terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

A falta que fazem os hábitos democráticos

Acabo de ler aqui e aqui que a recente reunião do executivo tomarense teve momentos de grande tensão, a bem dizer mais parecidos com uma disputa entre peixeiras no mercado local, do que com uma reunião formal do órgão executivo que devia governar o concelho. E repare-se que escrevi devia antes de governar. A coisa foi de tal monta que até Pedro Marques, usualmente demasiado pacato, lamentou "o espectáculo". Uma bronca de todo o tamanho, já com difusão regional e nacional.
Tudo porque a vereadora do PSD terá apodado a presidente de mentirosa nas redes sociais, ao que Anabela Freitas retorquiu que a adversária tem todos os documentos que demonstram o contrário. Fica-se assim com a ideia -eu pelo menos fiquei- que a eleita social-democrata pretende mostrar-se aguerrida. Apresentar trabalho, para quiçá obter um lugar elegível na futura lista, que julga ganhadora.
A ser assim, e tudo indica que é, está a eleita laranja no seu direito de fazer pela vida. O problema reside no facto de ser conveniente ter maneiras, sobretudo na política. Aceitar que não vale tudo, nem se pode dizer tudo, muito menos de qualquer maneira. No fundo, a velha questão do saber dizer. Segundo Robert Foa e Yascha Mounk, citados por Paulo de Almeida Sande, nesta análise política cuja leitura vivamente recomendo, "A saúde de uma democracia não depende apenas do apoio a valores políticos chave, como os direitos cívicos, mas também da participação activa de uma cidadania informada." 
Parece-me ser o caso presente, dado que como todos sabemos bem, embora isso nos possa eventualmente desagradar, em Tomar não há uma coisa nem outra. Nem se tem manifestado o apoio da população a valores políticos chave, como os direitos cívicos; nem muito menos a participação activa de uma cidadania informada. A atitude menos polida da edil PSD demonstra infelizmente tudo isso. Tal como a reacção destemperada e desproporcionada de Anabela Freitas, embora em menor escala, porque ofendida.
Os aspectos negativos do lamentável incidente em questão, a 8 meses das próximas autárquicas, não parecem augurar nada de bom para Tomar nem para os tomarenses. Permitem apenas confirmar o velho e bem conhecido adágio segundo o qual "Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão." E se, em vez de quezílias estéreis, resolvessem finalmente preocupar-se com a busca de vias que permitam conseguir pão? Não era má ideia!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Tontices políticas

Sabe-se que a política mais não é afinal que a continuação da guerra por outros meios. Se dúvidas houvesse, aí estão as tontices dos políticos da geringonça para o provar. Após terem impedido que se saiba finalmente quem são os caloteiros da Caixa Geral de Depósitos e falhado até agora na tentativa de boicotar a dupla PSD/CDS, que procurava e continua a procurar apurar se o ministro das finanças mentiu ou não no parlamento, vem agora a trempe PS/BE/PCP insurgir-se com o falso problema da ida de capitais para offshores. Não sou só eu que o escrevo, João Vieira Pereira diz o mesmo no EXPRESSO, usando termos bem mais duros: "A discussão sobre os 10 mil milhões que voaram para paraísos fiscais é no mínimo tonta e suportada pela ignorância sobre o que são offshores. São legais e aceites internacionalmente." (João Vieira Pereira, Bloco de Notas, Expresso online, 26/02/2017). A citação não convence? Então e esta?:
"A manipulação das remessas para offshores pelo PM ficará como um dos momentos mais baixos e indignos da história da democracia parlamentar portuguesa. Um homem que é capaz de recorrer a um truque desses no Parlamento é capaz de quase tudo. Nunca a política foi tão rasca. O mesmo governo que está indignado com as contas offshores faz tudo para esconder os empréstimos feitos pela Caixa Geral de Depósitos durante os consulados socialistas do engenheiro Sócrates. E a história de como o mesmo governo levou a PT à falência, não interessa? Por mim, espero que se saiba o máximo sobre todos estes episódios. Desconfio que parte do dinheiro que acabou em offshores pode estar ligado à falência da PT e aos empréstimos da Caixa. Quem sabe se o PM ainda não acabará a lidar com tempestades depois de andar a semear ventos." (João Marques de Almeida, O banqueiro Francisco, Observador online, 26/o2/2017)
Nestas  condições, merece uma sonora gargalhada a posição do secretário geral do PCP,  Jerónimo de Sousa, ao proclamar que urge apurar todas as responsabilidades e que para isso os comunistas não descartam nenhum dos recursos regimentais da AM ao seu dispôr. Mas que responsabilidades, camarada Jerónimo? Pelo facto de não ter havido publicação atempada das ditas exportações de capitais, que todavia foram comunicadas ao fisco? Não será mais útil, sensato e rápido limitar-se a apurar se liquidaram ou não as suas obrigações fiscais?
Na verdade, a impressão que fica é que a trempe que compõe a geringonça resolveu responder ao fogo com o fogo. Ai vocês da direita andam a chatear-nos com essa telenovela da CGD? Então agora tomem lá esta dos offshores e amanhem-se.
Como também escreve João Vieira Pereira (um reles reaccionário, tal como o João Marques de Almeida, está-se mesmo a ver), "Por isso, se o governo está preocupado, e bem, com os paraísos fiscais, tem de legislar de forma a combater quem os usa ilegalmente, e de ter uma política fiscal mais amiga das empresas e do património, de forma a desincentivar o uso legal desses mecanismos. Claro que com a geringonça a mandar, já sabemos qual vai ser o caminho escolhido." (João Vieira Pereira, texto antes citado)

