quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025





Centro histórico

Esta gente sem raízes nem substância 
lembra-se de cada coisa!

A imagem supra foi copiada do TNR, (com os nossos agradecimentos), que por sua vez a terá reproduzido do projecto de requalificação de parte do Centro histórico. Trata-se de uma antevisão da praceta da entrada da Mata, a velha Cerca conventual. Por razões que me escapam, apoiadas numa estética vinda não sei bem de onde, uns senhores arquitectos paisagistas decidiram que havia estacionamento a mais naquela espaço, e vai de alargar a placa central e plantar quatro árvores de médio porte, porque há poucas na Mata.
Melhor ainda, o que era difícil, muito democraticamente resolveram retirar o pedestal do Infante D. Henrique, colocando-o ao nível do Nini a conversar com o Lopes Graça, no ex-estádio. Como se um nobre real do século XV fosse do mesmo nível de dois plebeus ilustres do século XX. Valha-nos nossa senhora da Agrela, que não há santa como ela!
Ó senhores que têm os livros! (Ou deviam ter?) Se querem mesmo rebaixar o Infante, levem-no para a casa dele, lá em cima no Castelo. Ou então para os Estaus, ao fundo da Rua dos Arcos, obra dele. Ali onde está, é que não. Nunca foi guarda florestal ou agricultor, e a Cerca só foi anexada ao Convento depois da reforma de 1529, já o Infante tinha morrido há 69 anos.
Citando o Nini Ferreira, "os visitantes gostam muito da festa, mas os tomarenses vêem-na com outros olhos." Acontece o mesmo em relação ao centro histórico. Os metecos, mesmo arquitectos, gostam muito, mas os tomarenses de raiz vêem a sua terra com outros olhos e outra paixão. 
Por conseguinte, deixem-se de devaneios, por favor! Procurem inovar na medida do possível, mas respeitando o passado. Mantenham ou aumentem os lugares de estacionamento, e dêem dignidade ao grande empreendedor dos descobrimentos, aproximando-o da sua casa ou da sua obra. Árvores há muitas. Sensibilidade e bom senso é que nem tanto, infelizmente.





Turismo

Mais um candidato a presidente da 

Entidade Regional de Turismo do Centro

Walter Chicharro é candidato à Turismo do Centro

Walter Chicharro, ex-presidente da Câmara da Nazaré, e actual deputado do PS, acaba de anunciar a sua candidatura à presidência da Entidade Regional de Turismo do Centro, segundo o Diário de Leiria. É o terceiro candidato, após os presidentes de Pinhel e Gouveia, ambos do PSD, que não se podem recandidatar às respectivas autarquias. A eleição terá lugar no próximo dia 27 de Março, nos  concelhos abrangidos pela ERTC, num total de cem eleitores qualificados.
A presidência da E.R. Turismo do Centro é actualmente assegurada interinamente por Anabela Freitas, vice-presidente na lista PSD de Raul Almeida, entretanto falecido.



quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025




TRIBUNA DO PSD TOMAR - Tiago Carrão

Tomar dos Templários ao futuro: 
O desafio da nossa geração

Há datas que carregam consigo séculos de história, identidade e legado. O 1 de Março é
um desses dias. Para Tomar, o 1 de Março não é apenas um feriado: é uma lembrança
de quem fomos, quem somos e quem podemos ser; é um compromisso com a nossa
identidade, com o nosso património e com o nosso futuro. Neste dia, há 865 anos,
Gualdim Pais lançava a primeira pedra do Castelo Templário, um marco que definiria o
destino da nossa cidade e de Portugal. Mas de que serve a história se não soubermos
dar-lhe continuidade?
Tomar é, na sua essência, uma terra de visão e estratégia. Desde os tempos da Ordem
dos Templários, passando pelo papel central da Ordem de Cristo nos Descobrimentos,
até à forma como ao longo dos séculos soubemos preservar e valorizar o nosso
património, Tomar sempre foi um símbolo de inovação e vanguarda. Este legado deve
ser a nossa inspiração para enfrentar os desafios do presente e construir um futuro que
honre a nossa história.
Hoje, mais do que nunca, precisamos da estratégia e da ambição que projetem Tomar
para o futuro. Precisamos de um modelo de desenvolvimento sustentável que proteja o
nosso património e, ao mesmo tempo, impulsione a economia local, valorize os nossos
empresários e crie oportunidades para as novas gerações. O nome de Tomar tem de
voltar a ser sinónimo de desenvolvimento, de progresso e de crescimento.
A celebração do 1 de março deve, por isso, servir para reforçar o nosso orgulho
tomarense, mas também para refletirmos sobre as nossas responsabilidades coletivas.
Que concelho queremos deixar para os nossos filhos e netos?
Este é um momento de compromisso. Um compromisso com a nossa história, com a
nossa identidade e, acima de tudo, com o nosso futuro. A força de Tomar reside nas
suas gentes e na sua capacidade de trabalho, de inovação e de fraternidade. Cabe-nos
a nós honrar esta herança e garantir que Tomar volte a ser uma referência nacional e
internacional.
Tomar tem desafios a enfrentar, mas tem também diversas oportunidades. O setor
empresarial precisa de um ambiente favorável ao seu crescimento, de forma a atrair
novos investimentos e a fixar talento jovem. É urgente uma política ativa de atração de
investimento, de desenvolvimento económico e de apoio ao empreendedorismo.
A habitação continua a ser um dos maiores desafios que se coloca aos jovens e famílias
tomarenses e, sem um plano e capacidade para o executar, continuaremos a assistir à
falta de uma resposta clara e eficaz ao aumento de preços, à escassez de oferta e à
necessidade de reabilitação urbana. O acesso a uma casa digna e a preços justos não é
uma questão de futuro, é uma urgência do presente.
O turismo, pilar da nossa economia, não pode viver da conjuntura nacional e
internacional. É urgente uma estratégia turística integrada para afirmar Tomar como um
território diferenciado. E a cultura, através de uma programação cultural diversificada e
acessível a todos, pode ser mais do que um elemento identitário e de valorização da
tradição e património, um verdadeiro motor de desenvolvimento económico e social.
Precisamos de uma visão estratégica que potencie os nossos recursos, requalifique os
espaços urbanos e crie condições para que viver, estudar, trabalhar e investir em Tomar
seja sinónimo de crescimento e de oportunidades num concelho mais dinâmico,
competitivo, saudável, seguro e preparado para os desafios do futuro.
Mas para que esta visão se concretize, Tomar precisa de mudança. Precisa de uma
liderança que compreenda a sua história, mas que não se limite a celebrá-la. Uma
liderança de olhos postos no futuro. É necessário um compromisso real com o
desenvolvimento sustentável, com a modernização da gestão autárquica e com uma
estratégia que valorize Tomar e os tomarenses.
O 1 de Março de 2025 deve ser mais do que uma comemoração; deve ser um momento
de reflexão, um ponto de viragem e de ação para que Tomar cumpra finalmente o seu
potencial. Que saibamos estar à altura da nossa história e, juntos, construir um futuro
que lhe faça jus, porque Tomar não é apenas um lugar no mapa, é a nossa identidade,
as nossas raízes, a nossa terra.

