Autárquicas 2025
Políticos sabidões e intrujões
a armarem-se em incompetentes e coitadinhos
"O fantástico Hugão devia era ter ido para madeireiro. Para presidente da câmara não tem perfil nem competência alguma. Espero que receba uns belos patins nas próximas eleições. Tomar só tem a ganhar sem ele e os amiguinhos dele por perto."
O hábil comentário supra, copiado do Tomar na rede com os nossos agradecimentos, não é nada fortuito, ao contrário do que possa parecer. Foi visivelmente "plantado" por gente de uma daquelas chafaricas de comunicação, pagas a peso de ouro pela autarquia, num dos vários ajustes directos sem qualquer controlo.
Pretende inculcar a ideia de que o presidente substituto "e os amiguinhos dele" não têm perfil nem competência alguma para os cargos que tentam desempenhar. Transformar em desgraçadinhos os mais hábeis políticos concelhios (Filipinha e Huguinho), porque é disso que o povo gosta e nisso que vota. Caridade cristã mal entendida.
Repare-se. Temos uma autarquia com mais de 600 funcionários para 34 mil eleitores, de longe a maior densidade da região centro. Temos igualmente a maior quantidade concelhia de colectividades da região centro, às quais a maioria socialista vem distribuindo em subsídios anuais muito mais do que qualquer outra autarquia da região.
Já ouviram algum lamento a tal respeito, vindo da maioria socialista? É claro que não, porque estas situações não são fruto do acaso, mas produto da política da dita maioria PS tendência esquerdista. Que entretanto pretendem escamotear o melhor possível, tentando intrujar os eleitores, para melhor se conseguirem manter no poder.
A oito meses das próximas autárquicas, há como é normal muitas obras municipais anunciadas ou já em execução. Alguma delas estará pronta antes das eleições? Naturalmente que não, para evitar opiniões menos agradáveis. E parece-vos que tal situação é um simples fruto do acaso? Pois desenganem-se. Foi tudo devidamente calculado e programado, de forma a obter determinado resultado. Já pensaram o que seria o pessoal a refilar porque cortaram as árvores da Rua da Graça, fizeram asneiras em Carvalhos de Figueiredo, ou alojaram marginais nas novas casas da Choromela? Primeiro ganhar as eleições contra os palonços social-democratas. Depois logo se verá.
Filipa Fernandes e Hugo Cristóvão emanciparam-se de Anabela Freitas e ex-sócio, adquiriram experiência e integram agora o grupo dos melhores políticos PS da região, quer nos agrade ou não. Estão apenas a tentar intrujar o eleitorado, fazendo-se passar por coitadinhos incompetentes, porque é isso que melhor sabem fazer para levar a água ao seu moinho. Só vai na conversa quem quer. O voto é livre, mas exige alguma ponderação prévia.
A malta já se habituou a viver de esmolas e não querer outra coisa que não o PS. Já agora estou curioso para saber a sua opinião acerca do terreno do Flecheiro, o tal com duas avaliações muito díspares. O que pensa disso?
ResponderEliminarO caso do terreno do Flecheiro mostra a Câmara que temos. Eleitos sem experiência nem grande bagagem técnica ou capacidade de liderança. Funcionários superiores que não valem nem metade daquilo que recebem ao fim do mês, na sua maior parte.
ResponderEliminarA Câmara só devia candidatar-se aos fundos europeus e lançar o concurso para adjudicação da obra, depois de conseguidos todos os terrenos. Não o tendo feito, viu-se forçada a recorrer à expropriação por utilidade pública, situação muito duvidosa no caso, porque não se trata de nenhuma escola, estrada ou edifício público, mas de um espaço verde municipal, que tanto pode ficar maior como mais pequeno, que não faz grande diferença. Os donos do terreno toparam a falha e estão a procurar defender os seus direitos. O avaliador da Câmara diz que o terreno não vale grande coisa porque nele não se pode construir, por ser um espaço verde, e propõe 11 mil euros. Pelo contrário, o avaliador dos herdeiros do Perna da Serração, sustenta que o terreno é bom para construir, uma vez que até já lá funcionou uma serração de madeira e outra de mármore, quando aquilo era a zona industrial da cidade. Há portanto direitos adquiridos. Agora a questão segue para tribunal e promete durar, a menos que a maioria PS resolva reconhecer a burrice própria e a inépcia dos funcionários, pagando os 80 mil euros exigidos pelos herdeiros. Os americanos têm um provérbio segundo o qual "só se deve vender a pele o urso depois de abater o animal". A Câmara achou que era possível vender antes, no caso arrematar a obra. Agora sofre as consequências e nós pagamos, como sempre.
Naquele terreno não se pode construir por causa do PDM, de certeza que a câmara ganha. Eu estou a passar por algo semelhante pois tenho terrenos á venda que herdei, e faz-me muita confusão o trabalho dos avaliadores. Eu tenho uma pequena parte num terreno urbano que vai ser vendido por 220 mil euros, já há uma proposta que será efectiva se a câmara autorizar. Temos também um outro ao lado de 400 m2 pelo que já tivemos uma proposta de 30 mil euros que recusámos, o valor patrimonial nas finanças são de 18800 euros.
EliminarAquilo que me mete confusão no trabalho dos avaliadores é que é fantasioso, não é uma ciência exacta. Mas eles dizem peremptoriamente: "o seu terreno vale x!!!". O seu camarada e amigo Luís Ferreira escreveu no Facebook do TNR um comentário a defender a câmara PS que "a avaliação é feita de acordo com determinados critérios, e eu gostava de saber quais???!!! Eu posso estar enganado mas a ideia que eu tenho é que os avaliadores são uns aldrabões, eles mandam palpites, até eu era capaz de avaliar. O que estabelece o valor de um terreno é a interacção entre o vendedor e o comprador, até onde as partes estão dispostas a ir e se se intersectam aí chega-se a um consenso.
Eu também tenho partes em terrenos fora de Tomar que não consigo vender por causa do PDM. Já levei as cadernetas á imobiliária chave tejo e o homem perguntou -me: "Então quanto é que você quer por isto?" "Uns 30 mil respondi eu..." "30 mil!!! Nem 3 quanto mais 30!!! Não dando para construir!!", respondeu ele....
É capaz de ter razão, Helder. Mas no caso do Flecheiro há direitos adquiridos inegáveis e as leis portuguesas, por mais perfeitas e bem intencionadas que possam ser, não têm efeitos retroativos ou seja, no caso, se já lá houve construção, o PDM pode alterar a situação do terreno, mas a sua eficácia é nula em termos jurídicos. Bastará que os herdeiros tenham um bom advogado para deixarem a Câmara a falar sozinha, como é costume.
EliminarEu como lhe disse fui falar com o agente imobiliário da chave tejo e fiquei com boa impressão dele. Disse-me que já não há nada a fazer, o tempo para desafiar o pdm já passou, havia lá coisas erradas e houve quem conseguiu aprovar projectos mas que agora é melhor esquecer, já não há nada a fazer...
EliminarHá sempre algo a fazer, quando não dentro da legalidade, fora dela se necessário. Ou já se esqueceu dos militares que se revoltaram em Abril. Também não havia nada a fazer, até estavam em causa os superiores interesses da Pátria, etc. etc. e afinal bastou um corajoso mas ligeiro abanão para...
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