Ao que a realidade indica, o blogue Tomar opinião, que tanta expectativa gerou, já bateu a bota. Finou-se. Esticou o pernil. Ou melhor dizendo: Ainda existe, porém já não mostra qualquer actividade vital. Era previsível, conforme aqui referi em tempo oportuno. Mais de dois tomarenses (ou equiparados) juntos, é demasiado para qualquer tarefa séria. Excepto para comer, beber e mandar palpites. Nessa área somos dos melhores. Da região, do país e se calhar até da Europa e do Mundo.
Há por aí, nas diversas freguesias, naturalmente com maior incidência na área urbana, mais de um quarteirão de tertúlias e outras agremiações, exclusivamente para aquilo que os tomarenses melhor sabem e mais gostam de fazer: dar ao dente, molhar a goela e botar discurso. Mas quando se trata de debater a coisa pública, produzir ideias ou alinhar meia dúzias de linhas de produção própria -Vão lá fazendo isso, que eu agora não posso; estou cheio de trabalho.
Mesmo se protegido pelo anonimato, o tomarense típico padece de três maleitas principais. Graves, no meu entender. E nada convenientes para viver em democracia. A - Regra geral é canhestro a pensar, a raciocinar e portanto a escrever sem recorrer a lugares comuns e/ou frases feitas. B - É demasiado susceptível, o que o leva a irritar-se quando alguém ousa mostrar-lhe sem subterfúgios como as coisas realmente são, e como ele realmente é visto pelos outros que ousam pensar. C - É terrivelmente invejoso, o que lhe tolda o raciocínio, levando-o a não conseguir ver as coisas de forma imparcial, que o mesmo é dizer fiável e equilibrada.
No caso do Tomar opinião, assistimos a mais um malogro tomarense, que é também um claro exemplo de excesso de basófia, de presunção e de prosápia. Se o povo chão também tivesse acesso a esta coisas da Net, diria decerto que se comessem menos ervilhas teriam menos afigurações.
É claro que o dito blogue ainda aí está. E até ainda poderá ser ressuscitado. Mas um blogue no qual ninguém escreve há cinco dias, não passa de um cadáver à espera de sepultura. Por conseguinte, está e estará, porém nada mais que isso. Nestas coisas da rede www, os cadáveres ficam até à eternidade. A menos que algum benemérito com senha de acesso se dê ao trabalho ingrato de remover. Ou "deletar" como agora se diz, em linguagem jovem.
Mas então o citado blogue não serviu para nada? Não escrevi nem direi tanto. Teve, apesar do evidente malogro, a sua utilidade. Tripla, na minha opinião: 1 - Mostrou, sem lugar a dúvidas, que na área da comunicação, os tomarenses não conseguem trabalhar em conjunto, apesar de toda a sua boa vontade. Exactamente como vem acontecendo na política, para já tanto no executivo como na freguesia urbana. 2 - Evidenciou uma vez mais a excelente qualidade humorística e redactorial de Mário Cobra. 3 - Permitiu separar o trigo do joio. Neste caso, os que prometem e fazem, dos que só prometem.
Uma sugestão final, se me permitem. Aposentado como eu e portanto a necessitar de ir despejando ideias para evitar engarrafamentos cerebrais, particularmente perigosos para a saúde psíquica quando se vive numa realidade como a tomarense, é meu entendimento que Mário Cobra terá todo o interesse em fazer o seu próprio blogue. Até porque, em questões de escrita, como de resto noutras, mais vale só que mal acompanhado. De forma que, meu caro amigo Mário, aqui ouso deixar-te dois hipotéticos títulos à tua eventual escolha: A - Tomar opinião Cobra. B - TOCO mpeb - Tomar opinião cobra, mas por enquanto é de borla.
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