Tiago Carrão
Candidato do PSD a Presidente da Câmara Municipal de Tomar

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Imagem do carnaval da Madeira, com um bem conhecido folião: o ex-presidente do governo regional,  Alberto João Jardim.

Turismo e animação

Estará mesmo tudo certo?

Madeira investe mais de meio milhão de euros nos festejos de Carnaval - Turisver

A matéria do link supra, que nos chegou via mão amiga a quem agradecemos, obriga a colocar mais uma vez a questão: Na Festa dos tabuleiros, orgulho dos tomarenses, estará mesmo tudo certo, ou há gente a encher os bolsos à custa dos contribuintes? Vamos aos factos, procurando chegar a uma resposta definitiva, porque inequívoca.
Já aqui foi dito mas repete-se: É praticamente deitar dinheiro à rua, quando a autarquia resolve financiar grandes eventos com entradas à borla, dado que não há estruturas de acolhimento. Nem capacidade hoteleira, nem restaurantes suficientes, nem sobretudo estacionamento suficiente. Donde só podem resultar especulação, confusão, oportunismo e, naturalmente, descontentamento e reclamações dos visitantes que se sentem enganados, como se viu na edição 2023 dos tabuleiros, com centenas de visitantes a palmilhar quilómetros para regressar aos autocarros, estacionados demasiado longe por falta de organização.
Temos agora mais um caso concreto, que nos permite concluir que o investimento público tomarense nos tabuleiros é pura burrice, com contornos de peculato. Vejamos. A Madeira são 254 mil eleitores e 40 mil camas turísticas. Tomar são 34 mil eleitores e naturalmente muito menos camas turísticas que na Madeira, pois ninguém está a ver uma situação insólita de mais camas turísticas do que eleitores inscritos.
Num contexto assim tão desequilibrado em termos quantitativos, o governo madeirense resolveu investir meio milhão de euros nas festividades do carnaval 2025, que duram mais de uma semana e incluem entradas pagas para algumas actividades, e bancadas para milhares de espectadores.
Em circunstâncias similares, a Câmara de Tomar transferiu quase milhão e meio de euros para a Festa dos tabuleiros, que praticamente dura três dias separados, se contarmos o cortejo dos rapazes, as ruas populares ornamentadas e o grande cortejo, sem entradas pagas, sem estacionamento, e com poucas bancadas para o público.
Que é isto, senão esbanjamento, peculato e deitar dinheiro à rua, para que alguns mais arteiros vão enchendo os bolsos à custa dos nossos impostos? Onde estão os benefícios para a comunidade tomarense de tão elevada despesa? Quem se governou? Faz algum sentido a autarquia de um pequeno concelho de 34 mil eleitores gastar com uma festa de três dias, três vezes mais que o governo de um território com 254 mil eleitores, num Carnaval que dura uma semana? Parece ser um caso de deboche financeiro.
Há cinco séculos, o desastrado D. Sebastião terá dito "Morrer sim, mas devagar!" Parafraseando, que agora os tempos são outros, Roubar sim, mas mais devagar, se fazem favor!



Política local

A geringoncinha nabantina 
e as convulsões no BE



A notícia é da Hertz, mas já antes um comunicado do PSD tinha revelado o desastre do PS. A Assembleia Municipal chumbou a proposta de aumento das tarifas da Tejo Ambiente. Finalmente, o parlamento local votou contra a novel empresa intermunicipal, assim acabando, pelo menos provisoriamente, com a geringoncinha local.
Tornara-se com efeito evidente, ao longo do mandato, que havia uma incongruência na extrema esquerda local (BE-CDU). Ambos criticavam fortemente a sucessora dos SMAS, sobretudo a CDU, mas no final acabavam votando conforme os interesses do PS. Basta consultar as actas da AM para constatar que sempre assim foi, até agora.
Ao votarem desta feita no mesmo sentido da oposição social-democrata, BE, CDU e o presidente de Junta de Carregueiros, deram uma facada na geringoncinha local, faltando apenas saber se foi mortal ou não. O tempo o dirá e as eleições são já ali adiante...
Enquanto isso, um dos componentes da geringoncinha, o BE, parece estar seriamente combalido, na sequência dos apoios aos ciganos, aos imigrantes, à Palestina e outras causas fracturantes, como os patins calçados a algumas parturientes funcionárias e ainda a amamentar. Segundo a Hertz, perspectiva-se o abandono de alguns históricos, não se sabendo mesmo nesta altura se haverá condições para apresentar candidatos às próximas eleições. 
Tempos difíceis para os trotskistas tomarenses, em época de maré ascendente da extrema-direita.


