José Delgado (PSD) - "Não é difícil detectar onde existem roturas, ou quem está a roubar água no concelho. Basta fazer um estudo."
Anabela Freitas (PS) - "A questão das perdas de água leva a que haja um tarifário mais elevado que nos concelhos vizinhos, sendo que a água também é comprada mais cara.
Não podemos mexer no preço de compra da água. Se conseguíssemos diminuir as perdas, conseguíamos diminuir outras rubricas que compõem a factura da água. Estão identificados três motivos para as perdas, incluindo o roubo a partir das bocas de incêndio, ou a alteração de contadores, para que não marquem o que efectivamente se gasta.
Também há perdas de água que se referem ao combate a incêndios e a roturas."
Apesar dos preços e dos problemas, houve prémios de qualidade. Falta apenas apurar a qualidade de tais prémios.
Perante tais afirmações, várias perguntas se apresentam como pertinentes, tanto para melhor esclarecimento dos consumidores, como para encontrar soluções mais favoráveis para todos:
1 - Se, como afirma o eleito PSD, não é difícil detectar roturas e roubos de água no concelho, bastando fazer um estudo, porque razão ou razões a autarquia nunca encomendou esse estudo, mesmo por ajuste directo? Seria apenas mais um de muitos...
2 - Uma vez que somos dos concelhos mais próximos da albufeira do Castelo do Bode, onde a EPAL se abastece, porque pagamos a água em alta mais cara que os outros?
3 - Diz a senhora presidente que "Não podemos mexer no preço de compra da água em alta." Porquê? Os contratos leoninos são anuláveis em qualquer altura, bastando demonstrar que são leoninos. E se outros estão a comprar a mesma coisa a custo inferior... Ou também há "rendas garantidas", como no caso da energia eléctrica?
4 - Uma vez que a câmara reconhece haver roturas, situação normal numa rede que data em grande parte de 1937, estão à espera de quê para renovar a dita rede, para já pelo menos no Centro histórico?
5 - Dado que nos concelhos vizinhos onde a água é mais barata, não há SMAS, tem a câmara uma ideia dos custos de funcionamento daquela estrutura municipal?
5 - Qual ou quais as vantagens e desvantagens da eventual extinção dos SMAS, seguida da concessão a privados, em bloco ou separadamente, da água, limpeza, esgotos e recolha de resíduos sólidos? Já alguma vez foi feito esse estudo comparativo custos/benefícios?
No estado actual das coisas, a administração central é o principal empregador do concelho de Tomar, logo seguida pela administração local, vulgo câmara, cujas despesas com pessoal são da ordem dos 40%. Tal como no Alentejo. Ou nos antigos países ditos socialistas, da Europa de leste. Com a consequências agora bem conhecidas de todos. Será sensato insistir nessa via?
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