Estacionamento no centro histórico
A aranha presa na sua própria teia
Mais de 40 moradores à espera de vaga para estacionar no parque atrás da câmara | Tomar na Rede
Declaração de interesses: Moro na cidade antiga desde que nasci no Hospital velho, e em casa própria desde os anos 70 do século passado. Tenho uma avença anual no parque T e direito a um lugar reservado para inválido, que não exerço.
Na sua simplicidade, o título da notícia do Tomar na rede, (link supra) mostra bem o descalabro da administração autárquica que temos. Numa freguesia com menos de oito mil habitantes e cada vez menos moradores, 40 residentes à espera de vaga no único parque pago na zona, seria para rir, se não desse mais para chorar. Tanto mais que o parque de r/c e dois pisos, que acabou por custar uma fortuna, dispõe de apenas 180 lugares, mas os 20 ou 30 do último andar, estão em permanência ocupados por mais de uma dezena de viaturas da própria autarquia... A que título?
Por falar em pisos, o parque nasceu cambuta, de perna curta por assim dizer. Era para ter 6 pisos, ficou com apenas térreo + 2, e uma particularidade, que julgo original no País. A saída efectua-se unicamente pela Rua do Pé da Costa de Cima, cujos raros moradores, se quiserem ir até a casa de carro, têm de forçosamente atravessar antes o parque de estacionamento. Uma encrenca! Será que a Câmara já lhes atribuiu um passe especial para esse efeito? Duvido. (Que me dizes a respeito, velho amigo António Pimenta?)
Quer-me parecer que autarcas responsáveis e empreendedores, já teriam mandado projectar uma ampliação do parque, com mais dois ou três pisos e saída pela estrada do Convento, sentido ascendente, com rotunda na Srª da Conceição. Aproveitariam até para ali encaixar, atrás da Câmara, o acesso aos futuros meios elevatórios de acesso turístico ao Castelo-Convento, que terão de ser feitos quanto antes. Mas isto sou eu a sonhar com tempos que hão-de vir e gente que ainda não há. Elucubrações pessimistas, dirão os apoiantes da actual maioria, e até alguns laranjas... Os bem educados, claro está.
Excelente ideia, afinal sempre vamos sabendo algumas das suas propostas !!!
ResponderEliminarO que podia ser o conjunto do Convento/ Castelo/Aqueduto se bem dinamizado ??
Será que o bendito IPT não poderia instalar se fosse possível no Convento uma zona onde se fizesse restauro em várias áreas, em colaboração com alguém que saiba e tenha provas dadas como por exemplo a Fundação Ricardo espirito Santo Silva ( FRESS ) ?
E haver salas com exposições permanentes e temporárias sobre os Templários e os descobrimentos entre outras ?
Grato pelo seu comentário. A questão do conjunto monumental Castelo-Convento é para mim muito sensível e dolorosa. Nos anos 80 do século passado, quando a pedido da autarquia liderei um pequeno grupo que elaborou o processo de candidatura a Património da humanidade, deram-me a garantia que no posterior plano de exploração, que também fiz, ficaria estabelecido que a futura gestão daquele conjunto seria da Câmara. Uma vez conseguido o estatuto e aprovado pela AD de então o tal plano de exploração, mudaram de opinião. O Convento passou para o IPPC, depois IPPAR , mais tarde IGESPAR e agora Museus e Monumentos de Portugal. A autarquia de então roeu a corda. Enjeitou as suas responsabilidades, com o argumento de que "não se sabe quem vem a seguir e no governo sempre é mais seguro." Tem-se visto...
EliminarAgora, por exemplo, que a Entidade Regional de Turismo do Centro fala da instalação de um Hotel-Escola, quase que aposto que o mesmo será em Coimbra ou Aveiro, com as vastas instalações do ex-Hospital militar às moscas...e a Câmara PS apenas interessada na Feira da laranja conventual. Pobre terra!