quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Santa Iria e a hotelaria

Refere a Rádio Hertz uma nota de imprensa do executivo municipal, sobre a evolução de processos referentes a dois imóveis propriedade da autarquia. Uma vez que tal matéria vai ser debatida e votada na próxima reunião da Assembleia Municipal, prevista para 11 do corrente, impõe-se escrever sobre o tema.
Em virtude de entendimento anterior, no sentido de não prejudicar ou beneficiar qualquer candidatura, o que complicaria ainda mais a já problemática pré-campanha, Tomar a dianteira 3 decidiu que só escreverá em detalhe sobre a situação actual da Estalagem de Santa Iria caso os deputados municipais ousem ir ao fundo da questão na antes referida reunião. Se assim não acontecer, a posição deste blogue ficará para depois de 1 de Outubro. A haver derrota, os culpados que a assumam.



Em relação ao ex-convento de Santa Iria e ex-colégio feminino, o antecessor Tomar a dianteira 2 já se pronunciou, naturalmente sem qualquer consequência prática, como sempre. A máquina autárquica nabantina considera por sistema que tem razão contra todas as outras cabeças pensantes da cidade e do concelho. Os seus membros pensam e agem como se integrassem o comité central, ou a comissão política, de um partido que me abstenho de mencionar de forma clara, por continuar a respeitar muito aquilo que fizeram antes do 25 de Abril.
Para não alongar, levando o leitor a perder o seu tempo, Tomar a dianteira 3 limita-se a reiterar o que escreveu em 2015. Os senhores da máquina autárquica nabantina  já decidiram há muito, ignora-se com que fundamentação, um hotel de charme de 4 estrelas para o que resta do Convento de Santa Iria e do Colégio feminino, até à data sem qualquer sucesso prático, apesar do tempo decorrido. Só resta portanto  uma solução eficaz, que devia ter sido adoptada desde o início. Mas há gente obstinada. Eis as grandes linhas da dita solução:
Os 11 engenheiros do DOM e os 6 arquitectos da DGT arregaçam as mangas, metem mãos à obra, elaboram e apresentam ao executivo um "projecto pronto a usar" do hotel de charme que ali pretendem ver instalado. Feito isso, presidente e vereadores apreciam, debatem e aprovam o citado projecto, louvam finalmente os diligentes funcionários superiores municipais, que custam um dinheirão, e abrem concurso para a alienação daquele conjunto e respectivo projecto já aprovado, com a licença a pagamento. Querem apostar que haverá interessados e que um deles concluirá o negócio?
É que os investidores de maior gabarito, e por isso mais precavidos, não estão para ser vítimas da conhecida voracidade da máquina autárquica nabantina, em tempo e em dinheiro. Com a licença a pagamento, esse perigo torna-se muito mais remoto.

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