Habitação em Tomar
Caso verídico? Ou ficção neo-realista, para justificar a construção de casas a custos controlados numa cidade cuja população está a diminuir há anos e anos?
Como se diz lá para as bandas de Paris, é uma notícia que interpela, que questiona. Desde logo porque, seguindo as normas portuguesas, impostas pela extrema-esquerda, diz só o que convém, omitindo o essencial. Uma família de sete pessoas, quatro das quais menores, não é nada comum pelas bandas de Tomar. E necessita um apartamento ou casa com pelo menos quatro quartos Quem são realmente? Portugueses? Estrangeiros? Cidadãos da UE? Caucasianos brancos? Indianos? Paquistaneses? Africanos? Chineses? Portugueses de etnia calé? Paira a dúvida metódica.
Vivendo numa casa arrendada desde Setembro último, (Contrato de arrendamento de que tipo?), acabam por ser despejados pelo novo proprietário, o que os obriga a procurar outro alojamento, que não conseguem encontrar? Porquê? Não há casas ou apartamentos grandes para arrendar em Tomar? Por causa da vaga do alojamento turístico local?
Todos ufanos, após terem conseguido realojar perto de 250 flecheirenses, nem sempre nas melhores condições, os membros da actual maioria autárquica são agora confrontados com uma das consequências da mal conduzida campanha do Flecheiro. Ficou entre a população a ideia de que a Câmara tem meios para dar casas de renda social a quem as pedir, portanto é de aproveitar.
Azar dos azares, no caso desta família numerosa, por razões que a notícia não esclarece, "nesta altura a Câmara de Tomar não consegue encontrar opções que permitam ajudar este agregado." Pergunta inocente: Se "este agregado" existe mesmo, não sendo uma mera criação literária para justificar a edificação pela Câmara de casas a custos controlados, e ao não conseguir uma solução satisfatória, resolve ir acampar nos arcos do Mercado, debaixo da Ponte do Flecheiro, nos arcos dos Paços do concelho, ou no jardim da Várzea pequena, a Câmara providenciará então alojamento hoteleiro à borla, como mandam as normas europeias?
A mim, que já fui proprietário de alojamentos para arrendamento, os malandros dos senhorios que expulsam famílias numerosas, com crianças e idosos, em pleno inverno, mesmo em Portugal onde o clima é mais ameno, parece-me ficção neo-realista, tipo Alves Redol ou Cardoso Pires. Onde isso já vai...
Eu acredito que este seja um caso verídico pois aparece a senhora a falar e o número de telemóvel. Ao menos a senhora explica-se bem e não chora, está de parabéns por essa atitude.
ResponderEliminarSe esta senhora tivesse uma cunha se calhar até se arranjava uma casa da câmara, eu ainda á pouco uma amiga confessou-me que desesperava por arranjar uma vaga para o pai no lar, os da misericórdia são para os amigos. E os empregos também são assim, em Tomar é tudo conseguido através da cunha.
Eu não duvido que a senhora existe e até se sabe comportar. A minha incerteza é em relação a uma família tão fora do comum na região e ao facto de ter sido despejada por alegado novo senhorio. Recordo que a Câmara celebrou há pouco tempo mais um ajuste directo, desta vez de 90 mil euros, com uma agência de comunicação e imagem, o tipo de empresa jornalística que arranja o que for preciso para desenrascar o cliente. Incluindo famílias numerosas à procura de casa para arrendar em Tomar, hábil maneira de demonstrar aos ignorantes tomarenses que fazem falta casas a custos controlados, pagas pelos contribuintes e depois atribuídas aos que pouco contribuem, ou nem isso, não é flecheirenses?
EliminarEu tenho a certeza que não é preciso esforço á câmara para vender a ideia da habitação a custos controlados pois há muita miséria em Tomar. Eu tenho uma prima que vive no bairro de nossa senhora dos anjos, diz que paga 100 euros por mês de renda á câmara, e o que ela diz!!! O marido ganha pouco mais do que o ordenado minimo e ela não trabalha á muitos anos. Ela teve três filhos, já todos maiores. Tem cinquenta e poucos anos e já tem netos.
EliminarO pai dela, já falecido, era empresário da construção civil, foi rico mas desorientou-se quando a minha tia morreu e perdeu tudo. O pai dela deve de ter comprado para aí uns cinco ou seis carros novos ao longo da vida, gostava muito de peugeot. A minha prima confiou cegamente no pai dela e acabou na rua, sem casa. Já teve tudo e hoje quem lhe vale é a irmã que tem um emprego muito bom e a ajudou muito. Eu tenho um apartamento vago que herdei dos meus pais mas custa-me ceder-lho porque é o meu espaço, onde eu tenho as minhas coisas, não me sinto bem em lá pôr ninguém.
O meu falecido pai tinha uma reforma não muito má e levava uma vida muito regrada e muita gente lhe pedia dinheiro, há um ranhoso que lhe ficou a dever 200 euros, eu confrontei o gajo:"Você ficou a dever dinheiro ao meu pai!!!" "Fiquei, fiquei, e vou pagar, não falho, mas só tenho 500 euros por mês de reforma"!!! Já lá vão 2 anos e nunca mais vou ver os 200 euros. E não lhe posso bater porque aí eu ficaria em sarilhos e tinha de o indeminizar. A culpa foi do meu pai. Há muita miséria em Tomar, professor!!! Se o professor andasse pelos cafés ía ver isso....
Eu até tenho uma estória engraçada para lhe contar. Eu tenho um primo que é polícia em Tomar e o meu primo contou-me que um pruxa, já falecido, e pertencente a uma família da ponte da vala, não sei se era filho da mulher a quem chamavam mulher polícia mas era da família, chega ao café onde está o meu primo e diz-lhe: "ó Sr.Rui, quer beber alguma coisa? Peça o que quiser...." o meu primo riu-se mas não pediu nada. Passados uns minutos o pruxa vai ter com o meu primo: "ó sr.Rui, não tem aí 2 euritos que me empreste?".
EliminarE a mim também conhecidos meus me pedem 5 euritos. Há muita miséria em Tomar, e o que explica o resultado do PS...
Como a canção dos esquerdalhas que viveram à conta do erário público PÃO PAZ SAÚDE HABITAÇÃO.
ResponderEliminarNos tempos do " fascismo " em Tomar vivia-se melhor pois havia muita indústria que apesar de não pagar bem , permitia uma vida sem subsídios por isso em relação ao PÃO estamos conversados.
Quanto à PAZ, efetivamente estávamos pior pois a guerra nas Colónias era dura e complicada para os que tiveram de a fazer, em especial os milicianos.
Saúde estamos muito melhor apesar de toda a falta de gestão e dos lobbies que a sugam, mas Tomar ficou reduzido a um quase centro de saúde, dependendo de Abrantes para quase tudo.
Na habitação , em especial em Tomar, melhorou nas primeiras décadas , mas agora é um caos.
As estatísticas dizem que a população decresceu em Tomar, mas quem observe melhor verifica uma quantidade de imigrantes , a adicionar aos calés, enorme. O que fazem e de que vivem estas pessoas ?
O que valeu á minha geração (dos 50 anos) foram os pais e os avós, senão a miséria era muito maior!!! Mas os velhos não duram para sempre!!!
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