Turismo brasileiro em Portugal
É praticamente como
ir a Roma e não ver o Papa
A imagem supra foi copiada hoje 5/2/25, no Facebook, aqui em Fortaleza - Ceará - Brasil. Um circuito de nove dias, com tudo incluído, pela módica quantia de 4 mil euros. A partir de 3.840, como eles dizem. Por 7 dias esticados, uma vez que dois praticamente são para as viagens de ida e volta, (nove horas para cada lado), não se pode dizer que seja barato. Descontando mil euros/cliente para a viagem, dá uma diária tudo incluído a 430 euros por pessoa, nitidamente exagerada para o nível geral de preços em Portugal.
Outro aspecto a destacar é a enorme vantagem de Tomar estar integrada na Entidade Regional de Turismo do Centro, com sede em Aveiro, que engloba 100 concelhos e cujo ex-presidente é agora secretário de Estado do Turismo. Esta Entidade Regional de Turismo do Centro ostenta até ao presente uma excelente reputação na área da publicidade e promoção, mas a verdade é que este circuito para brasileiros endinheirados mostra o contrário. (4 mil euros são 24 mil reais, no mínimo, e um professor do ensino básico leva para casa pouco mais de 3 mil reais [500 euros] ao fim do mês).
Lendo o roteiro com atenção, constata-se que os futuros turistas só visitam Aveiro, Fátima e Nazaré, na zona Centro. O resto é Norte ou Lisboa. Então e Alcobaça, Batalha, Coimbra ou Tomar, quatro Patrimónios da Humanidade? Ficam para melhor oportunidade? Ou nem sequer sabem que existem nem onde ficam, apesar de falarmos a mesma língua? Há manifestamente qualquer coisa que me está a escapar, na área da promoção turística do património construído na ponta da Europa. Vir a Portugal e passar ao lado de quatro conjuntos património da UNESCO, incluindo aquele onde começaram de facto os descobrimentos, é obra! É praticamente como ir a Roma e não ver o Papa.
Faz muita falta em Tomar, como se pode ver, a extinta Comissão Regional de Turismo dos Templários, Floresta Central e Albufeiras, que os aprendizes de há anos atrás arrastaram para a desgraça. Mas a ideia ainda vive.
Caro António Rebelo,
ResponderEliminarO Turismo em Portugal não está muito virado para a parte cultural monumental em minha opinião.
Vemos isso pelo número de visitantes aos nossos principais monumentos , onde o Convento de Cristo apresentou um número de 311 879 visitantes em 2023.
Por exemplo a Livraria Lello no Porto recebeu a visita de 1,3 milhões de pessoas fruto da sua beleza, mas sobretudo da publicidade ligada ao Harry Potter, faturando 12,8 M€ e cada bilhete custa 10€
Fátima em 2024 teve 6,8milhões de visitantes.
Por isso o nosso convento , que não tem nenhum conteúdo como exposições temáticas permanente e/ou temporárias ( por exemplo Descobrimentos / Templários ) e com a quase nula ligação aos operadores turísticos , com uma diretora funcionária pública, não está nesses programas do Brasil nem na maioria dos outros países.
O termos uma Comissão de Turismo era só acrescentar tachos e incompetentes aos que já existem.
Temos como vice presidente da região de turismo do centro a Belinha e o que é que ela ajudou Tomar ??
Por isso enquanto não se tivermos outra política relativamente ao Turismo em Portugal , quem realmente dinamiza o País são os operadores privados e quase sempre contra a inércia do Estado.
Concordo consigo. O Turismo de Portugal podia ser bastante mais eficaz em termos promocionais e as novas Entidades regionais só servem para facultar tachos a incompetentes.
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