quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Não há pior cego...

Pois é! Não há pior cego que aquele que não quer ver. E aqui em Tomar vegeta, julgando viver, uma chusma dessa triste gente. Em todos os sectores da cada vez mais encolhida população residente. Com destaque para os políticos em funções e os funcionários superiores armados em césares de trazer por casa, nas áreas que de alguma forma procuram condicionar.
Quando confrontados com críticas resultantes da sua lamentável postura, tanto uns como outros reagem da mesma forma. Usam uma série de ideias/frases feitas, que nas cabecitas deles parecem explicar tudo, quando afinal não passam de desculpas de circunstância, visando de forma tosca esconder o óbvio: incompetência, inveja, soberba, incapacidade para reconhecer que, insistindo em infernizar a vida dos outros, estão afinal cavando a longo prazo a própria sepultura. Não intuem que autarquias falidas não podem manter ad eternum funcionários supérfluos, mesmo se venenosos e apadrinhados..
Essas ideias/frases feitas gravitam à volta da mãe de todas elas: "É sempre a mesma gente; são dois ou três ressabiados que querem é tacho; a opinião pública não é a opinião publicada..." Quando se referem ao autor destas linhas, como não podem recorrer à questão do tacho, derivam invariavelmente para "o gajo é muito violento, agressivo, tem mau feitio, talvez herança de uma juventude complicada..."
E assim vão procurando esses torcidos conterrâneos iludir os menos advertidos, que infelizmente são a esmagadora maioria do eleitorado concelhio. Fingem argumentar, como forma de recusar debater o fundo da questão -a competência e a devoção à causa pública. Até agora, com a informação tradicional controlada de facto pela questão publicitária, a dita e asquerosa pseudo-argumentação tem resultado: os políticos e os funcionários geralmente em questão continuam nos seus cargos e desde o 25 de Abril ainda não tivemos em Tomar um empresário, um industrial, um comerciante ou mesmo um investidor como presidente de câmara ou sequer como vereador a tempo inteiro. Tudo funcionários públicos ou equiparados. E membros do partido, pois claro. Exactamente como nos defuntos regimes de leste, de triste memória.
Não foi por mera teimosia que decidi escrever sobre matéria já tão apodrecida que chega a ser mal cheirosa. Fi-lo porque julgo ter vislumbrado uma pequena luz ao fundo do longuíssimo túnel do meu descontentamento. Encontrei nas redes sociais, como agora se diz, mais precisamente aqui, dois comentários. Que mesmo imperfeitos, me parecem prefigurar o renascimento desta terra de que gosto tanto. Pelo menos começam a aparecer reacções mais saudáveis do muito limitado leitorado concelhio:

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