segunda-feira, 21 de abril de 2025

As tais floreiras para substituir os pilaretes.

Política local/Autárquicas 2025

Oposição de faz de conta 
num executivo frustrado

Tarefa ingrata, a do cronista forçado a criticar a frouxa oposição, quando a maioria não vale sequer a cruz feita na papeleta. Mas as coisas são o que são, e portanto vamos a isso.
Em mais uma daquelas sessões a que o autor nunca teve a coragem de assistir, assim procurando evitar algum ataque de riso, um vereador laranja, decerto pressionado pelo que leu recentemente nesta coluna, subscrito por Zé Caldas, (acentuada redução do pessoal camarário), levantou ou voltou a levantar a questão de haver funcionários a mais na autarquia.
Foi educado e  demasiado mavioso, procurando não magoar os visados, chegando ao cúmulo de dizer que pode até haver pessoal a mais num sector e a menos noutros. Valha-nos a senhora da Agrela, que não há santa como ela! É só oposição de faz de conta, para depois usar na campanha eleitoral, pelo que melhor fora ficar calado.
Uma oposição com nervo e vontade, teria começado por solicitar  os mapas de pessoal, que após estudo atento teriam evitado posições menos sustentáveis, como a descrita que é ridícula.
Mesmo sem acesso a tais documentos, sabe-se que, entre 630 funcionários municipais, que deviam ser servidores públicos, mas não têm esse espírito, há 12 engenheiros no departamento de obras municipais, cujos projectos são feitos no sector privado, e 7 arquitectos na divisão de gestão do território, vulgo obras particulares. Para quê tanta gente, num ambiente laboral em que chegam a empatar-se uns aos outros? Quais a tarefas reais atribuídas a cada um deles? Quantos projectos deram entrada em 2024 nesses  dois serviços, para apreciação e despacho? O que dá quantos, para cada cada técnico superior?
Sem isto nada feito. Tomar nunca mais sai da cepa torta, que pelo contrário se vai entortando cada vez mais. Com os técnicos superiores em questão armados em grandes senhores ofendidos, porque sem mácula e indispensáveis ao bom funcionamento da autarquia, onde tudo corre sempre pelo melhor, como é sabido.
De resto, tolhido pela mesma situação dos vereadores da oposição, que não criticam como deviam para não perderem os votos dos funcionários. Cristóvão lá foi dizendo que há uma reestruturação em curso, com funcionários a mudar de afectação todos os meses. Por enquanto, pode dizer-se que o resultado é excelente, como está à vista de todos.
Entretanto, a Cãmara resolveu instalar mais umas largas dezenas de pilaretes, desta vez na Estrada de Serra, junto à farmácia, procurando remediar erros de projecto. Agastada, uma conterrânea pergunta no Facebook se há no concelho alguma fábrica de pilaretes, que acha feios e em excesso, sugerindo a sua substituição por floreiras. Excelente ideia, minha senhora, se estivéssemos numa cidade com servidores públicos municipais. Assim, com funcionários de fim de mês, depois quem é que que regava, limpava e cuidava das floreiras? Temos de viver com aquilo que temos, que é pouco e muito mau.


2 comentários:

  1. Já depois desta publicação, o Tomar na rede noticiou que a Câmara de Tomar não publica o "balanço social" da autarquia desde 2021, O "balanço social" é basicamente um mapa do pessoal detalhado, de difusão obrigatória. A maioria socialista não cumpre a lei a que todos obriga, certamente por estar muito satisfeita com os resultados conseguidos na área dos recursos humanos municipais, desde que tomou conta da autarquia.

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  2. Já todos tínhamos percebido que a CMT é terreno MINADO!!
    Para quê divulgar um documento anual OBRIGATÓRIO quando a gestão dos recursos ( valiosos ) humanos da CMT é feita diariamente pelo DUCE !!!

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