Tomar a dianteira 3 interrompe aqui a sua publicação. Por três motivos convergentes. Primeiro porque vou arejar e só conto voltar, salvo algum imprevisto, lá para o início de Julho. É claro que, com os actuais recursos disponíveis, até poderia continuar a escrever cada dia que passa. Afinal, Tomar na rede até tem o seu local de trabalho em Zurique, na Suiça.
Sucede contudo que -segundo motivo- tal seria para mim pouco agradável, uma vez que resolvi viajar não só mas também para deixar de ver certas coisas tomarenses que me chocam. Como por exemplo a passividade, o conformismo, oportunismo, o optimismo balofo, o deixa andar, a auto-suficiência e a evidente incompetência da esmagadora maioria dos eleitos. Tudo isto a confirmar que quando se fazem panelas, fazem-se igualmente as tampas para elas. Por outras palavras: Se a população é em geral como está à vista, queriam eleitos à altura? Só de importação, ou quase.
Terceiro e por ora derradeiro motivo, como bem sabem aqueles raros habitantes da urbe que ainda insistem no hábito saudável de pensar, ler e escrever, é cada vez mais árduo viver nesta desgraçada terra, cada vez mais uma lamentável pasmaceira. Por um lado, fruto da evidente e acelerada decadência, escasseiam os temas. Por outro lado, a confrangedora subserviência da informação local também não ajuda nada, desencorajando as eventuais colaborações desinteressadas. Tudo naturalmente em nome da sobrevivência económica, que impõe, julgam os implicados, obediência cega, prudência canina e sobretudo um eufemismo nabantino chamado boas maneiras. O tal que permite alcunhar a minha escrita habitual de agreste e o seu autor de agressivo e mal educado. Sem se darem conta das terríveis implicações daquilo que dizem. Designadamente porque pensar cansa a cabeça. E a inteligência é uma faculdade muito mal distribuída, que ou se tem ou não. Não adianta disfarçar.
Por tudo o que antecede, e o resto que não seria muito educado mencionar agora, até mais ver. Que o mesmo é dizer, até ao meu eventual regresso à escrita. Obrigado pela paciência que tiveram para me aturar por escrito, apesar da minha alegada agressividade e falta de educação.
Sejam felizes, se puderem!
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