É só má língua, não é?

Somos quase todos assim. Os estrangeirados são uma das poucas excepções. Não aceitamos a crítica. Ficamos até ofendidos. Mas gostamos muito de criticar. Na área política, aqui em Tomar é um fartote. Por melhores que sejam as suas intenções, o cidadão-crítico é sempre visto como um anormal. Um inadaptado. Com problemas pendentes. Mesmo que as causas das denúncias que faz estejam escancaradas à vista de todos.

Resta portanto um único remédio: levar as coisas a rir, tratando-as de forma irónica sempre que possível. É o que se passa a tentar fazer. 

Na óptica dos próprios e dos seus apoiantes mais ferrenhos, temos uma maioria autárquica imaculada. Que nunca erra. Cheia de planos prenhes de futuro. Procurando resolver qualquer problema com a maior rapidez possível. Ouvindo a oposição. Aceitando as críticas como ajudas para fazer melhor. Mantendo sempre o sorriso e os bons modos.

Apesar de tudo isso, há um pequeno grupo de mariolas, liderados por dois conhecidos administradores de blogues, que denotam um lastimável comportamento canino. Ferram os dentes críticos nas pernas dos impolutos autarcas e nunca mais as largam. São uns malandros da pior espécie. Mentirosos, invejosos, cheios de recalcamentos, só sabem dizer mal, e nem sequer isso dizem bem. 

Eis um exemplo recente. Estamos na estação invernosa. É pois natural que faça frio, que chova e que por vezes haja neblina e nevoeiro. Aproveitando o ensejo, um desses blogues resolveu publicar 40 fotografias da cidade, visando à primeira vista realçar a sua beleza, mesmo com clima londrino. Aprofundando, conclui-se porém que foi afinal um gesto premeditado, capcioso, nitidamente com o intuito de denegrir. Numa dessas fotografias (1), depois ampliada por Tomar a dianteira  (2), vê-se perfeitamente que a nossa querida Câmara não tem de que se envergonhar no que diz respeito a pavimentação de artérias urbanas, por exemplo. Estão todas impecáveis. Não se vê  um só buraco, mesmo sem nevoeiro.
Os tais críticos com hábitos caninos e assinatura por baixo é que não desarmam. Estão sempre a inventar problemas. Mas vão parar ao inferno. Ai vão vão! Palavra da nossa senhora dos Paços do concelho.