Luis Tadeu e Rui Ventura, candidatos PSD anunciados à ERTC.
Turismo e carreirismo político
Carreira turística de Anabela Freitas
mais curta e acidentada que previsto ?
Não podendo recandidatar-se em Tomar, por ter atingido o limite legal de mandatos, Anabela Freitas anunciou a sua candidatura à Entidade Regional de Turismo do Centro, acabando por integrar, como candidata a vice-presidente, a lista vencedora de Raul Almeida, do PSD, naquilo que apareceu na altura como um cambalacho entretanto negociado pelo presidente do Vila Galé, que pouco tempo antes conseguira comprar em Tomar um conjunto avaliado anos antes em 3,5 milhões de euros, por apenas 706 mil euros. Grande negócio, sem dúvida alguma.
Vice-presidente de Raul Almeida, Anabela Freitas passou a dirigir a área de Leiria, com gabinete nas instalações da ex-Comissão Regional de Turismo da Rota do Sol, quando a sede da ERTC é em Aveiro. Volvido pouco mais de um ano, o presidente Raul Almeida faleceu e Anabela Freitas assumiu interinamente a presidência da ERTC, até à realização de novas eleições, previstas para 27 de Março próximo.
Entretanto já surgiram duas candidaturas, ambas do PSD e também de autarcas impedidos de se recandidatar, por estarem no terceiro mandato. Primeiro foi Rui Ventura, presidente em Pinhel, e mais recentemente Luís Tadeu, autarca de Gouveia, ambos no distrito da Guarda.
Tendo em conta que o falecido presidente Almeida vinha de uma autarquia com 12 mil eleitores, e que os anunciados candidatos Ventura e Tadeu presidem ainda, respectivamente, em Pinhel (8.547 eleitores) e Gouveia (11.967 eleitores), a ERTC aparece como a Entidade Regional de Turismo do Centro dos Pequeninos. Situação algo estranha, quando se sabe que o dito organismo é composto por cem concelhos da Região Centro, onde avultam Coimbra (124.792 eleitores), Leiria (113.366 eleitores), Viseu (92.381 eleitores) e Aveiro (70.221 eleitores). Porque será que os grandes concelhos não candidatam ninguém? Simples acaso?
Quanto à ambicionada carreira turística de Anabela Freitas, factos convergentes indicam que pode vir a ser bastante curta, limitada a um mandato na melhor das hipóteses. Qualquer que venha a ser o vencedor em 27 de Março, nada o ligará a compromissos negociais anteriores com uma eleita de outro partido, e que integrou uma outra lista. Reforma inesperada para Anabela Freitas? Se for o caso, o PS sempre poderá aproveitar para a candidatar a outra autarquia da região. Não será tão bem remunerado como na ERTC, mas em tempo de crise...
Eu acho que estas entidades eram provavelmente desnecessárias num país tão pequenino. Entidades como estas e as CCDRs só servem para aumentar a burocracia e para jobs for the boys e girls. Com a internet a informação está disponível a todos e os turistas quando chegam no avião já trazem o itinerário do que querem ver e já sabem onde vão pernoitar. O carro também é alugado previamente. O mundo mudou radicalmente, vivemos na era do GPS...
ResponderEliminarÉ isso Helder. Mas somos um país rico, graças às esmolas da Europa via Bruxelas, o que nos permite várias extravagâncias. Na área do turismo, por exemplo, temos o Turismo de Portugal, encarregado da promoção no estrangeiro, as Entidades regionais de Turismo do Norte, Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve, com as mesmas funções de promoção, em Portugal e no estrangeiro. Como se não fosse suficiente, mesmo em duplicado, a Câmara de Tomar aluga todos os anos um pequeno stand e envia uma delegação de 3 pessoas (vereadora e 2 funcionárias) à FITUR - Madrid, uma feira de turismo para profissionais do sector. Nunca percebi o que vão lá vender as representantes tomarenses, mas estou certo que o executivo camarário, incluindo a oposição, devem saber, pois são eles que autorizam a TRIPLICAÇÃO, uma vez que na FITUR temos a barraquinha do Turismo de Portugal, a barraquinha da Entidade Regional de Turismo do Centro e a barraquinha do Turismo de Tomar, Cidade templária, todas com folhetos e outras promoções sobre a cidade do Nabão, muita vezes com poluição. Mas somos assim, que havemos de fazer? Já dizia o outro, que era poeta: "Não se nasce impunemente em Portugal". Em Tomar então, é melhor nem falar.
ResponderEliminarEu já estou na Inglaterra á 22 anos e quando cheguei haviam muitas lojas físicas de agências de viagens. Eu cheguei a ir lá cambiar dinheiro e comprar passagens aéreas. Foram fechando, há muitas menos hoje em dia, é tudo digital. É o que se passa com as agências bancárias, também vão desaparecendo por causa da net. Os turistas de hoje em dia alugam os quartos no Booking.com e no airbnb.
EliminarQuanto á Fitur e as viagens da vereadora Filipa acho bem que a oposição questione o executivo e até acho que os relatórios deviam de ser publicados no portal da transparência para serem analisados pelos tomarenses porque para mim é incompreensível a vice presidente ir á web summitt do rio de Janeiro, cheira-me a férias. Ela que viaje com o dinheiro dela...
O tema do Turismo é hoje um assunto com muitos especialistas mas que tem uma importância financeira enorme.
ResponderEliminarDesde os longínquos tempos da década de 60 onde timidamente se começou a receber estrangeiros, até aos dias de hoje muito foi o caminho percorrido.
E á semelhança de outros setores , sem uma visão estratégica para evitar os enormes erros que já aconteciam em outros países onde o turismo já tinha mais anos .
Até ao 25 de Abril, o Estado tentou direcionar esse mesmo turismo para gente mais endinheirada, até porque viajar nessa altura era bem mais caro do que hoje em dia.
Quantos podiam viajar de avião, onde a classe económica tinha mais requinte do que hoje uma executiva?
Os autocarros para França . iam sempre cheios , sendo hoje substituídos pelas low cost .
Não será de admirar que onde se pode ganhar muito dinheiro em especial com a destruição de paisagens e de modos de vida , falo do Algarve, se tenha transformado a costa num perfeito monte de betão , hoje apto para receber a escumalha europeia que só vai para lá por PREÇO.
Restam ainda alguns locais que resistiram a esta invasão, até porque Espanha nos fez o favor de ainda conseguir fazer pior.
Será sustentável Portugal ter recebido em 2024 quase 30 milhões de estrangeiros ( Espanha vai a caminho dos 100 milhões ) e depender de 28 mil milhões de euros de receitas ?
Ainda acham que é preciso aumentar e ter muitos organismos oficiais a parasitar o setor?
O Turismo à semelhança da imigração está a destruir o país, e tem de ser travado e repensado , sob pena de nos tornarmos um país de criados e o INATEL da Europa.
Quanto à Belinha , sempre foi uma parasita dos dinheiros públicos , sem nada a acrescentar ao bem comum.