domingo, 27 de dezembro de 2015

PARQUE DE CAMPISMO - Mais um desastre nabantino

Houve um tempo durante o qual o campismo em Tomar teve prestígio e uma clientela fiel. Situação que acabou repentinamente, com o advento do império paivino e as suas obras mal enjorcadas. Destruição de parte do alambor templário do século XII, redução da largura da estrada do Convento, desmantelamento do estádio, transformado num mau campo de treinos sem instalações adequadas, construção de pavilhões sem as medidas regulamentares, redução de uma via na Ponte Velha, imbróglio da ParqueT, que já vai em mais de 7 milhões de euros...
Todos estes desastres com o beneplácito da população e da oposição, que nunca julgaram útil protestar. Quando questionados, quase todos diziam que não concordavam e que nem sequer tinham votado nele. Porém, certo certo é que foi eleito duas vezes, com confortáveis maiorias absolutas. E agiu como o rei D. Dinis: fez tudo quanto quis.


A cartografia é como o algodão do conhecido anúncio -não engana. E o que mostra ela? Que o imperador Paiva agiu deliberadamente no sentido de atrofiar o até então prestigiado parque municipal de campismo. Encerrou-o durante meses e meses, reduziu o pessoal e a manutenção, dificultou quanto poude os respectivos acessos, uma vez concluídas as obras extravagantes.
Antes do desastre paivino o acesso ao parque de campismo era fácil para todos os visitantes motorizados. Os vindos da A1, (itinerário A), iam até à Ponte Velha, que atravessavam, cortando depois à esquerda, pela Rua da Fonte do Choupo. O mesmo faziam os provenientes de Fátima, Alcobaça, Batalha, Leiria, (itinerário B). Atravessavam a Ponte Velha e assim sucessivamente. Quanto aos da estrada de Coimbra, (itinerário C), ultrapassada a Rotunda do Bonjardim, desciam a Alameda 1 de Março e cortavam para a Fonte do Choupo. (Itinerários tracejados a verde).
Findo o efémero e equívoco império paivino, constatou-se que a situação mudara radicalmente. Então como agora, qualquer que seja a sua via de chegada, o pobre campista motorizado é confrontado com um autêntico percurso do combatente, ainda por cima mal sinalizado (ver itinerários tracejados a preto). Não surpreende por isso que muitos autocaravanistas prefiram o parque de estacionamento do mercado (F). É de mais fácil acesso...e gratuito.
O parque de campismo dá prejuízo? Paciência! Os contribuintes aguentam tudo. Mesmo as consequências das manias do Paiva, que terá dito um dia preferir o turismo de luxo ao de saco às costas. Quem não prefere? Mas Tomar tem estruturas de acolhimento à altura?
Com mais de meio mandato já cumprido, a actual gestão socialista mais a bengala da CDU vão agindo como habitualmente. Vão mudando qualquer coisinha para que tudo possa continuar na mesma.
Pobre terra! Pobre gente! 

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