Somos todos europeus. É verdade. Mas o clima e as gentes diferem de país para país. De região para região. De terra para terra. E de que maneira. Ora tenha o leitor a bondade de ler a tradução deste excerto do prestigiado jornal Le Monde:
"Em Mantes-la-Ville o triunfo do vazio. Eleito inesperadamente presidente deste município das Ivelines (grande cintura parisiense) o frentista Cyril Nauth não tem projecto nenhum. E a oposição também não." Ou seja, a versão parisiense do que sucedeu e está acontecendo em Tomar. Com duas diferenças importantíssimas.
Lá "O presidente da câmara reduz as despesas com o pessoal e os subsídios às colectividades. O clube de futebol está entre as primeiras vítimas." Cá a presidente vai fazendo o contrário. Aumenta as despesas com pessoal e os subsídios às colectividades.
Lá, um grande jornal nacional noticia com destaque a falta de vergonha política de um presidente de câmara que se apresentou ao eleitorado sem projecto. Cá, já nem a imprensa local se interessa por tal ninharia. Outras terras, outros usos, outros costumes.
A notícia é bastante longa. Limito-me por isso a traduzir só o primeiro parágrafo:
"Município da região parisiense, com cerca de 20 mil habitantes, caído por descuido nas mãos da Frente Nacional, procura projecto e/ou oposição" Se houvesse um site adequado, Mantes-la-Ville poderia e deveria publicar um anúncio deste tipo. Dois anos após a eleição surpresa de Cyril Nauth (FN), nada nem ninguém se destaca no pântano político desta cidade situada a cerca de cinquenta quilómetros de Paris. A única na região Ile-de-France dirigida pela extrema-direita."
Porque a esquerda, o centro e a direita foram acumulando erros ao longo dos anos. Tal como em Tomar. Depois queixem-se.
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