Fechando por agora o tema da sinalização turística, julgo útil vincar dois aspectos: 1 - O acesso à informação é um direito fundamental, de resto legislado em todos os países democráticos. (Em Portugal consta da Lei 46/2007). 2 - Para os turistas, que são todos potenciais crianças ao chegar a uma localidade desconhecida, a boa informação é absolutamente essencial a uma boa estada e posterior recordação agradável.
Infelizmente, como em qualquer outra matéria, há sempre por parte da administração pública, que o mesmo é dizer dos seus funcionários, duas atitudes de base. Ou se empenham naquilo que fazem e procuram sempre executar o melhor possível; ou, pelo contrário, ficam-se pelo mínimo empenhamento possível, do tipo "para o que é, serve muito bem".
No país e em Tomar estamos como todos sabemos. Não aprendemos. Esquecemos quase sempre o velho aforismo "Não faças aos outros o que não gostas que te façam a ti". Na área da sinalética ou sinalização turística, aqui vão alguns exemplos desse "deixa andar", para não dizer desmazelo propositado...
Em Tomar indicam-se os parques P1-Praça da República e P2 - Estádio municipal (que já foi...). Com um pouco mais de empenhamento, indicava-se também a capacidade de cada um e se é unicamente para ligeiros. Os potenciais utentes ficavam logo mais descansados e melhor impressionados. Como em Versalhes (França):
Em Tomar praticamente não há sinalização turística para visitantes pedestres. Apenas um caso, dos muitos possíveis: O infeliz turista/campista que chega à estação da CP ou à Rodoviária, vê-se em palpos de aranha para saber onde ficam o parque de campismo, os monumentos ou os recursos hoteleiros. Em tempos esteve lá uma planta da cidade, por sinal muito bem feita. Onde isso já vai...
Em Paris, apesar de grande metrópole, os habitantes e os visitantes são tratados com mais cuidado. Têm sinalética específica para peões, que até lhes indica os endereços úteis:
Apesar de sermos (ainda?!?) das principais cidades turísticas do país, os pouco mais de 200 mil visitantes anuais do Convento de Cristo são uma insignificância, quando comparados com os 3 milhões do Alhambra, em Granada, ou os 5 milhões do Louvre, em Paris. Mas atrás de tempo, tempo vem, pelo que convém ir lembrando que "candeia que vai à frente, alumia duas vezes".
Mostrando que respeitam os cidadãos-visitantes e se empenham no seu bem-estar, as autoridades francesas até informam os turistas que fazem fila para entrar nos monumentos sobre o provável tempo de espera até entrarem. As duas fotos foram colhidas junto ao Museu do Louvre. O tempo de espera era de hora e meia. Apesar do elevado custo das entradas. Quando se é bem tratado, pouco ou nada cansa. Entenderam senhores camaristas locais?
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