Ruínas da ponte romana, em S. Lourenço
Ruinas ditas do fórum de Sellium - Obras municipais
Que tal fazer as coisas "by the book"?
Na sua magnanimidade, a actual maioria camarária, apoiada pela oposição PSD, dá mostras de pensar que basta querer para assim ser. Abreviando, estão a ser feitas, ou já previstas, obras camarárias num montante global superior a um milhão de euros, para musealizar uns pobres alicerces, apelidados de "ruínas do fórum de Sellium". O que coloca um triplo problema. Em primeiro lugar não há, que se saiba, quaisquer provas incontroversas de que aquilo seja romano. Pode ser, como pode não ser. Tanto quanto se sabe, nunca houve sequer testes de carbono 14 para estabelecer datações. Porquê? Medo dos resultados?
Em segundo lugar, mesmo concedendo que possam ser restos de construções romanas, quem garante que pertenceram ao centro cívico de Sellium? Apareceu alguma inscrição nesse sentido? Algum marco miliário, ou outro elemento arquitectónico nobre? Em que se basearam afinal para baptizar as ruínas? Porque teve a Câmara o cuidado de antes das obras solicitar e obter a desclassificação das ruínas romanas ditas da Nabância, dois quilómetros mais abaixo, nuns terrenos que até lhe pertencem, pelo menos em parte?
Em terceiro lugar, dando de barato que sejam ruínas romanas e restos do centro cívico de Sellium, é evidente que não têm qualquer interesse para o turismo. Quem já acompanhou muitos grupos no Convento de Cristo não ignora que até aí por vezes há visitantes que murmuram no final da visita "É só pedras!". Agora imagine-se o que dirão sobre as alegadas "ruínas do fórum de Sellium", que não têm nada de notável, ou monumental. Vai ser um fiasco e dos grandes!
Se a srª presidente e os seus seguidores estivessem realmente interessados no passado romano tomarense, em vez de encomendarem um relatório para apoiar a desclassificação das ruínas da Nabância, monumento nacional desde 1910, teriam ido noutra direcção. Sabendo-se que há uma ponte romana em S. Lourenço, haverá decerto também restos de calçada romana de cada um dos lados. Uma vez que o terreno do lado nascente ainda está livre de construções, que tal encomendar o seu mapeamento, com recurso a um drone equipado de geo-radar? Assim se chegaria de novo às ruinas da Nabância -que o arqueólogo Batata afirma, num relatório pago pela Câmara, não ter conseguido localizar- e se poderia concluir se são ou não ruínas de Sellium. Era uma bronca e das grandes, não era? Mas poupava-se muito dinheiro e muitos aborrecimentos futuros.
Porque, de qualquer modo, a história não acaba aqui. Segundo o velho provérbio, "dá tempo ao tempo, e o tempo dá-te todas as respostas".
Depois de ver hoje 17/02/2022 na LINHA ABERTA/SIC a reportagem sobre o sns em Tomar , pergunto :
ResponderEliminarQual o jovem casal quer vir para cá viver e constituir família ?
Viva o socialismo de cá e de lá !!!
Já estou a antever a cena. Traumatizada pela visita obrigatória da turma às ruinas ditas romanas, 15 anos mais tarde uma jovem tomarense resolve romper o noivado e comenta. -"Cheguei à conclusão que ele afinal é tão interessante como as ruínas romanas de Sellium, tás a ver?"
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