No sempre interessante Tomar na rede, Roberta Ferreiro lançou uma ideia choque, para sairmos das ideias gastas. Propõe transformar Tomar num cidade amiga dos maricas e equiparados. Com cortejo LGBT a sair da Mata e monumental banho de espuma na Praça. É uma ideia no meu entender bem arriscada. Direi mais: Ainda bem que Roberta Ferreiro é nome suposto. Se não fora, creio bem que a sua integridade física não estaria assegurada.
O pessoal masculino cá do burgo (e até algum feminino...) considera-se cojonudo. Acham que os têm bem pesados e bem no sítio. Acham... Cá por mim, como gosto de caminhar por aí e não tenho seguro de vida, desejo um belo futuro à ideia da Roberta, mas proponho algo mais consensual.
No meu entender, a cidade daria um passo de gigante na boa direcção se passasse a organizar anualmente o Festival nacional dos políticos artistas. Coisa para dois/três dias, obviamente com comezainas, visitas ao Convento e muita conversa. Discursos, comunicações, comentários e conclusões. Com a devida cobertura das rádios e jornais locais, também com alguns artistas.
O discurso de inauguração seria naturalmente, para respeitar o protocolo, o da nossa simpática presidente, subordinado ao tema "Intrujar os eleitores, devolvendo IRS com uma dívida de 30 milhões às costas, e continuando a sorrir". Seguir-se-ia o malabarista Costa, com uma peça de oratória baralhadora: "Cobrar menos, gastar mais e reduzir o défice. O milagre da multiplicação dos euros".
Honrando o passado recente, o nosso ex-primeiro ministro laranja avançaria então com uma peça brilhante, da qual só o título já dá vontade de chorar: "Como perder ganhando" Portas seria o orador seguinte, para debitar o tema "Submarinos de águas turvas e demissões definitivas".
Após um almoço pantagruélico e para continuar no passado recente, a glória local paivina leria um papel intitulado "Como transformar um estádio num mero campo de treinos, sem desencadear a fúria dos cidadãos". Subiria então ao palco o actual líder da oposição laranja. Titulo da sua intervenção: "Crítica macia, suave e educada, para não ofender nem levantar ondas".
O discreto Rui Serrano, no seu estilo peculiar, dissertaria de seguida sobre "Como perder pelouros e continuar a sorrir", logo seguido por Pedro Marques, que oraria sobre "Como durar em política sem ideias e com pouco esforço". A fechar teríamos Hugo Cristóvão com um pedagógico "Como subir na política sem nunca se colocar em bicos de pés".
Da Assembleia Municipal viria então o bem conhecido e detestado Luís dorme com ela (Com a política, seus mal intencionados. Estavam a pensar o quê? A vida privada de cada um não diz respeito a ninguém.) Luis dorme com ela ensinar-nos-ia "Como presidir a uma câmara sem sequer ter sido candidato".
Procurando equilibrar as coisas, uma vez fortemente aplaudido o amigo Luís, o vereador da CDU, seu amigo, subiria à cena para ler uma peça subordinada ao título "Como restaurar em dois anos um mercado que levou ano e meio a construir, e ainda conseguir envenenar um executivo". Tudo naturalmente sindicado de véspera pelo PCP, que nunca brinca em serviço. Nem fora dele, de resto.
Procurando equilibrar as coisas, uma vez fortemente aplaudido o amigo Luís, o vereador da CDU, seu amigo, subiria à cena para ler uma peça subordinada ao título "Como restaurar em dois anos um mercado que levou ano e meio a construir, e ainda conseguir envenenar um executivo". Tudo naturalmente sindicado de véspera pelo PCP, que nunca brinca em serviço. Nem fora dele, de resto.
A encerrar os trabalhos, Ivo Santos viria dissertar sobre "Equilibrismo político pluripartidário" e o presidente da Assembleia Municipal limitar-se-ia a agradecer a presença e a participação de todos, já bem comido e bem bebido. O costume.
Era ou não era uma bela jogada política? De artistas para artistas!
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