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025



Eleições na Alemanha
 
Extrema-direita alemã 
vai subindo e assusta

Como é bem sabido, TAD3 trata quase exclusivamente a actualidade nabantina, raramente alguma ocorrência nacional mais significativa. Abre-se agora uma excepção, para abordar os resultados das eleições legislativas alemãs de domingo 23/02/2025.
Porquê esta mudança de critério? Por se ter chegado à conclusão que a informação portuguesa poderá ser geralmente isenta, mas completa não é. Neste caso das legislativas alemãs, por exemplo, os leitores habituais dos títulos nacionais ficaram a saber que a CDU/CSU venceu, com 28,6%,  e a AfD, de extrema direita, conseguiu o segundo lugar, com 20,8%, registando o actual chanceler social democrata uma pesada derrota.
Mas veja lá se consegue ler nalgum órgão de informação nacional que a AfD venceu nos cinco estados da antiga Alemanha comunista, com resultados que impressionam:

SAXE.........................42,9% aumento de 17,2%
TURÍNGIA.................38,6%       "            14,6%
SAXE-ANHALT.........37,4%       "            19,6%
MECKLEMBURGO...35,3%       "            17,3%
BRANDEBURGO......32,5%       "            14,4%

A Alemanha tem  84 milhões de habitantes, dos quais 13,9 milhões na Alemanha Oriental. Votaram 84% dos inscritos.
Este gordo resultado da extrema-direita germânica, interpela e assusta os mais atentos a estas coisas. Sobretudo a nítida progressão e a vitória na Alemanha Oriental, durante décadas um país governado pelos comunistas.
Simples acaso fortuito, pensarão talvez os honrados analistas e comentadores televisivos habituais. Será mesmo assim? Não há qualquer relação entre o antigo governo comunista e a irresistível ascensão da extrema-direita alemã?
Vindo para a ponta da Europa, onde a terra se acaba e o mar começa, como escreveu o Zarolho, há vários casos similares, de bons resultados da extrema-direita (CHEGA) em territórios comunistas ou ex-comunistas.
O melhor resultado do CHEGA no distrito de Santarém, (29,98%) em 2024, verificou-se em Benavente, uma autarquia da CDU-PCP-PEV. No Algarve, nas legislativas, o CHEGA venceu em cinco concelhos, entre os quais Silves (43,10%), outra autarquia CDU-PCP-PEV. Benavente é lá longe, e Silves ainda mais? Pois é, mas em Paialvo, um ex-bastião comunista, o Chega obteve o seu melhor resultado no concelho de Tomar, com 28,78% em 2024.
Simples acasos fortuitos? Ou os eleitores que durante um tempo votam comunista tendem depois a votar na extrema-direita, como mostram claramente os resultados referidos?

Fontes

domingo, 23 de fevereiro de 2025


Autárquicas 2025

Um partido europeu de caipiras, labregos, saloios, bimbos, carroceiros e panacas?

Indo por partes, que os leitores são todos muito cultos, educados e do melhor que há, mas nunca fiando.

"Caipira é um termo utilizado para se  referir aos habitantes do interior do Brasil, especialmente aqueles que vivem em áreas rurais. O termo também pode ser usado de forma depreciativa, para mencionar pessoas com modos considerados rústicos, simples, grosseiros ou incultos."
"Labrego é um vocábulo usado para se referir a uma pessoa rude, grosseira, e de pouca educação. No Brasil também era um apelido dado aos portugueses."
Os mais interessados nestas minudências farão o favor de procurar o significado de bimbo, saloio, carroceiro, panaca e para os mais distintos, bande de cons, en français, naturellement.
oxoxoxoxo
 
A iniciativa foi difundida na informação local e tudo: Partido Volt promove “Conversas Expresso V” no café Paraíso | Tomar na Rede. Foi no sábado, dia 22, e não sei  se houve muitos participantes, ou sequer se chegou mesmo a haver conversa expresso ou não.
Isto porque, tratando-se de um partido europeu, com malta atirada para a frente, e pelo menos meia hora para lá do futuro quanto a iniciativas, houve um erro prévio do tamanho de um autocarro. Os promotores da coisa esqueceram-se de falar antecipadamente com a proprietária do Café Paraíso.
Não era necessário? Ora essa! Aquilo é um estabelecimento privado, dentro do qual só podem ter lugar actividades autorizadas pela proprietária. Procedendo como o fizeram, os do Volt agiram como caipiras ou labregos, quiçá imaginando que o velho Paraíso já foi municipalizado, como o cinema local do mesmo nome, sendo agora de uso livre.
Comportamento exemplar foi a da proprietária. Anunciou publicamente que não foi previamente contactada a respeito, mas não proibiu. Nota-se o berço. Tem maneiras e sabe estar.
Apenas uma ingénua pergunta final: É gente assim, sem maneiras nem princípios, que pretende vir a gerir o Município de Tomar? Lamento dizê-lo, mas quase nove séculos de existência merecem mais respeito e consideração.
Quanto a estas linhas reprovadoras, é como diz o povo: "Quem não se sente, não é filho de boa gente." Fora com a bandalheira! Mesmo se nos tempos que correm o respeitinho já não é muito bonito.

