Ao que me disseram, (e até apostaram um jantar), o candidato PSD para Outubro 2017 é Luís Boavida. A ser assim, só falta conhecer agora o figurante bloquista, que para pouco ou nada conta. Tal como sucede de resto com a CDU, reduzida ao apoio ao vencedor, caso ele venha a precisar.
A futura escolha eleitoral será então como segue e por ordem de antiguidade.
Bruno Graça não tem quaisquer hipóteses. Dotado de experiência política excessiva e nem sempre tranquilizadora para os eleitores, apresenta-se por uma formação liderada e totalmente dominada pelo PCP, que nas recentes presidenciais sofreu um desaire histórico. E como os camaradas gostam de dizer, "isto anda tudo ligado".
Pedro Marques já demonstrou à saciedade que é boa pessoa, porém nunca mais recuperou de ter entrado na política local pelo telhado e sem qualquer experiência anterior. Foi durante os seus mandatos que nasceu designadamente esse aborto técnico e trambolho político chamado PDM, cujos malefícios muito têm contribuído para o estado lastimável em que nos encontramos. E que tende a piorar. É também do seu tempo de liderança a reorganização dos serviços camarários, que transformaram a autarquia no monstro burocrático que todos conhecemos. Com destaque para o inenarrável sector das obras particulares e urbanismo, à época dirigidos por uma senhora muito chegada ao presidente. Finalmente, a sua falhada aventura à cabeça dos IpT não abona em nada a sua já antes fraca reputação política local.
Anabela Freitas conquistou inesperadamente a autarquia graças aos esforços e manigâncias do seu companheiro. Ao tomar posse, já estava singularmente limitada nas suas capacidades por muitos anos de experiência na função pública e pela concomitante e triste mentalidade. O que se seguiu só terá surpreendido os menos atentos e os que estão sempre à espera de um novo milagre. Com uma senhora a aparecer, desta vez nos Paços do concelho e não sobre uma azinheira. A "bronca Mandanela" vai figurar para sempre nos anais da história local.
Resta o também simpático (tal como a actual presidente) Luís Boavida, por agora e felizmente para ele apenas putativo candidato a candidato. Bem introduzido nos meios associativos locais, sobretudo nos desportivos e naqueles onde se come bem, padece de duas doenças, uma curável outra não. A maleita curável é a sua óbvia falta de experiência política. Uma desvantagem de todo o tamanho para gerir proficuamente uma autarquia em crise, cheia de vícios e pejada de alçapões.
Quanto à doença incurável, trata-se naturalmente da sua já longa experiência como funcionário superior da autarquia. Com tudo o que de negativo isso implica. Nomeadamente a amigável convivência diária com os principais coveiros da cidade e do concelho, tão tacanhos que nem disso sequer se dão conta. Proclamam que a culpa é dos outros. Tenho para mim que, se eleito presidente, Boavida nunca teria coragem para agir contra eles. E por isso, no meu entender, o melhor para ele e para todos nós, é manter-se nos bastidores.
Anabela? Boavida? Bruno? Pedro? Marrocos é lindo em Outubro, sobretudo no dia das eleições em Portugal. Há menos frustração no ar...
anfrarebelo@gmail.com
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