Mais um disparate
Confirmando o que aqui escrevi, ao falar de cisão, o PS Tomar decidiu por unanimidade retirar a confiança política ao militante Luís Ferreira, na reunião da Comissão política de sábado passado, noticia a Rádio Hertz. Anteriormente o citado militante já se demitira de todos os órgãos partidários, excepto da Comissão política da Federação de Santarém, tendo também anunciado que passava a deputado municipal independente. Não se vislumbra por isso qual a necessidade de agravar a evidente cisão, anunciando a perda de confiança política.
Numa longa declaração algo atabalhoada, a denotar natural nervosismo, Ferreira anuncia que vai continuar a lutar contra os aspectos negativos da coligação com a CDU, acrescentando que, nas condições actuais, não fará parte da candidatura PS nas próximas autárquicas.
São tudo complicações escusadas e algo disparatadas de parte a parte, numa conjuntura particularmente difícil para os socialistas nabantinos. Com efeito, Tomar a dianteira sabe que a presidente Anabela Freitas não se encontra nas melhores condições físicas e psíquicas para exercer o seu cargo. Tal situação resulta da complexidade da actual situação económica e política no concelho, mas não só. Há igualmente problemas conexos bastante graves, de natureza privada mas com óbvias implicações na sua actuação política. De tal forma assim é que no PS local paira já uma evidente angústia, a qual pode ser sintetizada em três interrogações: 1 - Aguentará até à campanha eleitoral, que se anuncia bem renhida? 2 - Conseguirá chegar ao fim da campanha eleitoral? 3 - Ainda tem condições para vencer?
As respostas atempadas a estas perguntas valem mais um mandato de quatro anos, uma vez que delas depende o futuro político do PS no concelho, sendo certo que, caso a actual presidente se mostre incapaz de ir com êxito até ao fim, o melhor será substituí-la quanto antes. Sob pena de derrota inapelável.
Embora sem o dizerem abertamente, os socialistas mais empenhados na política local não conseguem esquecer o inesperado abandono de Corvêlo de Sousa, também por razões psíquicas, e o que daí veio a resultar.
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