sábado, 22 de fevereiro de 2025

 



Tribuna do PSD - Tomar - Comunicado


TIAGO CARRÃO CONFIRMADO COMO CANDIDATO 
A PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE TOMAR 
PELA COMISSÃO POLÍTICA NACIONAL DO PSD


A Comissão Política Nacional do Partido Social Democrata (PSD) homologou a candidatura de Tiago Carrão à Presidência da Câmara Municipal de Tomar nas eleições autárquicas de setembro/outubro de 2025. A escolha de Tiago Carrão é o reconhecimento da sua capacidade de trabalho, dedicação e visão para Tomar, confirmando a decisão da Assembleia de Militantes do PSD de Tomar, que, a 23 de janeiro, aprovou a sua candidatura por unanimidade e aclamação. Tiago Carrão, 37 anos, Mestrado em Engenharia Eletrónica e Telecomunicações, casado e com um filho, (prepara-se para acolher o segundo), é empresário na área das tecnologias da informação, desenvolvimento de software e marketing, tendo cofundado duas empresas que gere atualmente. Presidente da Comissão Política de Secção do PSD, Tiago Carrão traz consigo um já longo percurso de experiência autárquica. Desempenhou funções como membro da Assembleia Municipal (2013-2017), da Assembleia da União de Freguesias de S. João Batista e Santa Maria dos Olivais (2017-2021) e, no presente mandato, exerce o cargo de Vereador na Câmara Municipal (2021-2025). 
Perante esta confirmação, Tiago Carrão expressou o seu compromisso e determinação: “Aceito este desafio com o objetivo claro de vencer as eleições, assumir os destinos do nosso concelho e devolver aos tomarenses a esperança no futuro”, acrescentando que “Tomar precisa de uma liderança competente e com coragem, com a estratégia e capacidade de execução necessárias para quebrar a estagnação dos últimos 12 anos de governação socialista”. O futuro de Tomar exige uma liderança forte e capaz, e o PSD de Tomar entende que Tiago Carrão reúne as melhores condições para o conseguir.
Conforme referiu o candidato, “podemos continuar com mais do mesmo, uma governação socialista esgotada e sem ideias, ou podemos escolher um caminho diferente, para construir um território diferenciado e um concelho mais competitivo, em crescimento.” 
A candidatura do PSD está em marcha, na preparação das melhores equipas à Câmara e Assembleia Municipal e às Juntas e Assembleias de Freguesia, e na elaboração de um compromisso eleitoral com soluções concretas para os desafios do concelho, numa governação de ambição, proximidade e transparência.

(Editado por TAD3)

Tomar, 22 de fevereiro de 2025

PSD de Tomar




Turismo, imigração e desenvolvimento económico

Era bom era, se fosse possível. Mas não é.

 "Será sustentável Portugal ter recebido em 2024 quase 30 milhões de estrangeiros (Espanha vai a caminho dos 100 milhões) e depender de 28 mil milhões de euros de receitas? 
Ainda acham que é preciso aumentar e ter muitos organismos oficiais a parasitar o setor?
O Turismo à semelhança da imigração está a destruir o país, e tem de ser travado e repensado , sob pena de nos tornarmos um país de criados e o INATEL da Europa."

Este excerto faz parte de um comentário assinado Zé Caldas e publicado aqui no TAD3. É assumidamente de direita e engloba dois tipos de posições - a apresentação dos factos e a interpretação dos mesmos.
Como é do domínio geral "os factos são sagrados, mas a interpretação é livre." Neste caso, as indicações quantitativas e o conteúdo interrogativo são factuais, mas a última frase é opinativa, e como tal legítima mas sujeita a contestação.
Desde logo, está por demonstrar que o turismo e a imigração estão a destruir o país, como escreve o comentador. Poderão estar a contribuir para descaracterizar Portugal, o que não é bem a mesma coisa, colocando-nos no grupo das nações que se vão transformando pela acção conjugada dos residentes permanentes e dos outros.
Mas mesmo que estivessem deliberadamente a destruir o país, enquanto nação com quase 9 séculos de existência, que se poderia fazer na prática? Travar e repensar a imigração? Travar e repensar o turismo estrangeiro? Balelas.
Pode-se e deve-se tentar controlar e repensar a imigração, tal como as migrações internas, mas o facto de integrarmos a União Europeia obriga-nos a adoptar a política comum de grande tolerância na área da imigração, designadamente no sector sensível dos clandestinos que pedem asilo.
Para se ter uma ideia da complexidade da situação em matéria de imigração e direito de asilo, a França, que tem das mais longas e complexas experiências na matéria, conta nesta altura, segundo o conceituado Le Monde, 130 mil imigrantes expulsos pela justiça, que aguardam salvo-condutos dos países de origem para serem colocados nos aviões de regresso, uma vez que não têm documentos de identificação, que destruíram intencionalmente.
Ainda recentemente, a justiça francesa determinou a expulsão de um imigrante, condenado  e com documentação argelina, mas chegado ao aeroporto de Argel, o governo devolveu-o à procedência, assim contrariando todas a normas em vigor. Que fazer então?
Nestas condições, repensar a imigração e o problema dos calés. que são portugueses? Concerteza! Vamos a isso quanto antes. Mas nada de ilusões ou precipitações. Podemos fazer algo, mas não muito, manietados pela realidade envolvente. O tal contexto.
No turismo é praticamente a mesma situação. Repensar? Excelente ideia. Vamos a isso com coragem e determinação. Mas travar o turismo estrangeiro? Como, quando, onde e com que eficácia real?



sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

 


"Na época Tomar atraía muitas pessoas, que vinham trabalhar para organizações que davam lucro e pagavam melhores ordenados. O comércio assim florescia e atraía consumidores da região. Os Iluminados nos últimos 40 anos convenceram-se que o turismo era o futuro. Hoje sobram hotéis e restaurantes, ordenado mínimo como remuneração padrão. Sobrou também o comboio. Felizmente."

