domingo, 6 de fevereiro de 2022

 


Resultados eleitorais - Comentários

Socialistas eufóricos mas confusos

Contestatários calados


Ainda no rescaldo das eleições de domingo passado, pede-se aos socialistas nabantinos, sempre abespinhados com as crónicas de Tomar a dianteira, que tenham a humildade de ler com calma esta análise do ex-parlamentar socialista Paulo Trigo Pereira:
O ponto 1 explica tudo, tendo em conta que o PS dispõe de maioria absoluta, não só na AR mas também na Câmara de Tomar, desde 2017. Falta-lhes é "forte dinâmica de reflexão interna, grupos de estudos sólidos e produtivos, quadros qualificados e abertura à sociedade civil." E tolerância perante as críticas, acrescenta-se. Fica assim dado o recado. Não é com vinagre que se apanham moscas, atrás de tempo tempo vem, e a  vida política é feita de vitórias e de derrotas.
Que o digam as tradicionais formações políticas de contestação, o BE e a CDU, que julgando poder passar sem problemas da contestação ao compromisso com o governo PS, se espalharam ao comprido. Nas legislativas de 2015, antes da geringonça, obtiveram  no concelho de Tomar 6,21% - 1.320 votos a CDU, 10,90% e 2.318 votos o BE. Após seis anos de compromissos, nas eleições do passado domingo, ficaram reduzidos a metade, praticamente: CDU 3,60% 697 votos, BE 5,12% 990 votos.
-Mas isso foi em eleições nacionais, dirão alguns apaniguados mais ferrenhos. Pois foi. Mas nas locais, as coisas pouco melhor vão. Mesmo sem geringonça, mas com sucessivas posições acomodatícias na AM: Em 2017 a CDU conseguiu 7, 81% 1.548 votos, e o BE 6,02% 1.194 votos. Quatro anos mais tarde a redução foi grande: CDU 5,51% 993 votos, BE 4,74% 874 votos.
Convém ter sempre presentes estes números, e procurar apurar as causas que a eles conduziram. Só com palpites e a insultar quem discorda, nunca mais vamos sair da cepa torta. E Tomar é que perde. Ninguém tem o monopólio da verdade, das ideias corretas, ou sequer da inteligência. Seria de resto estranho, uma vez que tanto o PS, como a CDU ou o BE são contra os monopólios. Ou também já não?

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