quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Optimismo em demasia

 Analisando a composição da Assembleia municipal, a Radio Hertz diz que:
 "Olhando para os números, constata-se, desde já, que o PS não tem a maioria ainda que se acredite que a gestão socialista não terá problemas em seguir o seu programa já que a “esquerda” está em clara vantagem no órgão, sem esquecer que Américo Pereira foi apoiado pelos socialistas."
Não será demasiado optimismo? No meu tosco entendimento, produto da falta de experiência política, porque nasci a semana passada, "a gestão socialista não terá problemas em seguir o seu programa", desde que antes se dê ao trabalho de elaborar e submeter à discussão esse alegado programa, que por enquanto não me consta que exista. Uma série de boas intenções nunca constituíram um sólido projecto de trabalho.
Não há uma visão de conjunto. Falta calendarização, articulação e financiamento. Há apenas projectos sofríveis para obras esparsas a efectuar quando calhar, algumas das quais ainda nem começaram e já são alvo de forte contestação. É o caso nomeadamente do conjunto habitacional para ciganos ao lado da GNR e da bizarra requalifica Apenas medíocreção da Várzea Grande, que vai custar bastante dinheiro sem que se vislumbrem os benefícios práticos que daí vão resultar em termos de futuro a médio/longo prazo, no que concerne a estacionamento.
Se durante o mandato que vai começar o PS não mudar nem for forçado a mudar de agulha e de métodos de trabalho, haja quem nos ajude, que o futuro parece-me bem negro. Bem gostaria de estar equivocado.
Que fique claro um detalhe. Nunca quis nem quero o mal do PS, dos seus eleitos ou de quem quer que seja. Não sou sádico nem ando em busca de tachos. Apenas procuro agir no sentido de levar os eleitos a melhorarem muito consideravelmente a sua actuação, a qual como todos sabemos não tem sido boa, nem mesmo suficiente em muitos aspectos. Se tivesse sido, não estaríamos decerto a perder população a olhos vistos.

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