sábado, 30 de novembro de 2024

 

Copiado de Tomar na rede. Algures junto ao ex-estádio municipal, Outubro de 2024.

Agitação urbana

EM TOMAR APESAR DA DECADÊNCIA JÁ VAMOS NA FASE TRÊS. 
NA QUATRO COSTUMA HAVER CONFRONTOS, COM MONTRAS PARTIDAS, CARROS QUEIMADOS E QUANDO CALHA FERIDOS E MORTOS...

Os tomarenses, que julgo conhecer razoavelmente por ser um deles hà mais de 80 anos, são excelentes pessoas. Do melhor que há no país, na Europa e no Mundo, como diria o presidente Marcelo. Comida, bebida, divertimentos, subsídios e empregos sentados, é com eles. O resto é tudo uma maçada muito grande, que obriga a pensar um bocadinho, tarefa demasiado fatigante.
Não espanta por isso que a recente interpelação pela PSP local de um casal de jovens presuntivos grafiteiros, tenha passado relativamente despercebida, apesar de noticiada no Tomar na rede. Infelizmente, o microcosmo político tomarense, tutelado por uma autarquia modelo "esquerda unida jamais será vencida", não faculta ao jornalismo local o fôlego necessário para ir até ao funda das coisas, ao âmago de cada questão.
As raras notícias sobre a detenção dos aludidos grafiteiros, entretanto já de novo em liberdade plena, são portanto muito incipientes. Não respondem minimamente ao básico em jornalismo sério: Quem? quando?  onde? como? porquê?. Assim, apenas se sabe que são dois jovens, aparentemente um de cada sexo, de 28 e 29 anos. Onde moram? Onde nasceram? Que fazem na vida, além dos grafitos? De que vivcm? Como conseguem dinheiro para adquirir material caro, destinado à sua actividade de subversão urbana?
Apesar de todas as mencionadas limitações, de algum modo impostas por quem tem autoridade para dar indicações de conduta à polícia, é possível perceber que, após o Entroncamento, Tomar também já está no mapa da guerrilha urbana. Por enquanto ainda só no mapa, mas é só esperar para ver o que não tardará a vir.
Quem está habituado a seguir na imprensa de referência a crescente delinquência  política, em Paris, Bruxelas. Londres ou Amsterdão, por exemplo sabe como estas coisas começam e se desenvolvem pouco a pouco, mas a um ritmo cada vez mais sustentado. Na primeira fase, o assistencialismo dos governos europeus de centro esquerda tende a instalar minorias nacionais e imigrantes em bairros sociais nas periferias.
Na fase 2 esses bairros sociais tendem a transformar-se em guetos, habitados só por camadas de poucos recursos, que não podem por isso habitar alhures, nos quais a polícia só entra em grande número e bem armada, para cumprir missões precisas. Entre estas, a repressão dos vários tráficos é cada vez menos eficaz, devido às limitações impostas pelas tutelas, e ao comportamento sectário dos habitantes, que deixam de pedir e passam a exigir.
Os partidos de esquerda em geral alegam humanismo, quando afinal apenas estão interessados nos votos de tais comunidades, que se supõem de extrema esquerda. E caminha-se assim de forma mais ou menos acelerada para  a fase 3, em que um conhecido delinquente reincidente fugiu à polícia, foi depois alvejado por um agente da PSP e infelizmente veio a falecer, o que levou a família a apresentar queixa contra o polícia, que afinal foi forçado a usar a sua arma.
Em Tomar felizmente aínda aí não se chegou. Mas já faltou mais. Repare-se na imagem supra. "O diabo veste farda" é uma reles cópia da publicidade Prada. Mas que dizer daquele "Fodam a polícia" em inglês de praia? Quem está a manipular os dois jovens, agora com termo de identidade e residência? Com que intenção a médio e longo prazo? "Fodam a polícia"? Em Tomar? Porquê, a não ser para gerar ódio em relação à autoridade? Julgam se calhar que assim vão conseguir os votos necessários para lhes garantir os subsídios e outras benesses, que irão permitir a revolução dos grafitos. Era só o que nos faltava, à sombra do Convento de Cristo, testemunho da nossa grandeza passada. Precisamos de políticos realistas. Com urgência.

6 comentários:

  1. Acho que o professor Rebelo está a exagerar em termos de estado da situação. Mas quero lembrá-lo que o vereador Hélder Henriques escreveu no Facebook que estes meliantes mereciam ser fuzilados ao que o deputado municipal Américo Costa muito escandalizado respondeu que é inadmissível um militar usar uma linguagem destas!!! Achei graça á reação do deputado, não sabe o que é uma figura de estilo!!! Também não percebi porque é que o vereador Henriques apagou a publicação!!! Obviamente que o vereador não ía fuzilar ninguém.

    Agora vão gastar umas centenas de milhares de euros, eles já disseram mas eu não me lembro, na vídeo vigilância. Se o orçamento for 500 mil vai para um milhão. E o mais certo é depois acontecer como o estacionamento inteligente e não funcionar!!!

    É mais dinheiro deitado ao lixo, eu já me roubaram umas poucas de bicicletas aqui no Reino Unido, em sítios com vídeo vigilância. Umas vezes perguntam-me a que horas é que o roubo aconteceu, outras as câmaras não estão a trabalhar, são só para enganar e ainda uma vez roubaram-me a roda da bicicleta, deixaram-me a bicicleta sem roda e o ladrão estava encapuçado, não deu para ver quem era. É mais um milhão de euros deitado fora em Tomar, cidade inteligente.

