Descalabro económico em Tomar
A habilidade do artista
perante o desastre evidente
A situação cada vez mais difícil é conhecida de todos os que pensam um bocadinho. Tomar está a definhar, a afundar-se economicamente desde há décadas. Com particular gravidade desde a chegada do PS à Câmara, em 2013. As empresas que resistem apenas sobrevivem, e as que deviam vir não aparecem, o que irrita os poucos tomarenses que sofrem pela sua terra, entre os quais quem escreve estas linhas.
Soube-se há poucos dias que a Megaland vai instalar um parque de diversões em Torres Novas e houve justificados protestos dos tomarenses que ainda vão escrevendo para tentar mudar alguma coisa. Alfredo José foi um desses críticos, no Facebook, perguntando num texto bem articulado porquê Torres Novas e não Tomar?, para responder logo a seguir.
Porque em Tomar não há condições mínimas, Não há parque de campismo, nem parque de feiras e exposições, escreve o amigo Alfredo, nem estacionamento que chegue, nem sinalização, nem loja do cidadão, nem parques industriais, nem pavilhão multiusos, nem escola hoteleira, nem instalações sanitárias, nem salubridade urbana à altura, etc. etc. Só há presunção a mais, acrescento eu.
Perante isto e em ano eleitoral, que resolveu fazer o artista socialista? Começar a colmatar as lacunas seria demasiado fácil para o pessoal dos subsídios, dos ajustes directos, dos empregos públicos e das festarolas. Vai daí, decidiu-se organizar um "fórum empresarial", numa terra com poucas empresas, para tentar ludibriar os tomarenses:
É tão caricato que o próprio título não está conforme. Tomar não recebe, organiza, para deitar poeira para os olhos do eleitorado nabantino. E o dito Fórum não é cultura estrito senso, mas antes economia, porque as empresas não são monumentos, nem museus, nem grandes orquestras.
Além disso, olhando bem para o texto, fica-se com um certa ideia da coisa. O presidente substituto abre a sessão, embora não seja, ou alguma vez tenha sido empresário. O presidente Coroado idem idem. Vem só para ornamentar. que o IPT não é nenhuma empresa. Se fosse já estaria falida há muito.
Segue-se o presidente da NERSANT, um organismo público, e o director executivo da Tagus Valley, outra entidade pública, de Abrantes, nossa irmã na desgraça. Finalmente, catando bem, sempre se encontram representantes de três empresas privadas que operam em Tomar, a Hortomarques, a TemaHome e a Pinto Valouro, sucessora do Aviário de Santa Cita. É pouco, mas é o que se conseguiu arranjar, apesar da crise.
Para que dúvidas não restem, sobre a natureza eleitoralista da coisa, a última frase da notícia do MIRANTE explica tudo: "No final do evento, vai decorrer uma prova de vinhos e degustação de produtos locais". Ora aí está! Nisso é que somos mesmo bons. No tintol e na paparoca à custa do orçamento, não há quem nos consiga bater!
Se não estivesse tão longe, a 7 longas horas de avião, até eu lá ia a esse evento, mesmo sem ser convidado. Ou há moralidade, ou comem e bebem todos! Ou pelo menos os que pagam impostos!
O IPT já não é IPT (Instituto politécnico de Tomar) agora é PUOT(Polythecnical University of Tomar). O politécnico dá lucro, o ano passado deu 1 milhão e 200 mil euros de lucro, mas é como a festa dos tabuleiros, dá lucro com as subvenções estatais e da união europeia. O politécnico PUOT tem um orçamento de 20M€ mas só tem receitas próprias de 3 e qualquer coisa milhões, o resto vem da maminha.
ResponderEliminarO empreendedorismo não se ensina, já se nasce empreendedor.
Se virem a reportagem no TNR sobre o novo quiosque no bairro da caixa gerido por duas senhoras brasileiras compreendem o que é o empreendedorismo. Aquilo é empreendedorismo, identificar uma oportunidade e uma necessidade e ter energia para ir em frente. Isto não se aprende na escola, nasce com a pessoa.
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