-XXX-

"Atenção que eu adoro a minha cidade! Acho muito bem que
se invista na mesma, porque o turismo é um pilar fundamental da economia de Tomar.
Mas é curto, muito curto!"

Fernando Cândido, PSD, Tomar merece mais, bem mais, TAD3, 20/02/2023

"Algarve lança Programa de Desenvolvimento 

de Turismo Cultural e Criativo"



O turismo como motor da economia

Como os visitados olham para os visitantes

Os três excertos acima mostram como reagem os visitados, quando os visitantes são um importante factor de crescimento económico. Perante o extraordinário desenvolvimento do turismo, a maior expansão empresarial antes do aparecimento das novas tecnologias, é curioso constatar que, numa cidade e numa região com bons recursos nessa área, as reacções dos residentes possam ser tão diferentes, num país tão pequeno.
O primeiro comentário refere-se a Tomar, e evidencia a atitude saudosista dos incapazes de acolher o progresso, ou sequer de o entender. Mitificaram um certo passado e por aí ficaram, que é muito mais repousante, cabeçalmente falando. "...organizações que davam lucro e pagavam melhores ordenados"? Não conheci nenhuma. Faliram todas. Havia era os militares, que não davam lucro nem eram bem pagos, mas eram muitos para a época (RI15, QG, Hospital Militar, Farmácia Militar, Messe de oficiais). Deixemo-nos de fantasias e encaremos a realidade sem antolhos.
Já o outro escrito é de um jovem com ideias desempoeiradas, todavia contaminadas pelo tipo de ensino frequentado. Não lembra ao diabo, mas lembrou a estas duas criaturas, condenar implicitamente o turismo, ou pelo menos as suas virtualidades, numa terra cuja autarquia, contrariando o que proclama, nunca foi pró-turismo. "Mas é curto, muito curto!"? Não será antes a política municipal que tem impedido o seu crescimento?
Em meio século de liberdade, a Câmara de Tomar só conseguiu um único sucesso na área do turismo. A candidatura do Convento de Cristo a Património da Humanidade, aprovada em 1983. O resto foi fechar o parque de campismo, reduzir o estacionamento e dificultar o acesso ao Castelo, acabar com os barcos no Mouchão, consentir a poluição do rio, esquecer-se da indispensável sinalização, e sobretudo do inevitável acesso rápido e limpo à antiga Casa grande da Ordem.
Há  agora mais hotelaria e alojamento local? Pois há, mas deve-se à iniciativa privada. A Câmara limitou-se a conceder os repectivos alvarás, em muitos casos tirados a ferros, que é como quem diz mediante alcavalas nem sempre simpáticas.
Isto numa terra que, apesar das referidas limitações e insuficiências, consegue atrair anualmente 300 mil visitantes para ver o seu principal monumento. Já lá mais para baixo, na extremidade sul onde o mar é mais quente, e a população mais aberta e acolhedora, a Entidade regional de turismo do Algarve não se fica pelos comentários limitadores, ou  as idas à FITUR - Madrid, para efeitos de propaganda. Lança um programa de desenvolvimento de Turismo cultural criativo,  a área mais promissora do turismo industrial.
Mas compreende-se a atitude hostil ao turismo de António Pina e de alguns seguidores locais, nomeadamente na área do ensino. Foi no Algarve, terra de turismo por excelência, que o Chega obteve o ano passado os melhores resultados a nível nacional. Com destaque para Silves, um concelho governado pela CDU, onde foi o partido mais votado, o mesmo acontecendo em cinco outros concelhos dos 16 do distrito de Faro (Lagoa, Portimão, Albufeira, Loulé e Olhão) Daí o temor. Mais turismo em Tomar? Deus nos livre! pensa a extrema esquerda. Que venham mas é indústrias não poluentes e com empregos bem pagos, tipo Auto Europa ou Opel Mangualde. Delirar não paga IRS, por enquanto, mas pode provocar insónias e mesmo internamento nos casos mais graves.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025


Tribuna do PSD - Fernando Cândido

TOMAR MERECE MAIS, BEM MAIS!