Imagem relacionada

Realmente, olhando para o passado, o que vemos em relação è extrema-esquerda não é nada tranquilizador. Tal como agora o governo Costa em relação aos offshores, nas décadas de 50 e 60 do século passado, o governo comunista da agora desaparecida Alemanha de Leste estava muito preocupado com a crescente emigração clandestina dos seus cidadãos, sobretudo para Berlim Ocidental. E também tal como agora a geringonça, esse mesmo governo comunista alemão de leste, em vez de procurar apurar as causas dessa sangria, para depois implementar as soluções mais adequadas, optou pela repressão. Mandou edificar o Muro de Berlim, com 155 quilómetros de extensão e uma faixa de 15 metros de largura, com minas antipessoal. Claro que a fuga diária de mais de 2 mil pessoas cessou de repente, como é lógico. Mas  a nova situação durou pouco, perante a história e não resolveu nada. Após ter provocado alguns milhares de mortos, o Muro da Vergonha, como também ficou conhecido, acabou por ser derrubado, pelos mesmos que o haviam erguido 28 anos antes. (1961 - 1989). E desde então já mais ninguém foge de Berlim Leste para Berlim Oeste. Porque será? Por favor, pessoal da trempe PS-BE-PCP, não me venham com o muro erguido por Israel, com as altas barreiras em Ceuta, ou com aquele que o Trump pretende erguer na fronteira com o México. Por condenáveis que sejam -e são-no realmente- todos se destinam a evitar a entrada de ilegais, enquanto o Muro de Berlim  evitava a fuga dos próprios cidadãos, impedidos de sair legalmente do seu país.
Escrevo tudo isto como ilustração, com o intuito de alertar mais uma vez os tomarenses, sobretudo os políticos, eleitos ou não. Também em Tomar se verifica uma crescente fuga da população e os senhores autarcas, em vez de admitirem que é urgente encontrar as causas de tal hemorragia humana, para logo a seguir arranjar soluções, vão tentando entreter-nos com festas, homenagens, comemorações, declarações para adormecer e outras actividades cosméticas. Assim uma espécie de muro de conversa. Oxalá não venham mais tarde a queixar-se de não terem sabido agir atempadamente e com eficácia. Duvido porém que o façam algum dia. Como bem sabemos todos, um político tomarense, por muito fraco que seja, acha sempre que está cheio de razão. E nunca dá o braço a torcer.
Mas a realidade também é  obstinada. Se a população continua a abandonar o concelho, se não há emprego, se não há investimento, se há cada vez mais estabelecimentos a encerrar, é porque objectivamente não há condições mínimas aceitáveis para a existência de uma sociedade florescente, baseada na iniciativa privada, porque os encargos fiscais e as atribulações administrativas de vária ordem,  são demasiado desencorajadores, em relação a outros concelhos. E o Estado não tem condições para substituir a iniciativa privada. O tempo da cidade de guarnição, com um importante contingente de graduados militares, já passou há muito. Por conseguinte, agimos finalmente? Ou vamos continuar assim, a morrer aos poucos?



domingo, 26 de fevereiro de 2017

Embirrações e nivelamento por baixo

Estão enganados os que pensam que escrevi a mensagem anterior porque embirro com a senhora presidente da câmara e/ou com os outros eleitos, socialistas ou não. Na verdade, nem tencionava escrever a tal respeito. Conforme refiro no texto, foi um amigo que a isso me incitou. De resto, nunca embirrei nem embirro com ninguém. Limito-me a discordar politicamente, o que não implica, pelo menos para mim, qualquer conflito ou alteração no habitual e cordato relacionamento pessoal. Como sempre deveria ser.
Neste caso das homenagens e das medalhas a atribuir pela Câmara, no próximo feriado municipal, aquilo que me desagrada profundamente não é só a óbvia caça ao voto. É também e sobretudo o que inevitavelmente vai resultar de semelhante sementeira de medalhas e diplomas. Porque não houve afinal qualquer selecção prévia. Todos são agraciados, quer tenham ou não tenham mérito. Há medalhas para todos os mordomos dos Tabuleiros, que não foram de certeza todos excelentes ou sequer bons. Como há diplomas para todos os funcionários municipais e dos SMAS com 25 ou 35 anos de serviço, sejam excelentes, bons, suficientes, medíocres maus ou péssimos. O que conta é a antiguidade, num caso. Ter sido mordomo, no outro.

