A câmara do Porto celebra hoje festivamente o 20º aniversário da inscrição da baixa da cidade na lista do Património da Humanidade, da UNESCO. Repicam os sinos, há dança acrobática, lança-se um livro com fotos... Realmente a gente do norte é mesmo outra loiça. Comparada com os tomarenses então...é melhor ficar por aqui. Para não me apodarem outra vez de má-língua.
A triste verdade porém é que o Convento de Cristo já é Património da Humanidade há mais de 30 anos, na indiferença geral. Alguma vez alguém ouviu falar na cidade de qualquer comemoração para assinalar o facto?
Os tomarenses em geral são assim. Muito amigos da sua terra, segundo dizem com frequência. Mas acreditam piamente que tudo lhes é devido e que nada têm que agradecer seja a quem for. Por isso estamos tão bem. E vamos tendo cada vez mais cidadãos a querer pugnar pela cidade. Que já foi. Agora até muitos dos seus habitantes já se comportam como campónios que são. Apesar de vestirem pela última moda desleixada, enquanto vão ostentando os seus telemóveis topo de gama.
Os tomarenses em geral são assim. Muito amigos da sua terra, segundo dizem com frequência. Mas acreditam piamente que tudo lhes é devido e que nada têm que agradecer seja a quem for. Por isso estamos tão bem. E vamos tendo cada vez mais cidadãos a querer pugnar pela cidade. Que já foi. Agora até muitos dos seus habitantes já se comportam como campónios que são. Apesar de vestirem pela última moda desleixada, enquanto vão ostentando os seus telemóveis topo de gama.
Dizia-se antigamente que um burro carregado de livros era um doutor. Actualmente, mesmo equipado com os últimos recursos tecnológicos disponíveis, um eleito ou um mero cidadão não deixam de ser o que sempre foram. Infelizmente para todos nós, que temos de os aturar. E de sofrer as consequências das suas asneiras recorrentes.
Pobre gente. Desgraçada terra que tem gente assim.
anfrarebelo@gmail.com
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Meu caro Dr. António Rebelo, não resisto a daqui deste lado a dar um sinal de que o leio, para lhe dizer que você é mesmo teimoso.
ResponderEliminarVocê bem insiste, mas passados tantos anos ainda não se convenceu, Tomar é isto mesmo.
Tomar vai ser sempre isto.
Meu caro lamento lhe dizer, que embora existam muitos que vejam as coisas mais ou menos como você, são tão poucos e completamente esmagados pela grande maioria.
E a democracia tem destas coisas, divididos em grupos, uns católicos, outros ateus, outros de uma outra confissão religiosa, os que vão à missa e os que não vão, os de sangue azul e os de vermelho, uns da maçonaria, outros não, uns do CDS, outros do PSD, outros do PS, outros da CDU, outros do BE, outros de várias independências, outros acomodados nisto e naquilo, outros com medo ou receio, daquilo e disto, todos se dizem gostar muito de Tomar, mas quanto a factos nada. Porque assim nunca lá podemos ir.
Por isso não existem aqui as touradas à corda, ninguém ia citar o touro, em Tomar é muito faz de conta, alguém se dava ao trabalho de ir puxar a corda, ou passar na frente do bicho.
Centro histórico, Convento e outras coisas, são de Tomar e isso chega, para a esmagadora maioria. Os outros que pretendiam ver os vários assuntos no mínimo tratados, como se faz por ai em muitos outros concelhos, para já não falar de como se faz por esse mundo, são poucos e empurrados sucessivamente pelos que não fazem nem deixam fazer, antes pelo contrario.
Claro que este meu desabafo não é para que abandone a sua “cruzada”, antes pelo contrário, pois sei porque o conheço razoavelmente bem, que você para além de ter razão é muito teimoso.
Bom regresso a Tomar.
Agradeço o seu comentário. Discordo apenas num ponto: Você parece conformado, porque convencido de que os nossos conterrâneos sempre assim têm sido e não é agora que vão mudar. Eu, pelo contrário, conquanto escreva principalmente para aliviar a cabeça, continuo com a esperança de que um dia virá em que outro galo cantará em Tomar e para os tomarenses. Quanto mais não seja porque, conforme reza um velho adágio, só os burros é que não mudam. E os nossos conterrâneos, como você bem sabe, estão longe de ser asnos. Fazem-se asnos, porém só quando isso lhes convém. Escreva sempre!
ResponderEliminarA nossa diferença está na análise do adágio e dos ditos, tal como não me parece que venha ai galo que cante. Espero estar enganado.
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