O PS local e as empresas
Iam à caça e foram caçados
Os franceses têm um dito popular, cuja tradução é dificil, mas que mesmo assim não resisto a usar: "Le hasard fait parfois bien les choses." Algo assim como "Por vezes o acaso é providencial", posto que Einstein acrescentou em tempo oportuno que "O acaso é Deus passeando incógnito". Seja como for, serve este intróito para noticiar um acaso feliz. Tão feliz que se poderia mesmo dizer que lhes saiu o tiro pela culatra, aos autarcas socialistas tomarenses.
O caso é que o presidente Cristóvão e a maioria PS resolveram organizar um evento, mais um, a que chamaram "fórum empresarial". Teve lugar no salão nobre dos Paços do concelho, constando que foi muito participado. Decerto porque no final havia um buffet froid, e em Tomar as comezainas têm sempre muito público, sobretudo quando bem regadas à custa dos de sempre. É a sede, meus irmãos. E, para alguns, também para dar de beber à dor. Adiante.
Havia três empresas com oradores inscritos, a saber: Hortomarques, TemaHome e Pinto Valouro, sendo óbvio que o principal objectivo do fórum era a promoção eleitoral da actual maioria, mas procurava-se também, acessoriamente, promover Tomar como um bom local para instalar empresas privadas. Não é com vinagre que se apanham moscas.
Foi neste aspecto que, inesperadamente, as coisas descambaram, para grande desespero do presidente substituto, se é que se deu conta da ocorrência e conseguiu a necessária ilação. Por mero acaso fortuito, o tal que por vezes é providencial, a representante da Pinto Valouro (ex-Aviário de Santa Cita) lastimou as recorrentes dificuldades da empresa para contratar em Tomar assalariados que aceitem laborar aos fins de semana, fazer o chamado "horário fabril" (ver link infra).
É uma situação que não surpreende quem acompanha de perto a problemática tomarense e percebe alguma coisa de economia. Sabe-se com efeito que em Tomar, sobretudo depois do 25 de Abril, o grande objectivo de vida das gerações mais novas se resume a "um empregozinho público, um carrito e uma casinha". Trabalhar? Aos fins de semana, ainda por cima? Era só o que faltava! Afinal os imigrantes servem para quê? E os ciganos? Estão à espera de quê para os pôr a trabalhar no duro?
Nestas condições, bem pode o PS local apregoar que vai fazendo o possível para atrair empresários para Tomar. Ninguém vai levá-lo a sério. Regra geral, os empresários comportam-se como os camelos no deserto. Tendem a ir para onde há água, neste caso mão de obra barata e disponível.
Quando um deles, neste caso uma delas, aproveita um fórum, organizado pelo poder local, para se queixar da evidente falta de mão de obra disponível, é caso para dizer que lá se foi a tentativa de promoção por água abaixo. Empresas de pouca mão de obra? A robótica ainda é demasiado onerosa para os modestos empresários portugueses.
Como diria o povo do norte laborioso, os autarcas socialistas nabantinos "iam à lã e foram tosquiados". Queriam empresas e empresários, e uma empresária explicou-lhes, sem querer, porque é que não vêm para Tomar. Acontece aos melhores. A vida é também feita de muitos imponderáveis. Limpem-se a esse guardanapo, e vão já organizando as próximas comezainas, que a gamela é que está dar. Enquanto houver dinheiro...
Já que se tem falado muito de planos eu tenho um para revitalizar a economia Portuguesa, e o meu plano seria diminuir muito ou até mesmo abolir a taxa social única e dar esse dinheiro aos trabalhadores, ía directamente paraco bolso das pessoas e entrava na economia.
ResponderEliminarOs portugueses que ficam desempregados passam o tempo a fazer formação, muitos nunca vão usar esse treino. É um desperdício de dinheiro!!!