Imagem relacionada

Não é necessário ser um grande conhecedor de história moderna e contemporânea para constatar que este modus operandi, adoptado pela gerência PS nesta comédia das homenagens, é praticamente idêntico ao usado durante décadas nos países comunistas. Trata-se do conhecido nivelamento por baixo. Somos todos iguais, somos todos competentes, somos todos honestos, somos todos excelentes, todos temos os mesmos direitos. O que evidentemente não é verdade. Quanto mais não seja porque, conforme escreveu Orwell, (ver ilustração), há sempre uns mais iguais que outros. Além disso, nivelar por baixo já provocou a derrocada de todos os regimes da Europa de Leste, no meu entender por duas razões: 1 - Os que pouco ou nada valem, julgam-se bons ou mesmo excelentes, porque são homenageados e portanto consideram-se dispensados de melhorar, uma vez que quem os dirige, ou finge que dirige, já deu mostras de estar satisfeito; 2 - Os funcionários realmente bons e excelentes sentem-se incompreendidos porque, não sendo cegos, vêem muito bem que foram também homenageados os colegas incapazes, pelo que não vale a pena, e só dá mais trabalho, fazer as coisas como mandam as normas. Quanto aos mordomos, cada qual fará o seu juízo.
Temos assim a junção de dois graves inconvenientes, muito potenciados pela endémica inveja local. Os maus  não procuram melhorar, porque já se consideram bons e os realmente competentes tendem a desanimar, por concluirem que não compensa fazer bem feito. Não é disto que Tomar precisa, mas é disto que Tomar sofre. Disto e da manifesta incapacidade dos nossos eleitos para medir as consequências dos actos  que praticam, por vezes até, como pode ser o caso, com as melhores intenções. Mas de boas intenções está o inferno pavimentado, segundo dizem os crentes. Por conseguinte, tudo devidamente ponderado, não estamos perante a comédia das homenagens. o que até nem seria demasiado grave, pois rir nunca fez mal a ninguém. Estamos antes e infelizmente confrontados com a tragicomédia, e suas inevitáveis consequências nefastas, da desenfreada caça ao voto, que não olha a meios para atingir os seus fins. Este ano  numa quarta-feira de cinzas. O acaso, às vezes acerta mesmo. 

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Há sócios que são sócios...

Um amigo que é jornalista (com carteira profissional e tudo), mandou-me um mail, incitando-me a comentar a ideia das medalhas de ouro camarárias para todos os mordomos da Festa dos Tabuleiros. Até lá vinha a frase por assim dizer assassina: Aguardo o seu comentário que...
Tratando-se de um amigo e conterrâneo que muito estimo, pareceu-me óbvio que não podia, de forma alguma, responder-lhe com a fórmula clássica "Quem tem boca não manda soprar". Sobretudo porque ele toca um instrumento muito mais audível que o modesto Tomar a dianteira 3, e podia por isso ficar ofendido. Nestas condições, involuntariamente limitado nas minhas opções, andei a matutar durante umas horas, ali à beira-mar.
Recordei-me então que, além das medalhas para os mordomos, a senhora presidente resolveu homenagear também os funcionários da Câmara e dos SMAS, com 25 e 35 anos de serviço. Os que tenham 30 anos de serviço lixam-se, ficam no grupo dos 25 anos, vá-se lá saber porquê. (Será, por exemplo, o caso de Boavida?) Se calhar apenas mais um incidente de caça. No caso, de caça ao voto.
Seja como for, esta lembradura de homenagear funcionários municipais, sem que se perceba porquê (para quê é óbvio), e sem qualquer explicação que ajude a justificar tão estapafúrdia decisão, trouxe-me à memória a habitual prática nas colectividades de bairro, que regularmente homenageiam, com medalhas,  os seus músicos e  sócios com mais de tantos anos "de casa".

Resultado de imagem para fotografias de condecorações de personalidades
Foto apenas alusiva

Foi até numa dessas colectividades tomarenses, (facilmente identificável pelos  residentes com mais de 60 anos), que um célebre dirigente amador pronunciou um dia uma alocução que se tornou célebre. Falando de improviso, julgo que não preparado (ao contrário dos improvisos longamente ensaiados do venerando Américo Thomaz), conseguiu ser entranhadamente tomarense. Ora leia-se: "Minhas senhoras e meus senhores, há sócios que são sócios e estão a fumar e sócios que não são sócios e também estão a fumar e há senhoras que auguentam e senhoras que não auguentam a minha mulher por acaso auguenta mas é um caso particular..."
Está assim encontrado o material básico para o comentário crítico que me foi solicitado, uma vez que o Município parece ter-se transformado numa espécie de colectividade de bairro, sob o impulso de eleitos obcecados com a caça ao voto. A tal ponto que vão homenagear alguns que, pelo contrário, deviam ser advertidos, ou no mínimo esquecidos.
Nessa linha, parafraseando o tal dirigente amador, "Há tomarenses que são ilustres e  vão ser homenageados e tomarenses que não são ilustres e também vão ser homenageados e há eleitores que auguentam e eleitores que não auguentam eu por acaso auguento mas é um caso particular porque estou muito longe e a distância é um poderoso detergente com enzimas glutões que dilui e tira as piores nódoas e os outros eleitores tomarenses só depois de contados os votos lá para Outubro próximo é que se fica a saber se auguentam ou se não auguentam...
Coitado do Gualdim! Nascido em Amares - Braga, onde ele havia de ter vindo cair!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Despesas com pessoal...


