segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

Porque vamos de mal a pior

Causou celeuma nas redes sociais a recente nomeação, pela senhora presidente, de mais uma adjunta. Só no colega Tomar na rede, esse acto provocou 14 comentários, todos criticando rispidamente. Imagina-se o que terá sido no Facebook que, por razões de higiene elementar, Tomar a dianteira não frequenta. E no entanto, apesar da evidente escandaleira, o acto presidencial tem justificação e vem afinal provar o que desde sempre aqui se tem escrito.
Ao tomar posse, cada funcionário jura solenemente que cumprirá com lealdade as funções que lhe são confiadas. Infelizmente para todos nós, em muitos casos, a experiência demonstra que tal não acontece. O que provoca consequências não previstas pelos actores respectivos, as quais estão na origem de boa parte dos problemas tomarenses.
Numa frase simples, topa-se, sobretudo desde o início do primeiro mandato socialista, que o galinheiro autárquico é constituído de facto por dois bandos opostos, cada um com a sua hierarquia própria de galos e galinhas, em função das respectivas opções políticas e outras. (Com relevo para as outras). Daqui resulta que o bando dos eleitos maioritários, tendo necessidade de aves leais, se vê forçado a efectuar as contratações necessárias de galinhas e galos de confiança política. Nem sempre é assim? Provavelmente não, mas desta feita foi. Basta ler os comentários anónimos, alguns inegavelmente da casa e do bando adverso, dos quais se destacam dois.
Num deles, classificam-se com precisão alguns dos principais intervenientes, apodando-se de maldosa uma das mais antigas e sempre leal funcionária, e de sisuda uma outra, assaz competente mas desalinhada. Noutro, lastima-se que a nova contratada de confiança política venha auferir mais de dois mil euros mensais, quando há honrados funcionários de carreira há muito na prateleira, garantindo que É O DESCRÉDITO TOTAL. Assim mesmo, com maiúsculas, para não passar despercebido.
Perante isto, pode Anabela Freitas vir desmentir o que antecede e/ou queixar-se mais uma vez de perseguição. Tomar a dianteira insiste e assina por baixo. A desgraça de Tomar prossegue a sua marcha, até agora imparável, porque se apoia em duas fortes pernas. De um lado, um grupo de funcionários superiores, que agem como se fossem donos da autarquia, repelindo com as suas exigências abusivas e demasiado onerosas a maior parte dos investidores potenciais. Do lado oposto,  uma maioria de eleitos que, sabendo bem que assim é, nada ousam fazer para acabar com tal escândalo, porque estão tolhidos pela necessidade periódica dos votos. E pela óbvia falta de coragem política.
O nunca esclarecido afastamento inopinado de Rui Serrano e Luís Ferreira, que antes haviam tentado sanear o aviário na medida do possível, aí está para demonstrar que, parafraseando Jorge Coelho em relação ao PS, quem se mete com os funcionários superiores do bando adverso leva! 
E pagam os tomarenses. E paga o concelho. Que definha a olhos vistos de dia para dia. Aqui mesmo ao lado, vão aparecendo novas empresas com fartura. E em Tomar?

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