segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Mais um caso escandaloso


Esta notícia do autocarro com turistas que se atolou na Venda da Gaita é mesmo uma grande gaita.
Primeiro porque passou praticamente despercebida. Só Tomarnarede a publicou. A demonstrar mais uma vez a fraca eficácia da informação local. Depois, porque uma matéria que causaria escândalo em qualquer cidade ainda viva, aqui em Tomar só teve até agora o silêncio e a inacção como resposta. E no entanto, atente-se na enormidade da coisa.
Um motorista de turismo, mais cioso do seu profissionalismo, resolve trazer os seus clientes à cidade, depois de terem visitado o Convento de Cristo. Como mandam a regras da profissão, pois turista vem para visitar, não para passar de autocarro. Dado que não podia descer pela Estrada do Convento e não conhecia a cidade, tentou resolver da melhor maneira. Caiu numa bifurcação sem as mínimas condições operacionais ou de segurança, pondo os turistas transportados em alvoroço. Foi vítima da armadilha engendrada pelos senhores técnicos superiores da autarquia. Péssima imagem da cidade, péssima imagem da autarquia. E já é o segundo acidente do género em pouco tempo naquele local, desde a infeliz ideia de interditar aos autocarros de turismo a descida da Avenida Vieira Guimarães, vulgo Estrada do Convento.
Os senhores autarcas que temos estão à espera de quê para tomar providências? Não me parece que seja assim tão complicado inverter a presente situação. Basta proibir que os autocarros subam, mas autorizar que possam descer pela citada artéria citadina. E providenciar a necessária sinalização. Ao cimo da Rua da Graça, na Estrada de Paialvo, no ramal para o Convento e na Venda da Gaita. E também não lhes ficaria nada mal ordenar quanto antes a requalificação do local do acidente, que bem precisa, assim como mandar colocar sinalização adequada pela cidade, a indicar um parque de estacionamento para autocarros. Que poderia muito bem ser no local da antiga messe de oficiais...
Acessoriamente, conviria que, de uma vez por todas, fosse apurado o que querem realmente os tomarenses. Um armazém de funcionários mais ou menos úteis e mais ou mais ou menos competentes? Ou uma autarquia ao serviço da comunidade que a sustenta com os seus impostos? Autarcas politicamente capazes, com projectos e com capacidade de liderança efectiva? Ou pessoas simpáticas que apenas procuram melhorar os seus fins de mês? 
Como estamos não vamos longe.

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