Les recettes de Carlos

Tavares pour redresser PSA


Le bénéfice du constructeur automobile a bondi de 92 % en 2016, s’établissant à 1,7 milliard d’euros.

M. Tavares n’a pas caché qu’Opel-Vauxhall présente quelques faiblesses en matière de compétitivité. La masse salariale de la marque anglo-allemande représente 15 % du chiffre d’affaires, contre 10 % côté PSA. Le président du directoire n’envisagerait toutefois pas de suppression de site et compte améliorer la productivité de la future entité.

Éric Béziat, Le Monde Economie online, 23/02/2017


Resultado de imagem para fotografias fábricas peugeot citroen


Carlos Tavares é um conhecido e prestigiado engenheiro e gestor luso-francês, que foi durante muito anos o número 2 do brasileiro Carlos Ghosh na Renault. A dada altura desentenderam-se e Tavares demitiu-se, ou foi forçado a fazê-lo. Algum tempo depois veio a ser contratado pela PSA - Citroën, como dirigente máximo. A notícia do Le Monde Economie da qual se reproduz acima o título e um curto excerto, refere-se a essa grande empresa francesa que o ano passado produziu 3,2 milhões de carros Peugeot, Citroën e DS.

A agora florescente PSA, com um lucro em 2016 superior em 92% a 2015, esteve em 2014 à beira da falência. Valeu-lhe a ajuda de emergência do Estado francês e do grupo chinês Dong Feng, que assim se tornaram importantes accionistas da empresa. Uma vez consolidada e bem consolidada, graças aos métodos de Carlos Tavares, PSA dispõe agora de quase 7 mil milhões de euros para investir, pelo que está a estudar a compra da anglo-alemã Opel-Vauxhall, em grandes dificuldades. Entretanto, a empresa francesa vai distribuir, pela primeira vez desde 2011, um dividendo aos seus accionistas, igual a 48 cêntimos por acção, num total de 288 milhões de euros. Só os três principais, a família Peugeot, o Estado francês e a Dong Feng vão receber 50 milhões de euros cada um, o que corresponde à sua participação no capital da PSA, que é de 13% cada.
Os trabalhadores da empresa também não foram esquecidos por Carlos Tavares. Cada um vai receber um prémio anual nunca inferior a 2 mil euros, em função do seu salário. Segundo o Le Monde, os sindicatos tiveram reacções diferentes perante este prémio. Para a FO (moderados) é muito bom, porque nunca a PSA atribuiu um prémio tão importante. Para a CGT, controlada pelo PCP, trata-se de uma injustiça, pois se os lucros aumentaram mais de metade, também o prémio anual devia aumentar mais de metade, tendo sido de 1.600 euros em 2015. Há coisas que nunca mudam, qualquer que seja o país...
Aqui chegado, quem lê estas linhas estará a perguntar o que tem tudo isto a ver com Tomar. No meu entendimento apenas duas coisas -mostrar que o Mundo é grande, não acaba ali ao fundo da Avenida Nun'Álvares e sobretudo o que consta do excerto acima, que passo a traduzir: "Carlos Tavares não escondeu que a Opel - Vauxhall apresenta algumas fraquezas na área da competitividade. As despesas com pessoal da empresa anglo - alemã representam 15% do volume de negócios, contra apenas 10% na PSA. Mesmo assim, Tavares não encara o encerramento de locais de produção e tem a intenção de melhorar a produtividade da futura entidade que resultar da fusão."
Bem sei que as autarquias não têm que dar lucro. Apesar disso, quando uma grande empresa, que produz bens transaccionáveis, gasta apenas 10% com os seus trabalhadores, e uma outra que gasta 15% está em crise, existir uma câmara que nada produz, mas gasta 40% do seu orçamento com funcionários, é manifestamente algo que não bate certo.. Tanto mais que,, num raio de 50 quilómetros, não há nenhuma outra autarquia nessa situação.
As autarquias não são comparáveis com as empresas privadas?  Concordo totalmente. No entanto, convém ter em conta que em França, o candidato centrista à próximas presidenciais, cujo resultado final será conhecido a 7 de Maio próximo, inclui no seu programa a supressão de 500 mil empregos na função pública, em cinco anos.E Emanuel Macron, ex-ministro da economia do governo socialista de François Hollande, e provável vencedor das próximas presidenciais, também já anunciou que, caso seja o vencedor, vai suprimir 120 mil lugares de funcionários em cinco anos, entre os quais 70 mil nas autarquias locais.
Tendo em conta o que antecede, creio que tanto a câmara de Tomar como a geringonça vão na direcção errada, ao aumentar o total de funcionários públicos, em vez de os reduzir. Ou estou outra vez a ver mal?
.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Sobre o lastro negativo