Com 2025 a todo o gás chega-se o momento de olhar para os meses que se seguem
de uma forma mais profunda. Este não é, pelo menos politicamente falando, um ano
fácil. Entre os vários acontecimentos que se avizinham, temos claramente as Eleições
Autárquicas como momento chave para se conseguir a mudança há tantos anos
necessária no nosso Concelho. Mas, as eleições serão provavelmente no último
trimestre do ano e muito há a fazer até lá, tanto da parte dos vários Partidos Políticos
como da Sociedade Civil.
Esta última como bem sabemos, anda alheada da vida política há demasiado tempo e
certamente terá as suas razões! É um facto que o governo da nossa Câmara muito tem
feito para afastar o cidadão comum da tomada de decisões e do conhecimento sobre as
mesmas.
Quando não sabemos nem procuramos saber, acabamos invariavelmente a acreditar
no mais fácil e naqueles que acham ter uma solução milagrosa para tudo. Mais uma
vez, talvez seja este o objetivo. É isto que queremos? Não me parece.
Quando regressei a Tomar no início de 2024, depois de muitos anos por outras
paragens, confesso que pensava encontrar outro tipo de Concelho! Não pelas pessoas,
porque felizmente os Tomarenses continuam a ser o Povo que cá deixei, mas pelas
decisões tomadas nos últimos anos. Perdemos oportunidades de ouro de progresso e
desenvolvimento e aquelas que aproveitámos não tiveram continuidade. O
investimento é cada vez menor e o pouco que vai existindo está praticamente
confinado à nossa Cidade. Atenção que eu adoro a minha cidade! Acho muito bem que
se invista na mesma, porque o turismo é um pilar fundamental da economia de Tomar.
Mas é curto, muito curto!
Recuso-me a aceitar o suficiente porque um suficiente está no limiar da mediocridade.
É a mediocridade que queremos? Será esse o nosso fado? Não me parece.
Está também na altura de começar a olhar para as Freguesias Rurais, durante anos
praticamente esquecidas por quem gere Tomar. Não é por acaso que a ideia
generalizada de quem vive nestas freguesias é que estão há muitos anos esquecidos
pela Câmara Municipal, praticamente abandonados ao seu destino, como se houvesse
Tomarenses de primeira e Tomarenses de segunda. É isto que queremos? É isto que
merecemos? Não me parece!
Espero mesmo que 2025 traga uma verdadeira mudança neste aspeto porque
felizmente, ainda se consegue ver do Castelo os 4 pontos cardeais do concelho.
Relativamente aos partidos políticos, saibam ter a altivez necessária para colocar
Tomar à frente dos interesses de cada um! É óbvio que o marasmo a que chegámos só
interessa a uns, que por via de recursos que tanta falta fazem ao cidadão real, andam
há anos a alimentar as “tropas” de forma a conseguir uma perpetuação no poder que
já dura há demasiado tempo. Criar um associativismo subsídio-dependente só serve a
quem ele se serve e de quem dele precisa para se manter nos centros de decisão. O
Associativismo merece apoios sim, mas um apoio justo que não discrimine uns em
detrimento de outros por dependência da cor de quem está no Poder.
Novamente pergunto, é isto que queremos? É isto que merecemos? Não me parece!
Tomar merece ter alguém que lute pelo seu Concelho e não encolha os ombros sempre
que alguém tem de procurar uma vida melhor fora daqui, sempre que uma empresa
feche ou decida sair daqui.
Tomar merece alguém que resolva de vez a poluição recorrente do rio Nabão e que
traga à justiça todos aqueles que ano após ano transformam o nosso rio num esgoto a
céu aberto, esse sim um verdadeiro esgoto a céu aberto, com a conivência de todos os
que tendo poder para isso, nada ou muito pouco fazem.
Tomar merece alguém que resolva o problema da habitação, seja pelo real
aproveitamento da nova lei dos solos, e por uma revisão urgente do PDM ouvindo as
Juntas de Freguesia que são quem está no terreno e não uma qualquer comissão que
toma decisões atrás de uma secretária, dando finalmente oportunidade a todos os que
querem cá viver de o conseguir fazer.
E não menos importante, Tomar merece que as suas Freguesias sejam representadas
de uma forma justa e equitativa nos órgãos de poder e que os seus representantes
lutem pelas mesmas, sob pena de continuarmos a ter um Concelho a duas velocidades.
Tomarenses somos todos e é por todos que temos de mudar.
Tomar merece mais, bem mais!

Fernando Cândido
Secretário-Geral Adjunto do PSD de Tomar

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2025

Luis Tadeu e Rui Ventura, candidatos PSD anunciados à ERTC.

Turismo e carreirismo político

Carreira turística de Anabela Freitas 
mais curta e acidentada que previsto ?

Não podendo recandidatar-se em Tomar, por ter atingido o limite legal de mandatos, Anabela Freitas anunciou a sua candidatura à Entidade Regional de Turismo do Centro, acabando por integrar, como candidata a vice-presidente, a lista vencedora de Raul Almeida, do PSD, naquilo que apareceu na altura como um cambalacho entretanto negociado pelo presidente do Vila Galé, que pouco tempo antes conseguira comprar em Tomar um conjunto avaliado anos antes em 3,5 milhões de euros, por apenas 706 mil euros. Grande negócio, sem dúvida alguma.
Vice-presidente de Raul Almeida, Anabela Freitas passou a dirigir a área de Leiria, com gabinete nas instalações da ex-Comissão Regional de Turismo da Rota do Sol, quando a sede da ERTC é em Aveiro. Volvido pouco mais de um ano, o presidente Raul Almeida faleceu e Anabela Freitas assumiu interinamente a presidência da ERTC, até à realização de novas eleições, previstas para 27 de Março próximo.
Entretanto já surgiram duas candidaturas, ambas do PSD e também de autarcas impedidos de se recandidatar, por estarem no terceiro mandato. Primeiro foi Rui Ventura, presidente em Pinhel, e mais recentemente Luís Tadeu, autarca de Gouveia, ambos no distrito da Guarda. 
Tendo em conta que o falecido presidente Almeida vinha de uma autarquia com 12 mil eleitores, e que os anunciados candidatos Ventura e Tadeu presidem ainda, respectivamente, em Pinhel (8.547 eleitores) e Gouveia (11.967 eleitores), a ERTC aparece como a Entidade Regional de Turismo do Centro dos Pequeninos. Situação algo estranha, quando se sabe que o dito organismo é composto por cem concelhos da Região Centro, onde avultam Coimbra (124.792 eleitores), Leiria (113.366 eleitores), Viseu (92.381 eleitores)  e Aveiro (70.221 eleitores). Porque será que os grandes concelhos não candidatam ninguém? Simples acaso?
Quanto à ambicionada carreira turística de Anabela Freitas, factos convergentes indicam que pode vir a ser bastante curta, limitada a um mandato na melhor das hipóteses. Qualquer que venha a ser o vencedor em 27 de Março, nada o ligará a compromissos negociais anteriores com uma eleita de outro partido, e que integrou uma outra lista. Reforma inesperada para Anabela Freitas? Se for o caso, o PS sempre poderá aproveitar para a candidatar a outra autarquia da região. Não será tão bem remunerado como na ERTC, mas em tempo de crise...

