇÃO, ÀS 13h30 DE 13/12/2017
Entretanto a Hertz e Tomar na rede já noticiaram a ocorrência, porém sem qualquer referência à manifesta desproporção da medida de encerramento daquele monumento.
Em Tomar, criticar está-se a tornar cada vez menos saudável, o que leva a que estejamos cada vez melhor, rumo a uma espécie de paz cemiterial. Cada qual assumirá as suas responsabilidades, quando seja caso disso.
ADENDA
Uma vez mais, a informação local nada disse ou escreveu até agora, 13 de Dezembro, sobre o assunto. Evidentemente por falta de recursos humanos. E talvez também por continuar a haver gente convencida de que só acontece aquilo que é noticiado. Por isso estamos cada vez melhor, à beira Nabão plantados.
ACTUALIZAÇÃO, ÀS 13h30 DE 13/12/2017
Entretanto a Hertz e Tomar na rede já noticiaram a ocorrência, porém sem qualquer referência à manifesta desproporção da medida de encerramento daquele monumento.
Em Tomar, criticar está-se a tornar cada vez menos saudável, o que leva a que estejamos cada vez melhor, rumo a uma espécie de paz cemiterial. Cada qual assumirá as suas responsabilidades, quando seja caso disso.
É medo da imprensa. Deu-se o caso do deslocamento do vitral, assume-se que possa existir alguma pedra tem-te-não-caias que possa desabar na cabeça de um visitante...-matá-lo mesmo, enchia as primeiras páginas dos jornais (cujas vendas reduziram 17,5% o ano passado).Veja-se o caso daquela senhora que, só por regalar-se com umas gambas e comprar uns trapinhos melhores para receber o PR, a Letícia,rainha de Espanha e a D. Maria, teve que se demitir. Procuro sempre ser a mais compreensiva das pessoas. Juro que não queria ter cargos políticos nos dias que correm. Vivem acagaçados. Olhe-se para aquele secretário de EStado que se demitiu por não ser capaz de justificar os 63 000 euros que recebeu da mesma IPSS num curto espaço de tempo. Lembro-me sempre daquele recibo do táxi que utilizei, em serviço, quando fui autarca que nunca submeti ao caixa com medo. Trezentos e tal paus naquela altura. Há coisas que nunca esqueço.
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