domingo, 22 de outubro de 2017

Percebo mas não aceito

Não aceito porque me dói e me tira  o sono. Ontem houve tomada de posse dos eleitos em Tomar para o próximo quadriénio. Foi uma cerimónia alegre, com pompa e circunstância. A tal ponto  que me senti deslocado. Ainda fui até à porta, porém nada  a fazer. Senti-me mal entre tantas gravatas, rodeado de tanta alegria. Regressei a casa melancólico.
Também ontem houve em Lisboa uma manifestação para protestar contra a gritante incapacidade para governar de forma capaz. Para chorar e lembrar os mais de cem desaparecidos, vítimas da incompetência que por aí campeia.
Em Tomar, já o disse anteriormente, felizmente não desapareceu ninguém queimado nos incêndios. Mas mostram os cadernos eleitorais que, nos últimos quatro anos, desapareceram do concelho de Tomar exactamente 2.496 eleitores. 625 por por ano! E os tomarenses que ainda restam não reagem. Acham natural. Preferem engravatar-se para ir bater palmas a alguns daqueles que são os culpados pela preocupante hemorragia populacional que nos assola.
Tem razão Alberto Gonçalves, no seu estilo excessivo. Somos mesmo uma apatia. Pode o mundo desabar à nossa volta que continuaremos agarrados ao "osso", impávidos e serenos.
Citando o referido comentador "Não faz sentido que esta apatia com fronteiras se suponha um concelho."
Mas é o que há e assim temos de viver. Mal!

1 comentário:

  1. Politicamente...
    Antre ti mesmo e ti
    Nam sei que s'alevantou,
    Que tam teu imigo és.

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