terça-feira, 7 de maio de 2024

Imagem Rádio Hertz (editada), com os nossos agradecimentos.

Desenvolvimento local

Situação deprimente e exasperante


É um tempo triste, deprimente e ao mesmo tempo exasperante. Olha-se para a notícia, sem grandes detalhes, cumprindo o usual "quem, o quê, quando, onde", mas sem o necessário "como, porquê", para mais cabal entendimento, e fica-se triste, a pender para o deprimente e deslizando lentamente para a exasperação. (Ver link)
12 milhões de euros de obras no concelho, com fundos europeus, redundam numa verdadeira pobreza de espírito. Não falta dinheiro. Faltam cabeças. Uma miséria em termos de inovação. Biblioteca municipal, Protecção civil, Nova viatura para os bombeiros, Arranjos em Carvalhos de Figueiredo, Acrescento na circular urbana, Passadiço em S. Lourenço, Arranjos na ponte pedonal do Flecheiro,  Requalificação da Escola Gualdim Pais, Melhoramento do Largo de Cem soldos, Conclusão do saneamento no Centro histórico. Tudo coisas úteis, sem dúvida alguma, mas largamente insuficientes para uma urbe como Tomar. Uma lástima.
É praticamente só remendos, acrescentos, reparações, melhoramentos, sem qualquer ideia nova. Sem rasgo, sem imaginação, sem golpe de asa. Onde estão as soluções para os vários problemas tormarenses, o mais gritante dos quais é a assustadora falta  de estacionamento junto ao Convento, no Centro histórico e na área urbana.? Para quando os equipamentos urbanos indispensáveis ao inevitável aumento do fluxo turístico, como um pavilhão multiusos ou uma ligação rápida e não poluente Cidade-Castelo?
Nota-se desde há muito uma assustadora falta de ideias fecundas, em gente que se candidatou a lugares que não podem ser desempenhados a contento sem coragem, audácia, honradez e cabeça bem afinada. Chega de pouca sorte e de lamúrias. Ninguém nos quer prejudicar enquanto urbe multicentenária. As nossas escolhas eleitorais é que não tem sido as melhores. Haja pelo menos frontalidade para reconhecer, protestar e mudar.
As autárquicas de 2025 são já ali adiante. Vamos quebrar barreiras, deitar para o lixo os óculos partidários, e avançar? Parece-me óbvio que a actual maioria não tem recursos humanos para aspirar a mais uma vitória. Falta apurar quem a vai substituir. Vamos a isso? Sem esforço e preparação adequada, não vamos a lado algum. Já os latinos diziam audaces fortuna juvat (a sorte ajuda os audazes).


1 comentário:

  1. O uso da frase .
    " O bom é inimigo do óptimo "
    Aplica-se inteiramente a este texto.
    Pois se os diários têm muita qualidade este supera .
    Deveria ser mais divulgado.
    Quanto aos óculos partidários , ai é que a porca torce o rabo pois ja no último mandato foi o que foi e mesmo assim chegados às eleições, com maioria .

    ResponderEliminar