 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2025



Análise Política
 
Tomar: meio século após Abril, 
o embate dos convencidos nas autárquicas

Cinquenta anos após o golpe militar vitorioso, mostrando que sem a coragem e abnegação dos militares, causticados pelas campanhas africanas, ainda hoje estariam no poder os sucessores do Botas de Santa Comba, os factos disponíveis indiciam que a próxima consulta eleitoral vai ser em Tomar o embate dos convencidos.
Com 12 anos de tarimba no poder, os socialistas nabâncios estão convencidos que já ganharam, e agem em conformidade. Contam com os votos dos funcionários que controlam, das colectividades que sustentam e dos camaradas generosamente contemplados com ajustes directos e outras artimanhas, bem como com a colaboração da informação local, uma versão da voz do dono. Ouvindo ou lendo o presidente substituto fica-se com um retrato do perfeito convencido. Tudo o que fizeram foi um sucesso, a começar pelo realojamento dos flecheirenses, nunca cometeram erros e estão no sentido da História. São portanto vencedores antecipados.
No PSD-Tomar também estão convencidos de que vão ganhar nas próximas eleições, porque têm um candidato empresário na área das novas tecnologias, muito mais competente para implementar um programa semelhante ao dos socialistas. Não adianta por isso fazer uma oposição agreste, que os tomarenses rejeitam, sendo preferível procurar manter uma imagem de PS Diesel, que é como quem diz, a mesma coisa mas mais bem feito e mais devagar designadamente festarolas, obras municipais e compra de votos.
Apesar das múltiplas asneiras, da fraca prestação e de alguma barbúrdia interna, o pessoal do Chega-Tomar está convencido de que vai conseguir pelo menos um vereador na próxima refrega eleitoral. Baseiam-se no conhecido efeito "Cheguei, vi e venci" que os catapultou para 3ª força concelhia em pouco tempo, praticamente sem esforço político de maior. Donde a ideia estabelecida de que não vale a pena correr, basta chegar a tempo, que procura justificar o prolongado silêncio sobre o cabeça de lista e o programa de limpeza.
Convencidos estão também os da CDU, a sigla eleitoral do PCP, de que desta vez é que vai ser. Avançam convictos de que na próxima consulta eleitoral vão conseguir um vereador e aumentar a representação na AM. É o usual triunfalismo comunista, no caso alimentado pela saudade do vereador funcionário público e filho de pequeno empresário carvoeiro, que terá tido um excelente desempenho, todavia nunca reconhecido depois pelo eleitorado nabantino. Uns ingratos!
Finalmente o pessoal do BE, discípulos do assassinado com uma picareta de mina no México, convencidos de que são a "esquerda de confiança" e de que apoiando as minorias oprimidas, os palestinianos, a emigração clandestina e os ciganos insubmissos, vão conseguir melhorar a representação na AM, e quem sabe se até alcançar um vereador, para finalmente animar o executivo camarário, sonolento há demasiado tempo, na óptica deles.
Qualquer que venha a ser o resultado eleitoral no vale do Nabão, vamos ter assim mais uma Câmara de convencidos, com a certeza de que são os melhores dos melhores, e que todo o país nos deve consideração e respeito, mas nós tomarenses não devemos nada a ninguém, tendo em conta o nosso passado e o nosso património. 
Os excelentes resultados até agora alcançados aí estão, para quem os queira ver sem óculos partidários, convindo por isso tentar alertar mais uma vez os eleitores: Bing Vídeos


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025










Habitação social e debandada demográfica

Sem querer fazer de advogado do diabo...

TOMAR - IHRU tarda em desbloquear construção de habitações a custos acessíveis na Quinta do Contador - Rádio Hertz

