segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Alma lavada vida descansada

Estes últimos quatro dias, que aproveitei para tentar lavar a alma, pela reflexão e autocrítica, permitiram-me ver quão errado andava, ao criticar frontalmente quase tudo e quase todos. Praticamente sem resultados práticos, salvo uns ódios de estimação da parte de alguns conterrâneos com formação humana obviamente de excelência.
Nesta conformidade, doravante vou tentar ver a coisas tomarenses sempre pelo lado positivo. Procurar sistematicamente fazer crítica construtiva, uma coisa que os tomarenses tanto apreciamos. Por outras palavras, usar por sistema uma narrativa tal que tudo o que aconteça em Tomar seja sempre benéfico. Fica prometido e aqui vai o primeiro exemplo dessa  nova prosa. Um pouco ao estilo da geringonça.
A admirável, retumbante e espectacular vitória de Anabela Freitas foi merecidíssima e justíssimo corolário de um mandato todo ele pautado pelo rigor, pela busca do progresso para todos e pela evidente melhoria das condições de vida dos tomarenses. Além disso, a maneira como foi conseguida essa vitória extraordinária evidencia o indesmentível talento político da nossa querida governante. Ao chamar a si, em regime de coligação encapotada, os discípulos do apóstolo Pedro Marques, um pouco perdidos após doze anos de evangelização sem resultados que se vejam, mostrou-lhes a eles e aos tomarenses em geral que mesmo assim tudo vale a pena se a alma não é pequena, como diria aquela outra pessoa.
É claro que gente invejosa, mal formada, sempre à procura de tachos e de outras vantagens, (como eu, por exemplo), vai continuar a dizer que as coisas vão mal em Tomar. Apontarão o êxodo da população, a falta de limpeza do rio, a pobreza franciscana dos equipamentos urbanos, os pindéricos espaços verdes, o saneamento... Má lingua. Só má língua.
Na verdade, trata-se de uma política municipal, cuidadosamente planeada e executada, tendo em vista ir melhorando o conforto dos tomarenses. Assim, o êxodo da população é uma boa maneira de possibilitar o aumento das benesses governamentais e/ou municipais, visto que quanto menos formos, mais recebe cada um, tendo em conta que o bolo governamental não cresce assim como a gente gostaria. Quanto aos outros aspectos, trata-se obviamente de afastar quanto mais turistas melhor. Sobretudo os de pé descalço, que fazem muito barulho, sujam tudo e não rendem.
Exagero? Olhe que não! Se mesmo com a cidade abandalhada, em parte graças ao empenho da autarquia, a enxurrada turística é cada vez mais incomodativa, já pensou o que seria, caso estivesse tudo como deve ser cá na terra, nomeadamente a sinalização, o rio limpo, os sanitários em quantidade e qualidade, o estacionamento, etc. etc.?
Concluindo, por agora: Parabéns à senhora Dª Anabela Freitas e à sua distintíssima equipa, doravante enriquecida (e de que maneira!) com as novas aquisições, fruto da sua sábia estratégia política. Tomar a dianteira cá estará para criticar como sempre, agora porém pela positiva, todas as iniciativas em prol dos tomarenses, que certamente não tardarão.

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