quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Às vezes há erros muito inconvenientes - 2

Só não erra quem não faz. Agora calhou a vez a Helena Garrido, nesta peça do Observador:

"1. Qual é a necessidade que esta obra ou este serviço vai satisfazer? Esta devia ser a pergunta com resposta obrigatória para cada iniciativa de uma autarquia. Pede-se menos novo-riquismo e trabalhos de fachada e mais obras que não se vêm mas que são fundamentais para a qualidade de vida dos cidadãos. Mais manutenção e menos construir novo – preservar é ligar-nos à história e à cultura do país."

Realmente "trabalhos de fachada e mais obras que não se vêm", não se pode dizer que sejam uma relação sexual completa, daquelas que se vêem e "que são fundamentais para a qualidade de vida dos cidadãos".
A língua portuguesa está cada vez mais escorregadia...

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Obrigado professor Rebelo por me ter conduzido à leitura de um dos mais saborosos artigos que li nos últimos anos. Não costumo frequentar o Observador. Nem sequer é porque tenha piolhos, chatos ou percevejos - simplesmente, não calha.
    Já tinha notado que a Helena Garrido tinha levado com chumbo na asa e que pairava por aí à deriva, sem saber onde poisar (cair). O artigo tem momentos deliciosos, como a proposta de integrar os dos bairros sociais, etnia cigana, inclusive, na Quinta da Marinha. Não vai direitinho a isto, mas vai lá dar.
    Pobre Helena!... Esta gente passou-se.
    Renovo os meus agradecimentos.

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