O comissário europeu da Economia, o francês Moscovici, por acaso também socialista, foi despachado pela Comissão Europeia a Lisboa com um único objectivo -Acabar com a mentira de António Costa/Centeno, ao dizerem que o já célebre Plano B não vai ser necessário. O francês foi ontem extremamente claro perante as câmaras da TV: Não se trata de saber SE vai ser ou não necessário pôr em marcha o dito plano (que implica mais medidas de austeridade, acrescento eu), mas QUANDO vai ser inevitável. Ou seja: Já não se trata, e se calhar nunca se tratou, de saber se sim ou não. Apenas de determinar quando avançar com o tal Plano B, Indispensável segundo Bruxelas, não necessário segundo Costa e Centeno. Infelizmente para os já bem causticados contribuintes que somos todos nós, nestas coisas de finanças, Bruxelas tem sempre razão. E leva sempre a sua avante. Até em Atenas, com um governo que se considera de extrema esquerda.
Nada adiantam portanto as mentiras de Costa e Centeno. Que me parece saberem isso muito bem. Agem assim, mentindo deliberadamente, como agora veio demonstrar o citado comissário gaulês, apenas para ganhar tempo, para ir flutuando...que o governo não vai durar toda a legislatura.
Aqui pelas margens do Nabão, onde o poder está igualmente nas mãos de socialistas, acolitados pela CDU, também se mente, mas por omissão. A nova Rádio Alpiarça, divisão de contactos com a informação nabância, não se cansa de propagandear obras que afinal ninguém vê. Pior do que isso, só O MIRANTE, na sua mais recente edição, difundiu a informação dada por Anabela Freitas ao executivo em recente reunião. Disse a nossa simpática presidente que desgraçadamente (este adjectivo é meu) não vai haver financiamento europeu -os tais dinheiros europeus tão ansiados- nem para o Parque nómada, destinado a realojar a comunidade cigana do Flecheiro, nem para a requalificação do dito Espaço, nem para o complexo da Levada, onde já estão enterrados 6 milhões de euros, seis!
O Mirante não diz, e por isso também não sei, qual foi a reacção dos restantes membros do executivo autárquico, perante esta razia nas promessas da presidente. O que não me impede de formular as perguntas que me parecem pertinentes -direi mesmo indispensáveis- e que não foram (ainda?) feitas pela espécie de oposição que temos:
1 - Porque razão, até agora, só um órgão de informação sediado na Chamusca é que noticiou a referida e infausta matéria? Os outros jornalistas são cegos, surdos e mudos? Em louvor de que santo?
2 - Qual a fundamentação oficial para a recusa de financiamento para os ditos projectos? Tomar a dianteira sabe, por exemplo, que Bruxelas dispõe de fundos de milhões de euros para a melhoria das condições de vida das comunidades nómadas. Por conseguinte, não bate a bota com a perdigota. Se há fundos disponíveis, porque chumbaram o projecto tomarense?
3 - Os projectos agora chumbados foram capazmente redigidos, estruturados e argumentados por colaboradores qualificados? Quem foram esses colaboradores? Os ditos projectos não contemplados podem ser consultados, ao abrigo do direito à informação?
4 - O executivo tem a certeza de que os citados documentos foram entregues atempadamente e nos serviços correspondentes? Não terá havido casos em que se pretendeu comprar carne numa loja de moda feminina?
Lincoln disse há dois séculos que "É possível enganar alguém durante toda a vida e enganar toda a gente durante um certo tempo. Mas é impossível enganar toda a gente durante toda a vida." O povo português é ainda mais preciso: "Apanha-se mais depressa um mentiroso que um coxo." Amen!
anfrarebelo@gmail.com
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