Falo da antiga Cerca conventual. A actual Mata nacional dos 7 montes. Nome pomposo para mais uma miséria tomarense. Nos anos 50 do século passado havia hasta pública anual para atribuir o direito de apanhar a azeitona daquele então vasto olival.
Passaram os anos. Já bem depois depois do 25 de Abril, algum génio em silvicultura resolveu mandar decapitar todas as oliveiras. Ou terá sido apenas um funcionário mas despachado, a necessitar com urgência de boa lenha para a lareira? Certo certo é que as oliveiras ficaram conforme documentam estas fotos. Todas as pernadas antigas foram à vida... Outra forma do conhecido direito de pernada?
Nunca se viu tal coisa numa propriedade privada, mas enfim, Estado é Estado. O que não justifica semelhante tratamento em oliveiras multicentenárias de boa saúde.
Passaram mais anos. Se calhar porque nessa altura ninguém se preocupou com o caso, alguém resolveu agora "completar o trabalho". O mesmo ou outro, pouco importa. Mas qual a explicação para tal abate indiscriminado, documentado nestas fotos? Outra vez a necessidade de boa lenha a bom preço para a lareira doméstica?
Estavam doentes os exemplares abatidos? Não brinquem com coisas sérias. As fotos demonstram o contrário.
Não seria boa altura para a Câmara, a Assembleia Municipal e/ou a comunicação social que temos, tomarem uma posição? Preferem pactuar com a ignorância e a impunidade? Ajudar quem rouba descaradamente bens públicos? Lavar as mãos, como Pilatos? Mas a ser assim, então servem para quê? Simples ornamentações de Carnaval?
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