quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

Padrão de D. Sebastião, que comemora o alargamento da via.

Padrão de D. João I, junto da capela de S. Lourenço. O brasão com o escudo real em diagonal, a mostrar que D. João I era filho bastardo de D. Pedro I, não permite dúvidas.

Capela de S. Lourenço, que comemora a junção das forças de D. Nuno Álvares Pereira com as de D. João I, na antevéspera da batalha de Aljubarrota.

Espaço público -Obras municipais

Uma desgraça nunca vem só

Sinceramente, bem gostaria de enfim poder escrever algo optimista. Sem ter de criticar de forma ácida. Uma crónica construtiva, segundo os ilustres apaniguados da situação que está.  Que em termos práticos, na área do progresso, pouco se distingue da que estava em 1973.  Mas vamos aos factos.
Depois das obras ornamentais da Nun'Álvares, de prioridade questionável, e que  incluem duas pistas cicláveis, e após mais uma vaga de protestos contra as miseráveis condições de segurança, ou de falta dela, dos moradores de S. Lourenço, Borda da Estrada, Carvalhos de Figueiredo e por aí adiante, até Santa Cita, em qualquer outro país da UE seguir-se-ia a solução do problema, ou problemas. O melhoramento da estrada nacional 110, principal entrada em Tomar, instalando passeios de ambos os lados e pintando passadeiras pedonais. Bem como, por uma questão de coerência urbanística e de continuidade, duas  pistas cicláveis entre a rotunda do padrão e Santa Cita. Sem o que as da Nun'Álvares carecem de sentido, uma vez que não têm continuidade para sul. Vias para lado nenhum?
Pois parece ser ambição excessiva para a actual maioria PS. Decerto não por falta de verbas europeias, ou carência de capacidade empreendedora, mas por qualquer outro motivo que escapa ao comum mortal que escreve estas linhas, não abençoado pelos deuses locais. Em vez das duas pistas para bicicletas, skates e triotinetes, dos novos passeios, das passadeiras pedonais, e assim, os moradores do sul da freguesia urbana vão ter de se contentar com um triste remedeio. Por agora, o que quer dizer nos próximos 15 ou vinte anos, vão ter apenas um passadiço, naquela parte mais estreita, com muros de suporte de ambos os lados, entre a rotunda do Padrão e a fonte de S. Lourenço.
-Já é bem bom, vão justificar os seguidores do PS local. São maneiras de ver. Curtas de pernas, anãs portanto, mas ainda assim maneiras de ver. Tão fora do comum que até bons jornalistas locais tropeçaram na localização:
 https://radiohertz.pt/tomar-camara-ira-mesmo-avancar-para-a-colocacao-de-um-passadico-em-sao-lourenco-que-ligara-o-padrao-a-capela/  noticia a Rádio Hertz, que conhece bem o local. O problema é que não se lembraram da existência por ali de dois padrões, o sebástico ou de D. Sebastião, junto à rotunda,  e o joanino ou de D. João I, junto à capela, do lado norte.
De tal forma que, guiando-se exclusivamente pelo título da notícia da Hertz, podíamos vir a ter um passadiço entre o padrão joanino e a capela de S. Lourenço, com o extraordinário comprimento de cerca de 5 metros. É mesmo caso para se lamentar com o clássico "Não tenho sorte nenhuma!" Uma desgraça nunca vem só. A Câmara revela mais uma vez falta de coragem, de determinação e de projectos à altura. Os jornalistas até se enganam inadvertidamente, perante uma solução tão minorca. Acontece aos melhores.

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