domingo, 5 de maio de 2024

 




TURISMO

Tomar vista pelos turistas de língua francesa 


A habitual newsletter do Routard.com, o guia turístico francófono mais vendido na Europa, dedica esta semana bastante espaço a Portugal. Além de várias propostas de caminhadas, há a ROTA DO MANUELINO EM PORTUGAL Ilustrada com as três imagens supra, um pouco diferentes daquelas a que estamos habituados, inclui textos sobre o Convento de Jesus, em Setúbal, Jerónimos e Torre de Belém, em Lisboa, Igreja de Santa Cruz, em Coimbra, Mosteiro da Alcobaça, Mosteiro da Batalha e o Convento de Cristo. Eis a tradução integral do texto sobre Tomar:

TOMAR: O ANTRO DOS CAVALEIROS DE CRISTO

"Conquistada aos mouros em 1160 [É falso, Tomar nunca foi habitada pelos muçulmanos. Nota do tradutor.] por um autêntico cruzado, mestre da Ordem dos templários em Portugal, Tomar foi logo de seguida dotada de uma fortaleza, na crista montanhosa dominando a localidade. A prudência é a mãe da segurança! O castelo torna-se então a sede da Ordem do Templo em Portugal.
Antes de partir combater, os cavaleiros oravam (a cavalo!) no oratório -a Charola- uma extraordinária rotunda, réplica do Santo Sepulcro em Jerusalém, apoiada em oito colunas e rodeada por um deambulatório de 16 lados. Em 1321, o Papado dissolveu a Ordem dos templários, mas se em França houve condenações e fogueiras, os templários portugueses, necessários para a reconquista, escaparam ao apocalipse. Só mudaram de chapéu e passaram a ser cavaleiros da nova Ordem de Cristo.
Um século mais tarde, o Infante D. Henrique, o Navegador, é nomeado governador da Ordem, e foi assim que a cruz de Cristo se fez ao largo, nas velas das caravelas portuguesas. Em Tomar, o Infante transforma o castelo em Convento de Cristo, e o seu sobrinho-neto, D. Manuel I, continua a obra, integrando a Charola numa igreja mais vasta, com abóbadas radiantes e aberturas espectaculares.
Vista do exterior, a célebre Janela de Tomar (1513), obra de Diogo de Arruda, atrai os olhares de todos. Apoteose do estilo manuelino, é tão exuberante que chega a parecer extravagante. Está decorada com cordas, nós, algas, raízes, etc.  Anjos e quimeras sobem ao longo de dois mastros de naus, cinzelados com mil motivos vegetais e marítimos. Toda uma viagem gravada na pedra, com o rosto do capitão em baixo, suportando toda a construção.
A 22 quilómetros de Tomar, o Castelo de Almourol, velha fortaleza templária a não perder."

Conforme se pode constatar, apenas se descreve o essencial do Convento de Cristo. Nenhuma referência ao centro histórico tomarense, apesar do portal protomanuelino de S. João Baptista.


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