Sem querer fazer de advogado do diabo, acabei de ler a notícia da Hertz e fiquei a matutar. Querem ver que os técnicos do IHRU, assustados com a evidente megalomania do projecto, (350 apartamentos, dos quais 60 para alojamento social), numa cidade com a população diminuindo a olhos vistos, resolveram substituir-se à quase inerte população tomarense, bloqueando tanto quanto podem o anunciado empreendimento da Quinta do contador?
Já sabemos que o presidente Cristóvão é um optimista da pior espécie. Daqueles incapazes de reconhecer uma asneira do tamanho de um prédio. Não espanta por isso que, secundado por outros sem autonomia, vá insistindo de erro em erro, até ao erro terminal.
É óbvio que, numa terra que já perdeu mais de 5 mil habitantes em dez anos, e 546 eleitores nos últimos três anos, não se vive bem, nem coisa parecida. Sobretudo desde que realojaram gente de etnia calé nos bairros tradicionais, e nalgumas ruas do centro histórico. Porque em geral,  as pessoas não se vão embora de onde se sentem bem. Nas sociedades actuais, mesmo em Portugal, é ampla a autonomia de cada um. Pode-se morar em Tomar e trabalhar num raio de 100 quilómetros à volta, ou vice versa. Não cola portanto a pretensa justificação de que os cidadãos migram ou emigram por falta de emprego ou de habitação. Vão-se porque não se sentem bem, e quem não se sente, não é filho de boa gente, diz o povo.
Há até um micro-fenómeno recente que interpela. Nos últimos 3 anos, a população diminuiu no Entroncamento, em tempos motor da zona, mas aumentou na Barquinha e em Constância, dois concelhos pequenos e com pouco emprego, situados mesmo ao lado. (Tomar a dianteira -3) Qual a explicação técnica para este movimento demográfico?
Provavelmente conscientes destes factos, e temendo que o empreendimento da Quinta do Contador venha a transformar-se num grande bairro fantasma à ilharga do Politécnico, por falta de locatários idóneos, ou pior ainda, num daqueles bairros étnicos dos subúrbios de Lisboa, Paris ou Bruxelas, os técnicos lisboetas do IHRU procuram travar a coisa até Outubro, com a esperança numa mudança nas próximas autárquicas. Se assim for, é de apoiar e louvar.



domingo, 16 de fevereiro de 2025

 


"Esta será a cara da continuação desde há muitos anos à frente da direção do Convento de Cristo. Seja PS ou PSD em períodos diferentes todos acharam que este é o caminho. Como Tomarense sinto-me triste, pois ouço os trabalhadores do Convento, e os vários players da Cidade e que vivem do turismo, todos me dizem que era bom para aquele importante complexo monumental ter existido uma renovação, tais são as críticas que se ouvem na Cidade. Mas como estamos em Portugal e a velha máxima, quanto pior melhor é o que conta, então estamos todos de parabéns... 17/02/2025"

Copiado da página de Nuno Ribeiro no Facebook, com a devida vénia e os meus agradecimentos.


Turismo e património em Tomar

No Convento de Cristo a mudança de direcção  
é indispensável e urgente mas não suficiente

Andava eu às voltas com a notícia da renomeação da directora do Convento, com quem nunca tive o prazer de contactar, quando me deparei no Facebook com o excelente comentário de Nuno Ribeiro, supra reproduzido. com a foto da directora do Convento. Andava às voltas, é uma maneira de dizer que matutava no que escrever e como escrever, pois esta coisa das crónicas só é fácil para quem não escreve, ou depois de escritas.
Subscrevo integralmente o desabafo de Nuno Ribeiro, acrescentando contudo que a simples mudança de directora, sendo indispensável e urgente, nada resolveria por sí só. Os problemas daquele conjunto monumental são tão numerosos e complexos, que só um dirigente com outra origem, outro estatuto e outra envergadura cultural poderá fazer as reformas indispensáveis, se previamente mandatado para tal.
Porque o problema básico é mesmo esse. Ao cabo de quarenta anos de asneiras e algumas mudanças de nome (IPPC, IGESPAR...) o governo anterior resolveu transferir a gestão dos monumentos sob tutela da DGPC para uma nova entidade empresarial, a Museus e monumentos de Portugal E.P. Mas esqueceu-se de mudar o pessoal e a forma de recrutamento, de tal forma que temos praticamente a mesma gente, com outra designação oficial, mas com as mesmas carências e os mesmos vícios.
Aqui chegado, quem lê quererá saber que problemas são esses, assim tão numerosos e complexos, de que sofre a velha Casa da Ordem de Cristo. Infelizmente, não é a altura nem o local para fazer uma enumeração exaustiva, pelo que se fica por um pequeno resumo. O principal problema é afinal uma aberração administrativa. A Câmara de Tomar, não é vista nem achada na gestão daquele monumento, mas tem de  assegurar a sua iluminação nocturna, o acesso e o estacionamento das viaturas dos visitantes, sem contudo receber qualquer compensação, uma vez que as entradas, agora a 15/euros por pessoa, revertem para a Museus e Monumentos de Portugal.
Outro problema é o dos recursos humanos. Trabalham lá cerca de 40 pessoas, a maioria sem qualquer formação específica e recrutadas no Centro de Emprego. Há também alguns quadros superiores, de qualidade variável, que foram admitidos mediante formas de concurso ainda por apurar, algumas "com fotografia"
Com uma chefe de divisão e quadros técnicos sem formação profissional idónea na área do turismo de acolhimento, não espanta que apenas haja visitas guiadas quando solicitadas com bastante antecedência, e que todos os dias vários visitantes vagueiem perdidos no monumento mais complexo do país, apesar de haver um circuito de visita identificado de forma assaz tosca.
Apesar de gerirem o Convento há mais de 40 anos, os funcionários da DGPC, agora MMP E.P. ainda não conseguiram perceber que em qualquer monumento o circuito habitual de visita deve ser de tipo circular, com início e fim no mesmo sítio, com pórticos de segurança e comodidades de apoio. Tão simples quanto isso.
Mas como as sucessivas maiorias autárquicas também nunca se preocuparam com os problemas dos visitantes do Convento, cuja esmagadora maioria não vota em Tomar, as várias direcções foram decerto pensando que está tudo bem, no melhor dos mundos possíveis, como diria o Pangloss de Voltaire, se ainda por cá andasse...