Usei na crónica anterior o conceito de lastro negativo, nesta frase: ...a necessidade imperiosa de abordar, nessas futuras linhas programáticas, o problema do lastro negativo do município e as medidas propostas para o ultrapassar. Estou convicto que todos os leitores compreenderam perfeitamente o que pretendi dizer. Mesmo assim, parece-me prudente esmiuçar, uma vez que, se compreenderam sem explicação adicional, melhor compreenderão com os novos dados.
Comecemos portanto pelo básico. Lastro é, segundo os dicionários da língua portuguesa, a matéria pesada (ferro, pedra, areia, madeira, cimento...) que se coloca no porão de um navio, para o equilibrar, quando a carga normal não é suficiente para tanto. Um exemplo: No tempo do Brasil-colónia, os navios à vela traziam para Portugal, além do ouro, açúcar e madeiras exóticas. No regresso, ou torna-viagem, carregavam geralmente vinho, azeite, tecidos etc, sempre em muito menor quantidade, devido à agora designada "troca desigual", criando assim a necessidade de colocar lastro no porão, para completar o peso insuficiente da carga útil.
Na maior parte dos casos, esse lastro eram toneladas de grossas pedras, que depois vieram a ser usadas para calcetar nomeadamente as ruas do centro histórico de Paraty. A chamada calçada em "pé de moleque". (Ver foto)


 Imagem relacionada

Nos nossos dias, os navios de carga e os barcos de cruzeiro já não precisam de adicionar lastro, uma vez que o peso do combustível e da carga comercial (mercadorias ou passageiros) são suficientes para garantir as melhores condições de navegabilidade. Mas ficou do passado essa noção de lastro, um lastro positivo porque indispensável.
Inversamente, usei a expressão lastro negativo para tentar mostrar que o Município de Tomar, vulgo Câmara, arrasta consigo um peso negativo, que impede a cidade e o concelho de navegar nas melhores condições, num mundo cada vez mais competitivo. A prova disso é que a população do concelho vem diminuindo de forma acentuada desde há mais de dez anos, enquanto a do concelho de Ourém, por exemplo, tem aumentado. Há portanto algo que não deixa Tomar desenvolver-se. O tal lastro negativo.
No meu pobre entendimento, esse lastro negativo engloba quatro aspectos, estreitamente ligados entre si, os quais agem como repelentes para os potenciais investidores com alguma relevância: 1 - Excesso de despesa com pessoal (40% do orçamento); 2 - Existência de uma burocracia miudinha, arrogante e interesseira, que tende a complicar tudo; 3 - Legislação local desadequada e com contornos autoritários, com especial destaque para o PDM, que nunca foi nem é algo que convenha realmente à cidade e ao concelho; 4 - fiscalidade local exorbitante, quando comparada com os concelhos vizinhos, e que encarece bens essenciais, como a água, por exemplo.
Aproximam-se eleições autárquicas, o que vai levar os vários candidatos a apresentar cada qual o seu programa. Não é obrigatório que esses programas abordem os problemas que acabo de apresentar, bem como as respectivas hipóteses de solução. Creio contudo que, caso o não façam, optando pelo mais confortável silêncio, e venham depois a governar o município, dentro de quatro anos estaremos ainda pior. Como sucede com a actual gestão PS/CDU. 
Ou será que estamos agora melhor que há quatro anos, aqui em Tomar? Acha que sim? Então faz parte daquele grupo de honrados cidadãos instalados à manjedoura orçamental, o que os leva a considerar que, se melhorou para eles, também melhorou para os outros. Infelizmente para todos, os números oficiais mostram o contrário.
Em 2005, havia no concelho de Tomar 38.518 eleitores inscritos. Em 2013, após 8 anos de péssima gestão PSD, esse total tinha baixado para 37.310. O que mostra que em dois maus mandatos PSD, 1208 eleitores desapareceram do concelho, porque faleceram ou resolveram calçar os patins. Durante esses mesmos oito anos, o concelho de Ourém, aqui ao lado, registou um aumento de 5.520 eleitores inscritos.
Durante a excelente gestão socialista que temos agora, os 37.710 inscritos de 2013, baixaram para 36.266, em 2016. Desapareceram portanto 1044 eleitores em 3 anos. Ou seja, menos 348 eleitores por ano, o que multiplicado por oito anos dá um total de menos 2.884 eleitores. Com uma boa gestão socialista. Agora imagine se fosse má, como a do PSD. Quer saber o que aconteceu em Ourém, igualmente dirigida pelo PS, entre 2013 e 2016?  Perderam apenas 468 eleitores inscritos. Regrediram de 43.331, em 2013, para 42.863, em 2016.
Mesmo assim continua convencido que em Tomar as coisas melhoraram nos últimos quatro anos? Está no seu direito. Mas olhe que os dados reais mostram apenas uma coisa: Esta câmara pode ser boa para os seus funcionários e outros instalados à mesa do orçamento, mas infelizmente é má para a cidade e para o concelho.
Isto porque, perdendo anualmente cada vez mais eleitores, que são sobretudo pagadores de impostos e taxas de toda a ordem, lá chegará o dia em que a receita fiscal nem sequer vai chegar para pagar aos funcionários e aposentados. É o que nos espera no final deste caminho errado por onde vamos.
Limito-me a avisar, porque quem te avisa, teu amigo é.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Por enquanto apenas generosas generalidades

