sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Sinalização e ditadores de algibeira

Na Rotunda, entre a Rua da Graça e a Rua dos Arcos

Na Avenida Marquês de Tomar, antes daquela encrenca com uma hipótese de rotunda, junto ao jardim da Várzea pequena.

As duas fotos acima são outros tantos exemplos da triste e bafienta mentalidade que continua a reinar em certos gabinetes dos Paços do concelho. Por óbvia inépcia dos eleitos, que deviam dirigir aquela casa. Deviam...
Explicando melhor. Em ambos os casos documentados nas fotos o erro é flagrante, pelo que  a aselhice e a falta de liderança política saltam aos olhos. No primeira foto, aquele conjunto de indicações, colocado em plena Rotunda, entre a Av. Cândido Madureira e a Rua dos Arcos, devia estar antes, no final na Rua Everard. Única maneira de cumprir as normas internacionais que regulam a sinalização automóvel. Com efeito, esse normativo estabelece que os painéis indicadores devem estar sempre do lado direito da via e antes do local da manobra a executar. Assim sendo, na anómala situação actual, os condutores que queiram dirigir-se para o Turismo ou para o Convento, obedecendo à referida norma internacional, vão virar para a Rua dos Arcos. E sabe-se lá quantos o terão já feito. Levados ao engano por técnicos municipais, que serão excelentes pessoas, mas manifestamente erraram neste caso. E insistem no erro, dando a ideia de se estarem nas tintas para todos os condutores que não conheçam bem Tomar. Os outros, os conhecedores, não querem saber, como sempre. É o estilo tomarense. Por isso estamos cada vez melhor.
Sabe-se lá quantos os terão já feito, escrevi eu acima. Pois quanto ao outro painel, colocado na Avenida Marquês de Tomar, há pelo menos uma condutora que já foi enganada por aquela excelente sinalização municipal.
Detalhando. Ia eu a passar junto à Pensão Luanda, quando uma senhora, que circulava naquela via de acesso ao parqueamento tarifado, depois de me ter perguntado se eu era de Tomar, confessou estar perdida e solicitou o melhor caminho para... Caldas da Rainha!!! O que mostra bem a óptima qualidade da sinalização tomarense.
Expliquei-lhe pausadamente que devia fazer inversão de marcha ao fundo da Rua Sacadura Cabral e depois seguir as indicações IC 9 Leiria até ao IC 2, após o que devia seguir os painéis IC 9 Nazaré, até encontrar a indicação A 8 Caldas da Rainha/Lisboa.
Para grande surpresa minha, chegada àquela ridícula hipótese de rotunda, ali à ilharga do jardim da Várzea pequena, que nada justifica, dado que há espaço mais que suficiente para uma rotunda de tamanho normal, a senhora, escrevia eu, contornou aquilo e foi para a esquerda, rumo à Rua Dr. Sousa. Naturalmente, senti-me um pouco culpado, dizendo para os meus botões que se calhar não me explicara de forma assaz clara, pelo que a senhora não compreendera.
Só mais tarde percebi o óbvio: A condutora fora simplesmente induzida em erro pelo primeiro painel de sinalização que encontrou. Isto porque, se é correcto que o hotel e o Prado são no ramal para a direita, o que justifica a seta a 45 graus. o IC9 Leiria não é para a esquerda de forma alguma. Porque é a continuação da estrada nacional e não há qualquer ramal à esquerda. A não ser para a Quinta da Anunciada, como todos sabemos. Todos não. Os senhores dirigentes municipais, que mandam nesta coisas, pelos vistos não sabem.
Pior ainda. Não sabem nem querem saber. Ou antes, não querem dar o braço a torcer, porque isso seria admitir o erro. O que, pensam as aquelas cabecitas, lhes retiraria autoridade. É a tal triste mentalidade ditatorial de trazer por casa. Tipo Maduro, Mugabe, Castro, Zédu e por aí fora. Já perceberam decerto que as coisas não vão nada bem, mas recusam mudar o que quer que seja. Para preservar a sua autoridade e infalibilidade. 
Pois senhores ditadores de algibeira, continuem assim! Não mudem nada, que vão longe. Um dia virá quem bom de mim fará. E vos modificará. Ou vos levará a calçar os patins, que quem não está bem muda-se. É inevitável.  Mera questão de bom senso. E de paciência.
Porquê? Porque, na situação actual, a câmara de Tomar se assemelha a um camião com três motores. Um, o dos eleitos, que tenta puxar para a frente. Os outros dois, de alguns técnicos superiores, que pela calada vão puxando para trás, convencidos que estão a fazer uma grande obra. Afinal, é próprio dos menos dotados a nível cabeçal não intuirem atempadamente todas as consequências daquilo que fazem e/ou provocam.
Pobre gente. Pobre terra.

2 comentários:

  1. Boa! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Eu, que por aí andei a "turistar", cada vez que lia algumas dessas placas, dava-me vários NÓS no juízo!!!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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