As fotos supra, obtidas no sábado 02 de Setembro, mostram aspectos do Nabão, na parte já limpa de algas, à volta do Mouchão, após uma semana de actividade laboral algo caótica. Julga-se ser óbvio que testemunham uma conjugação de falhanços.
Falhou o executivo, ao não acautelar os interesses do município aquando da assinatura do ajuste directo, por não impor um caderno de encargos detalhado e de execução obrigatória, cuja elaboração devia ter solicitado antes aos competentes quadros superiores da autarquia, que também para isso são remunerados. Falharam estes, por não terem assessorado capazmente os políticos, sabido como é que, tanto no governo como nas autarquias, os políticos estão de passagem, os funcionários superiores são permanentes. Cabe-lhes por isso assegurar o adequado funcionamento da máquina administrativa respectiva. Falharam finalmente os elementos da empresa contratada, ao não cumprirem minimamente aquilo a que se comprometeram: limpar o rio entre o Açude dos frades e o do Flecheiro, mais a zona da Ponte das Ferrarias.
É provável que, perante mais este evidente desaire, os visados façam constar que foi seguido o ponto de vista daquele oportuno biólogo, que disse deverem ser conservadas algumas algas no Nabão, porque nem todas são problemáticas. É óbvio que isso não passa de uma treta pseudo-científica, por dois motivos. Primeiro, porque não se vê como possa ser exequível essa absurda selecção prévia. entre "problemáticas" e não "problemáticas". Segundo, porque o que agora acontece com as algas do Nabão é afinal recorrente nas empreitadas camarárias.
Ainda hoje não se sabe qual a utilidade da barraquinha misteriosa do Mouchão, ou do muro chanfrado entre a relva e a moagem Mendes Godinho. Após as obras de milhões, o ex-estádio municipal ficou sem balneários nem bancadas. O esgoto instalado na Mata do sete montes só muito mais tarde foi ligado ao Convento. Os previstos nove lugares de estacionamento para autocarros junto à fachada norte do mesmo monumento, acabaram por ser só sete, com alguma boa vontade. A rampa para cadeiras de rodas e carrinhos de bébé nunca foi instalada nos sanitários junto ao castelo. Após as obras, os autocarros deixaram de poder cruzar-se na Estrada do Convento... Trata-se portanto de um condenável comportamento usual. Não de uma infelicidade passageira.
Os visados não gostam mesmo nada de ler estas coisas, o que se compreende, mas os factos são o que são. Estas colunas sempre estiveram e estão à disposição para qualquer desmentido devidamente assinado que queiram publicar. Porque será que isso nunca aconteceu?
Agravando singularmente a questão, Tomar a dianteira tomou conhecimento, durante uma conversa fortuita no Mouchão com um militar na reserva, que afinal a dragagem do Nabão, com a imediata recolha do produto da dragagem não seria assim tão onerosa, bastando para tanto pedir apoio à nossas Forças Armadas. A Escola prática de engenharia, agora Engenharia 1 , dispõe das máquinas, meios de transporte e pessoal para esse efeito, agradecendo mesmo que apareçam necessidades dessa natureza, para assim poder facultar experiência prática aos militares que tem de formar, acrescentou a nossa fonte, concluindo que outras câmaras da região nunca hesitam em solicitar tal colaboração, pela qual em geral pagam apenas o combustível. Fica o alvitre, para futuras ocasiões.
Dá Deus nozes a quem não tem dentes...
Tudo feito “à Lagardère”.
ResponderEliminarJulgo que nem o Lagardère era assim tão desmazelado, d'autant plus qu'il était français e et en France on ne badine pas avec ces choses là. À moins de souhaiter se faire remercier.
ResponderEliminar