Vi, li e ouvi ontem aqui alguns excertos da apresentação da candidatura de Luís Boavida e João Tenreiro às próximas autárquicas. Foi uma sessão que não envergonha ninguém. Pelo contrário. O auditório esteve cheio, com gente que incluía até militantes do antigo PPD/PSD, do tempo da saudosa Dª Adelaide, a guardiã do templo. É um bom sinal para o candidato Boavida. Está a conseguir reforçar, a união partidária, alargando-a.  E quanto à substância, estará o leitor já a perguntar. Pois vamos lá então a isso.
João Tenreiro esteve bem, visivelmente satisfeito por poder passar finalmente do executivo para o legislativo. Da gestão para a fiscalização. De terreno alheio para o seu campo específico, em termos profissionais. E mostrou algo significativo: o autocolante "Acredito", em vez de "acreditar", na sequência do que aqui escrevi. Sempre é bem mais vinculativo e apelativo esse "Acredito", que o simples infinito "Acreditar".
Quanto a Luís Boavida, opino que denotou empenho e dinamismo, mas voltou a ser vago no fundamental. Deixou para momento mais oportuno a apresentação das linhas programáticas da sua candidatura. Já na entrevista ao Cidade de Tomar, há meses, tinha dito a mesma coisa. E esqueceu-se de novo de calendarizar esse momento oportuno. Mau sinal.

Resultado de imagem para fotografias Luis Boavida e João Tenreiro
Foto O Mirante

Fiquei espantado ao ouvir um salva de palmas, coroando a afirmação do candidato segundo a qual "O importante são as pessoas." Trata-se de uma frase feita, ainda por cima já muito gasta, cujo conteúdo exacto julgo que ninguém saberá explicar cabalmente. Daí o meu espanto. Resta portanto esperar pelo tal momento oportuno, para conhecer o programa do candidato social-democrata e saber onde entra, (se chegar a entrar), a dita importância das pessoas. Entretanto, sem que ninguém me tenha encomendado o sermão, ouso avançar a necessidade imperiosa de abordar, nessas futuras linhas programáticas, o problema do lastro negativo do município e as medidas propostas para o ultrapassar.
Luís Montenegro, uma jovem figura nacional, também esteve à altura, conquanto não tenha ido além das habituais generosas generalidades. Ainda assim, disse algo que convém ter em conta. Afirmou que Boavida tem tudo para ser um bom presidente de câmara. O que é indesmentível. Nunca antes se apresentou aos tomarenses um candidato tão bem preparado. Tanto na área académica, como na prática profissional. Com a vantagem de conhecer muito bem a casa e de já ter palmilhado o concelho como poucos. Aposto que até já comeu frango ou febras  mais de que uma vez, em cada uma das freguesias. Não é pouca coisa. Mas essa circunstância, bem como o seu vasto conhecimento da casa podem também vir a revelar-se desvantajosas. Basta para tanto que opte pela direcção errada.Vamos esperar para ver.
De qualquer forma, continua a faltar o essencial: Conhecer o programa, designadamente como tenciona eliminar os actuais travões ao desenvolvimento (o tal lastro negativo, referido mais acima). E se, uma vez eleito, terá coragem para tanto. Porque se trata, sem qualquer dúvida, de uma tarefa para gente "de barba rija" e com a cabeça bem formatada. Oxalá seja o caso, porque colectivamente os tomarenses merecem melhor, conquanto nada façam em prol da urgente e inevitável mudança, que apesar disso muitos vão procurar travar pela calada. Alguns até já começaram, por sinal de forma bem canhestra.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Parecem viajantes enganados

