Apesar de relativamente pequena e com cada vez menos população, a antiga capital templária oferece ao passeante pedonal alguns monos e mistérios dignos de registo. Tomar a dianteira 3 andou por aí e registou os mais evidentes. Aqueles que melhor mostram o triste estado a que isto chegou. Por culpa de todos nós, tomarenses. Porque os autarcas são eleitos pela população. Embora se saiba muito bem que, nesta altura do campeonato, qualquer nabantino que se preze não pode deixar de proclamar, com ar convicto -"Eu não votei neles". Deve ter sido a graça do Espírito Santo que encheu as urnas...
Coreto da Várzea Pequena. Em tempos idos, de boa memória, havia concertos todas as semanas e a parte inferior servia de base de apoio para os jardineiros. Agora há ali um concerto quando há e os jardineiros municipais foram-se.
Casinhota do Mouchão. É um dos insondáveis mistérios da cidade. Nunca serviu para nada e também nunca ninguém explicou qual foi a intenção de quem projectou semelhante aborto. Para bar ou café é demasiado pequena. Para barraca de cão demasiado grande. A Câmara está à espera de quê para remover tal trambolho?
Sanitários da Rua da Fábrica. Encerrados há mais de 30 anos, ali continuam a ornamentar a paisagem. Muito rural como se pode ver pela vegetação. A autarquia está à espera de quê para mandar demolir? E para instalar ali um pequeno rebanho? Alimentação não lhe ia faltar...
Quiosque do Mercado. Encerrado há anos. Consta que pertence a um particular. A ser verdade, o dito cujo tem pago a respectiva licença de ocupação da via pública? Estão à espera de quê para o retirar dali? Que acabe a crise?
Antiga churrasqueira do Mercado. Encerrada há quase uma década. Foi edificada por um particular, mediante licença da autarquia. Diz-se que não tem condições mínimas para poder reabrir. A ser assim, ou se fazem obras de reabilitação ou há que demolir. Estão à espera de quê? Que a Câmara acabe de pagar a sua gigantesca dívida?
Pavilhão desmontável do Mercado. Um erro monumental dos senhores autarcas. Custou cerca de 250 mil euros e nunca serviu capazmente para aquilo a que se destinava -servir de mercado transitório. Houve até necessidade de instalar um sistema de rega por aspersão na cobertura, para reduzir o calor no interior. Devia ter sido apenas alugado, mas resolveram comprar. Ignora-se com que argumentos. Agora vazio, desde o retorno do mercado às instalações de origem, não sabem o que fazer com tal mono, que ali continua, fechado e a degradar-se. Mal empregado dinheiro!
Sanitários da Mata dos Sete Montes. Continua por explicar o que terá levado o competente presidente Paiva a aprovar um projecto de sanitários com recepção. A qual nunca serviu até agora. E não se prevê quando tal possa vir a acontecer. Foi mais uma despesa sumptuária...
Via pedonal de acesso ao Convento, através da Mata dos Sete Montes. Apesar de publicitada com visita guiada de jornalistas e população, foi e é um autêntico embuste. Até tinha candeeiros de iluminação pública, que nunca funcionaram, pois a Mata fecha ao pôr do sol. Entretanto todo esse equipamento já foi roubado.
Quanto ao acesso pedonal ao Convento, a autocrática administração daquele monumento sempre alegou falta de pessoal para nunca manter aberta a porta à ilharga da Torre da Condessa. E sem isso, adeus ligação ao Convento. É o Estado ao serviço dos que deviam ser seus servidores.
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