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    1. Embora o amigo Helder já aqui tenha dito antes que nunca leu um livro na vida, constatei depois que até sabe o que são figuras de estilo, o que convenhamos não está ao alcance de todos. Pois pegando nas tais figuras do seu agrado, deixe-me dizer-lhe que não exagerei em termos de estado da situação. Pelo contrário. Limitei-me a tentar estabelecer uma analogia com o que vem ocorrendo por essa Europa fora, no Entroncamento, e ultimamente nos arrabaldes da capital. Extremamente preocupante, porque seguindo sempre o mesmo modus operandi, decerto com a mesma intenção e o mesmo objectivo final.
      O amigo Silva64, logo aqui no comentário seguinte, mostra-se chocado com tanta estragação inútil, e tem razão. Mas será o referido estrago assim tão inútil? Ou terá uma determinada utilidade bem prática, que por agora vai escapando à generalidade dos cidadãos? Resumindo. Gastam tanto dinheiro a pichar só pelo prazer de macular? Ou há um plano que visa gerar ódio em relação às autoridades legítimas, para na fase seguinte passar a guerrilha urbana, como já vem acontecendo nos subúrbios de Paris ou de Bruxelas, por exemplo? Não convém andar neste mundo só por ver andar os outros. A extrema esquerda saberá muito, mas não sabe tudo nem está sozinha na área do conhecimento, ao invés do que parecem pensar...

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    2. Eu quando disse que nunca li um livro na vida era outra figura de estilo obviamente, eu referia-me a literatura de romance, pesada. Quando era cachopo li condensa de segur e confesso-lhe que até gostei, e tentei ler conan doile, sherlock holmes obviamente, e fiquei-me por aí. Os únicos livros que comprei foram sobre alimentação e finanças pessoais, tendo sido o último á um ano e para ler no avião, "pai rico pai pobre" que comprei por ser um livro muito famoso e falado pelos influencers digitais que sigo. Comprei também livros de casos famosos como o Carlos Cruz casa pia e sobre o caso José Sócrates. Resumindo só li coisas ligeiras, uma linguagem semelhante á que se encontra em revistas como a Sábado, Visão ou a Veja aí no Brasil.

      Acho que não há nenhum activismo político nestes actos de vandalismo, é mesmo só estupidez de jovens de quase 30 anos!!!

      Os polícias deixaram de fazer o giro apeado regular, só o fazem por altura dos tabuleiros e durante o dia. Eles agora ligam as luzes de emergência em modo permanente, já não é em modo pirilampo, e fazem a ronda de carro assim. Andar apeado, ao frio e chuva, a carregar a arma, o rádio, o cacetete e as algemas é desumano e coisa do passado, pré sindicatos.

      Antigamente não haviam smart phones e as redes sociais e os polícias para não se aborrecerem íam dar o giro e falavam com as pessoas e o turno de 6 horas passava mais depressa. Agora já não é assim. Até circula na net um áudio de uma reunião da polícia municipal de Sintra, que eu lhe vou mandar por email, em que os agentes se queixavam de discriminação na atribuição do serviço e o comandante que é major da GNR diz: "esperem só mais um mesinho que isto aqui que isto aqui entra nos eixos. Cada um para o seu servicinho, bora, siga car@lho". Diz logo uma agente:"olhe, você não fala assim comigo. Aqui você não é militar, se quiser falar assim vá para a GNR"

      A câmara vai gastar o dinheiro e não vai resolver o problema, o próprio presidente Hugo Cristóvão admitiu isso, que a vídeo vigilância não vai resolver o problema, que não é possível cobrir a cidade toda e nem é desejável. Está na net, consultem que vão achar. É mais dinheiro mal gasto.

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    3. Contactada Pela TVI a polícia municipal de sintra que tem 75 elementos confirma a instauração de cinco processos disciplinares por abandono de posto. Agora imaginem o resto do país, na maior parte das vezes os comandantes fingem que não vêm,dizem que os subordinados são muito bons e assobiam para o lado. Não se estão para se estar a chatear porque recebem o mesmo. As imagens das câmaras de vigilância, se funcionarem, vão ser operadas pela PSP. Se a PSP não funciona são inúteis....

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    4. Você escreve que não há nenhum activismo político nos actos de vandalismo, mas eu afirmo o contrário. Por essa Europa fora, incluindo em Londres, e aqui nos arrabaldes de Lisboa são jovens manipulados por gente do PCP, do BE, do Livre e assim, para causarem problemas e originarem um ambiente de desobediência civil, que após os confrontos rende muitos votos a esses partidos. Em Portugal o aparecimento e a expansão do Chega está a causar-lhes sérios problemas, mas ainda não descobriram como os ultrapassar. Em todo o caso, um par de jovens que se dedica a pichar por todo o lado em Tomar, ou são doidos varridos, e devem ser tratados, ou alguém lhes paga para criar o tal ambiente, que já permitiu dar casas a mais de 200 ciganos, quando há tomarenses necessitados que, coitados, como não grafitam nem têm amigos na esquerda unida...

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  2. Boa publicacao disse tudo ao pormenor.
    No entanto estes ditos jovens adultos e bem adultos mereciam trabalho comunitario por 12 meses a vista de toda a comunidade a a limoar por toda a cidade tudo aquilo que conspurcaram.
    Apos 12 meses seria 1 ano de prisão efetiva e este problema deixa de ser pois vao perceber o que a vida custa a todos e deixarem de estragar tudo pois concerteza em casa deles não o fazem ou será que também grafitam toda a casa deles?
    E necessário as câmaras de vigilância entrarem em funcionamento rápidamente em vez de se fazerem festas desnecessárias onde gasta dinheiro que faz falta para implementar mais segurança ativa na cidade.
    Um grande abraço para si e bom fim de semana.
    Silva

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