Pode-se recriminar a câmara por muita coisa e não me tenho escusado a essa tarefa de cidadania. Uma qualidade porém lhe deve ser creditada -a persistência. Persistência no erro, é certo; mas mesmo assim persistência. Após três longos anos no poder, não conseguiu perceber que o Parque municipal de campismo, outrora orgulho da cidade, estava a funcionar ilegalmente, devido a erros cometidos anteriormente pela própria autarquia. A coisa foi de tal monta que até o vereador Cristóvão, insuspeito no que concerne a dizer mal do executivo, reconheceu publicamente que tinham obrigação de saber.
Devido a essa persistência na ignorância, ou na crença de que as leis são só para os outros cumprirem, foi a câmara forçada a proceder ao encerramento do parque, no passado dia 30 de Novembro:
Decorridas três semanas após o encerramento, tudo continua como antes, naquela tosca persistência à maneira nabantina. A má sinalização do parque de campismo, agora tornada surpérflua e enganadora para os infelizes campistas e autocaravanistas que têm a infeliz ideia de visitar esta infeliz terra, ainda não foi removida, como testemunham esta fotos colhidas ontem, segunda-feira 19 de Deszembro:
É lamentável. Não só pela ideia de desmazelo que transmite aos residentes, mas também e sobretudo porque, além de induzir em erro os turistas menos prevenidos, perpetua escusadamente algumas situações bastante caricatas, que serão apontadas nos próximos escritos.
Após terem lido à socapa este apontamento, (porque, como é bem sabido, ninguém lê este blogue, a não ser o autor destas linhas), provavelmente haverá autarcas que vão alegar falta de disponibilidade e/ou falta de pessoal, como explicação para mais este caso de evidente falta de organização. É possível que haja mesmo falta de trabalhadores, já que há chefes a mais e a câmara está limitada na contratação de pessoal, designadamente devido a falta de adequado planeamento de recursos humanos. Mas que culpa têm os tomarenses ou os visitantes que os autarcas no poder não consigam dar conta do recado, ultrapassando sucessivamente os problemas que se apresentam? Que se saiba, foram eleitos para isso mesmo. Ou estarei outra vez a dizer mal?
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