Começa bem!? O que disse ele no discurso de apresentação que mereça realce!?- Eu respondo NADA!!!
Esta apresentação não passou dum beija-mão ao potencial futuro Presidente da Câmara dos boys, dos rapa-tachos e outros acólitos...
A intervenção do Montenegro valeu ZERO. Quem lá foi, foi para ouvir falar sobre o Concelho e as propostas do PSD para o concelho, e não para ouvir balelas que nada diziam respeito ao tema principal...Claro que tb nao deixou de dizer algumas mentiras a propósito da forma como conseguiram eles baixar o défice do País, pois a verdade seria que foi através de um brutal aumento de impostos e cortes nos direitos dos funcionários públicos 
Houve uma coisa positiva: o Beberete foi bem servido...
É triste ver um partido como o psd atolado com gente que pôs a câmara e concelho no estado em que ficou, cheio de dívidas e sem rumo, agora quererem mais forrobodo.
Comentários do mesmo tipo destes abundam nas redes sociais. Basta começar a criticar o governo ou qualquer câmara dita de esquerda para começar a ouvir estas marteladas na mesma bigorna. Até os senhores membros do governo e os senhores autarcas, com realce para os do PS/CDU enveredam quase sempre por essa via. O que não deixa de ter a sua piada, sobretudo no que concerne aos do PS. Fazem lembrar aqueles passageiros do metro, tão distraídos que só no final da linha se dão conta de terem viajado na direcção errada. Passos Coelho e Paulo Portas foram uma desgraça? E Sócrates, com as suas megalomanias, o seu feito autoritário e o resto, foi uma maravilha? Passos e Portas aumentaram impostos e retiraram regalias? Por pura maldade política? Por sadismo? Ou forçados a tanto pela troika, devido às anteriores asneiras socratinas? A geringonça conseguiu até agora reduzir o défice, sem aumentar os impostos e revertendo algumas medidas de austeridade? É um facto. Mas com que custos sociais para o futuro?
No que a Tomar diz respeito, essa doença que consiste em não conseguir deixar de olhar para trás e só para o que convém no momento, chega a ser consternante. Imagine-se que os nossos prendados autarcas até resolveram agora mandar auditar a Divisão Financeira da Câmara, a partir de 2005. É verdade! A partir de 2005. Para quê? Para tentar encravar esses malvados do PSD, que deixaram a cidade e o concelho em péssimo estado. Porquê? Porque as cabecitas, se calhar mal formatadas, de alguns dos actuais membros do executivo não conseguem enxergar para além de um certo limite. Que é este: O PSD governou mal. Por isso foi punido. Perdeu para o PS em 2013. Fez-se justiça, portanto. O PS conquistou o direito de mostrar aquilo de que é capaz. As coisas não lhe têm corrido bem? Que culpa disso tem o PSD? A sua actuação como "oposição coinstrutiva" só peca por defeito.
Assim sendo, que adianta andar agora, mais de três anos depois, a desculpar-se com os erros dos mandatos anteriores? Qual o interesse da auditoria, que terá de estar concluída até ao final de Agosto? Conseguir auditar documentos técnicos referentes a 11 anos, eventualmente ouvir alguns intervenientes, e depois redigir um relatório, tudo isso em menos de 6 meses? Ganhem mas é juízo!
O que os eleitores vão julgar nas urnas, nas próximas autárquicas, é o actual mandato e as propostas para o próximo. Não os mandatos anteriores, durante os quais, que se saiba, os eleitos pelo PS e os outros ou apoiaram, ou guardaram, quais ratos, um prudente silêncio. Sobretudo durante os desmandos paivinos, levados a cabo sem qualquer oposição. No tempo em que Relvas dizia ser Paiva um dos melhores autarcas do país e todo o executivo -incluindo a oposição- concordava.
Por conseguinte defendam, se assim o entenderem, a actual coligação PS/CDU, ou só a governação Anabela Freitas. Façam como quiserem. Mas por favor, arranjem outra argumentação, se conseguirem. Quem consentiu que Sócrates, Passos, Paiva, Corvêlo ou Carrão governassem, sem nunca levantar a voz ou escrever umas linhas críticas, dando a cara, o melhor que agora tem a fazer, se quiser manter a decência, é limitar-se ao mandato actual e olhar para o futuro. O resto, quanto mais lhe mexem, pior é o cheiro. 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Colocar um marco

Serve a presente mensagem para colocar aqui um marco, assinalando o dia em que Tomar a dianteira 3 ultrapassou as cem mil visualizações de páginas. É muita visualização, para um modesto blogue sem pretensões, que não é generalista e apenas trata de política tomarense. Tanto mais que muitas dessas visitas são de cidadãos envergonhados, vulgo hipócritas, que todos os dias me lêem, mas insistem em garantir o contrário. A todos o meu obrigado e votos de muita saúde e alegria de viver.

Visualizações de páginas de hoje
469
Visualizações de páginas de ontem
889
Visualizações de páginas no último mês
13 329
Histórico total de visualizações de páginas
100.171
Situação à 23H37 (hora de Lisboa) de 20/02/2017

As mesmas causas...

"Esta semana desastrosa mostrou alguns dos problemas mais sérios da geringonça. O governo não sabe o que fazer. Não tem estratégia, não tem rumo e não tem políticas. Limita-se a estar no poder, e tudo fará para não o abandonar. Já reverteram o que podiam reverter e agora vão gerindo o país com o financiamento do Banco Central Europeu. Temos um governo que se limita a sobreviver. Por isso, vamos assistir a mais semanas como a última. Se não for a Caixa, é a TSU, ou as parcerias público-privadas, ou qualquer outra coisa. As contradições da geringonça são demasiado profundas. E vão piorar. Não vão seguramente melhorar."

