´Trata-se do mais pequeno monumento tomarense, o qual constitui uma ilustração do princípio da união dos contrários, uma vez que é uma homenagem ao maior empresário tomarense do século XX. De origem rural (actual freguesia da Madalena), Manuel Mendes Godinho edificou pouco a pouco um grupo empresarial que chegou a ser o principal empregador privado tomarense. Congregava nessa época casa bancária, central eléctrica, cerâmica e moagem. Mais tarde o seu filho, João Mendes Godinho, expandiu a empresa para a área dos transportes, das fibras de madeira, criando a Platex, e para os óleos alimentares, com a Tagol e o óleo Sol do Campo.
Com o 25 de Abril, as Fábricas Mendes Godinho foram intervencionadas, devido à nacionalização da banca. Seguiu-se um longo período algo caótico, que terminou com a falência do grupo, essencialmente devido ao excesso de pessoal. Dele restam actualmente, como empresas independentes, a IFM, em Tomar e Famalicão da Nazaré, e os óleos alimentares. Todo o conjunto de instalações urbanas da empresa, excepto a sede do banco, foi mais tarde doado à Câmara pelo Banco Espírito Santo. É o agora chamado Complexo da Levada, onde já estão enterrados mais de seis milhões de euros dos contribuintes.
O busto, executado a partir de uma fotografia, é da autoria de A. Anjos, que trabalhou na área de cerâmica da empresa. Quanto à frase "Homenagem do povo do concelho" resulta essencialmente da vontade de Fernando Patrocínio, coordenador da Comissão de Trabalhadores de FMG, sendo que o povo do concelho nunca foi visto nem achado nessa matéria. Como sempre acontece.
Será brevemente publicado em livro (no primeiro semestre de 2018) um livro sobre a história do "Grupo Mendes Godinho".
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