quinta-feira, 2 de maio de 2024

Boca do cano, Vale da Pipa, Cu de cão e Porta de Ferro, as quatro nascentes do Aqueduto dos pegões, o qual durante mais de três séculos alimentou o Convento de Cristo e regou a Cerca conventual, vistas a partir do satélite. A nascente da Porta de Ferro é a do lado direito, junto aos Brasões. É a partir dali que a água deixou de correr no aqueduto, logo que o Seminário deixou o Convento. Ele há coisas...

Património

DESMAZELO 

A moléstia que atacou a Cerca e os Pegões

TOMAR – Assembleia Municipal mostrou-se preocupada com o atual estado da Mata dos Sete Montes. Silêncio do ICNF é alvo de críticas (c/vídeo) | Rádio Hertz (radiohertz.pt)

Visitantes desolados com o estado do jardim na Mata dos Sete Montes | Tomar na Rede

Ao cabo de vários anos de porfiados esforços nestas colunas, procurando alertar para a evidente degradação da velha Cerca conventual, depois Mata nacional dos 7 montes, e do Aqueduto dos pegões, parece que finalmente as forças políticas e a informação local resolveram pegar no assunto. (ver links) Na recente sessão da Assembleia municipal, foi reconfortante ouvir a extrema direita (Américo Costa-Chega!) e a extrema esquerda (Bruno Graça-CDU) unidos no protesto contra o estado de evidente desmazelo a que se chegou.
Praticamente ao mesmo tempo, também o Tomar na rede pegou no tema e de forma assaz completa, mas parece haver em ambos os casos uma visão lacunar do assunto. As citadas intervenções centram-se nos estragos agora demasiado evidentes na Mata, culpando e bem a respectiva gestão, cuja sede é em Torres Vedras (!), mas omitindo a sua causa. Há indisfarçável desmazelo, desleixo ou falta de manutenção, tanto na Mata como nos Pegões, sendo que é a falta da água do aqueduto que provoca o estado em que se encontra designadamente o buxo, agora quase todo seco, mas não só.
Ou seja, é a falta de manutenção no Aqueduto de Pegões que origina a alteração ecológica na Mata, que tende a provocar a morte lenta da cobertura vegetal mais sensível. E o aqueduto não depende da administração da Mata, mas da direcção do Convento de Cristo, do qual é parte integrante.
Infelizmente, apesar de ocupar o cargo há mais de cinco anos, não consta que a actual directora do monumento, uma excelente pessoa, extremamente simpática, muito sensível, competente e à la page, alguma vez tenha percorrido o aqueduto de ponta a ponta. Compreende-se, porque o terreno é demasiado escarpado para sapatos de tacão alto, mas não se aceita que jamais tenha havido esforços no sentido de restabelecer as condições que prevaleceram durante séculos -a água a correr no aqueduto, da Boca do cano até ao tanque junto a Torre de Dª Catarina, no castelo templário. É assim tão difícil restabelecer a autoridade do Estado numa propriedade multi-secular que sempre pertenceu à Ordem, à Coroa e ao País?
Tal como acontece com os governos e com as chefias em geral, quem não consegue desempenhar cabalmente as suas tarefas, deve ter a coragem de ceder o lugar a quem possa vir a fazer melhor. É a norma usual em todos os países ocidentais.

 

2 comentários:

  1. Tem sentido dizer que é uma excelente pessoa, que pessoalmente até gosto muito dela, quando o que devia analisar é a sua competência para o cargo que está a desempenhar?
    Seria bom acabar com a ideia que esta gentalha que só está em certos cargos por cunhas , filiação partidária ou por pertencerem a alguma organização tipo maçonaria ou Opus Dei, para não referir outras , se demite por não serem competentes.
    Eles(as) estão lá agarrados ao tacho e por vezes só a " pontapé " são obrigados a sair.
    À boa maneira socialista, igualdade de oportunidades e nivelar tudo por baixo!!

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    1. No meu entender, faz todo o sentido tentar esclarecer que não se trata de uma questão pessoal, ou de cobiçar o lugar, para o qual já não tenho idade. Quanto aos outros aspectos que refere, ignoro se a senhora tem ou não as competências adequadas para o cargo que desempenha, já em segunda ou terceira nomeação, sempre por concurso público, o que é raro. Concurso com fotografia? É possível. Júri escolhido a dedo? É provável. Mas como demonstrar?

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