Disse o grande Aleixo que:
Prá mentira ser segura
E atingir profundidade
Deve trazer à mistura
Qualquer coisa de verdade
Em recentes declarações à informação local que temos, a senhora presidente oficial da câmara disse ter sensibilizado o ministro da saúde para a necessidade de voltar a haver Medicina interna no hospital de Tomar. Argumentou que o nosso hospital serve também os doentes dos concelhos de Ferreira do Zêzere e Ourém.
Impávidos, serenos e obedientes como sempre, os periodistas nabantinos ouviram, calaram e noticiaram. Contudo, se no que toca a Ferreira os doentes vêm mesmo para Tomar, nitidamente à falta de melhor, quanto a Ourém a música é outra e bem diferente por sinal.
Se a senhora presidente eleita tivesse ouvido com atenção o que lhe disse o seu camarada ministro, teria tomado a devida nota de um detalhe que muda tudo. Disse aquele governante que está a desenvolver esforços para que os utentes possam ter plena liberdade de escolha do seu médico e do seu hospital. Exactamente aquilo que desde há muito reivindicam os cidadãos de Ourém.
Com mais população que Tomar, pagando mais impostos ao estado e com muito menos desemprego, Ourém não tem um verdadeiro hospital. Durante anos sacrificados aos caprichos administrativos do governo, resolveram começar a enviar os seus doentes para o hospital de Leiria, bem superior a qualquer um dos que integram o Médio Tejo. E foi isso o que referiu o camarada ministro. Doravante Ourém passará a fazer oficialmente o que já faz há muito particularmente -mandar os seus doentes para Leiria. Por conseguinte, a senhora presidente oficial mentiu dizendo a verdade. A tal técnica denunciada pelo poeta Aleixo.
De resto, para aqueles tomarenses mais teimosos, que são a grande maioria, avanço uma pequena comparação fotográfica Tomar - Ourém. Para ver se começam finalmente a encarar a realidade tal como ela é.
As 6 fotos seguintes são do Agroal. As 3 primeiras mostram aspectos da margem situada no concelho de Ourém. As 3 últimas focam aspectos da margem nabantina...
Aquele prédio com fachadas a azul, amarelo e branco, se estivesse no concelho de Tomar, já teria custado chatices sem fim ao seu proprietário. Admitindo que os empatas nabâncios alguma vez tivessem aprovado semelhante projecto, herético para a santa inquisição local. É por isso que não há prédios na margem nabantina. Já houve. Em tempos que já lá vão...
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