Nos idos de 80, os principais monumentos deste pobre país foram transferidos da Direcção-Geral da Fazenda Pública para o então recém-criado IPPAR, antepassado do actual IGESPAR, que depende da Direcção-Geral do Património, por sua vez parte integrante do nouvel Ministério da Cultura. Posso testemunhar, por ter sido participante directo, que nessa ocasião da transferência de tutela, a Cãmara tomarense só não chamou a si a gestão do Convento de Cristo porque não quis. Era então presidente Amândio Murta e vereador da cultura Duarte Nuno de Vasconcelos. Ambos eleitos pela AD - Aliança Democrática (PSD+CDS+PPM).
Volvidos todos estes anos, é forçoso concluir o óbvio. Sediado no Palácio Nacional da Ajuda, o que também não ajuda nada, o actual IGESPAR tem revelado competência na área da conservação e restauro, mas tem sido um desastre em termos de gestão turística e cultural dos monumentos à sua guarda. No que concerne ao Convento de Cristo -Património da Humanidade desde 1992- o estado geral é bom e a sua manutenção razoável. Até estão em curso neste momento vistosas obras de reparação de toda a fachada norte.
Infelizmente, como bem reza a frase feita, no melhor pano cai a nódoa. A parte mais nobre e mais rica da antiga sede da Ordem de Cristo -o conjunto Charola - Coro Manuelino- foi atingido pelo tornado de há 6 anos. Desabou parte importante do coroamento do chamado Coro Alto. Pois imagine-se que decorrido todo este tempo -seis anos!!!- tudo continua na mesma, conforme mostram as fotos.
e o péssimo aspecto actual. E já passaram seis anos!
Simples desmazelo? Falta de recursos disponíveis? A Câmara já protestou, como lhe compete? E a Assembleia Municipal, já debateu o assunto, como é seu dever?
Da informação local nem falo. Não vale a pena continuar a gastar cera com ruins defuntos. Que manifestamente não sabem nem querem aprender.
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