João Marques de Almeida, Um aperitivo do caos político que aí vem, Observador.pt, 19/02/2017

Sentenciou o químico francês Lavoisier, há mais de dois séculos, que "As mesmas causas, nas mesmas circunstâncias exteriores, produzem sempre os mesmos efeitos." Vejamos uma vez mais se assim acontece também na política, dado que o postulado inicial se referia  à química.
Usando o excerto acima como base, desçamos das alturas de Lisboa ao vale nabantino, que é como quem diz, subamos o vale do Tejo, derivemos para o vale do Zêzere e daí para o do Nabão. Na área política, pois claro.
Temos então o seguinte: 
Esta semana desastrosa mostrou alguns dos problemas mais sérios da manhosa mini-geringonça local. O executivo socialista não sabe o que fazer. Não tem estratégia, não tem rumo e não tem políticas. Limitam-se a estar no poder, e tudo farão para não o abandonar. Já fizeram o que tinham a fazer e agora vão gerindo a cidade e o concelho com os poucos meios disponíveis. Temos uma presidente que se limita a sobreviver. Por isso, vamos assistir a mais semanas como a última. Se não for o estacionamento, é o ambiente, ou os contratos por ajuste directo, ou as auditorias quando o mandato está a terminar, ou qualquer outra coisa. As contradições da manhosa mini-geringonça local são demasiado profundas. E vão piorar. Não vão seguramente melhorar. E a CDU até já veio dizer o que pensa a esse respeito, pela voz do seu vereador Bruno Graça, e do deputado municipal Paulo Macedo.
Como se vê, encaixa perfeitamente. O que não me parece surpreendente. Em Lisboa e em Tomar fala-se a mesma língua, a cultura é comum e a ideologia político-partidária é idêntica: Procura-se afanosamente chegar ao poder sem grande preparação prévia, ou programa sério. Depois logo se vê.  
As consequências aí estão, com tendência para o agravamento.


Foto Cidade de Tomar, com os nossos agradecimentos.

Mas a até agora amorfa oposição local também não tem motivos para embandeirar em arco. Ao invés do que pensam alguns dos seus maiorais, o eleitorado não está a dormir. Está só calado, por ser demasiado conformista. Mas continua a pensar. Basta atentar nestes comentários à apresentação da candidatura de Luís Boavida, copiados de Tomar na rede, para disso se dar conta:

Realmente estava cheio, mas foi uma apresentação cheia de nada então a intervenção de Luís Montenegro, falou falou mas de eleições autárquicas pouco disse, estava mais interessado em politica nacional, enfim."
Pagaram aos participantes? 
Ofereceram eletrodomésticos... bonés... canetas...? :)
Quando o líder do PSD destaca o "estacionamento tarifado" como um dos maiores problemas do município, ficamos com medo de mudar da lama para o atoleiro.
Triste cidade, esta!"
Conforme aqui escrevi há uns tempos, ou tratam de arranjar um projecto e quem o saiba transformar em programa, e mais tarde implementar, ou estão bem lixados. Com lixa da grossa! 
E nós, pagantes de taxas e impostos, directos e indirectos, também. Infelizmente! Porque, caso não existam escolhas evidentes na altura de votar; se os candidatos forem semelhantes e sem projectos que os distingam de forma clara, que fazer?




domingo, 19 de fevereiro de 2017

Informando os leitores

Nunca fui, não sou, nem pretendo vir a ser jornalista. Gosto no entanto de informar as pessoas, o que tenho procurado fazer à minha maneira. Publicando diariamente pelo menos uma notícia explicada, tal como vejo a realidade envolvente. Algo tão próximo quanto possível daquilo que se pratica nos grandes jornais internacionais, ou no Expresso e no Observador, em Portugal.
Mas Tomar a dianteira continua a ser um blogue pessoal, que só trata praticamente de política local pura e dura. Por isso com pouca audiência. De acordo com os mais recentes dados estatísticos da Google, na sexta-feira, 17 de Fevereiro foram registados 729 visionamentos de página e no sábado seguinte (ontem) 627:

Visualizações de páginas de hoje
246
Visualizações de página de ontem
627
Visualizações de páginas no último mês
12 588
Histórico total de visualizações de páginas
99 059
Seguidores


Quanto aos textos mais lidos, aqui vai a respectiva relação:

Mensagens
EntradaVisualizações de páginas
              
     

Mensagens

EntradaVisualizações de páginas
07/07/2016, 1 comentário
2419
17/02/2017
1071
12/10/2016, 3 comentários
640
20/04/2016, 1 comentário
307
07/12/2016, 2 comentários
229
            



       

Origem geográfica dos leitores:



EntradaVisualizações de páginas
Portugal
56975
Estados Unidos
30365
Brasil
4819
Rússia
1499
Suíça
1001
Reino Unido
599
França
325
Noruega
251
Ucrânia
154
Espanha
134


Resta-me agradecer a todos a paciência que têm revelado, ao aturaram-me por escrito todos os dias. Formulo votos de saúde, alegria, felicidades e facilidades. Sobretudo administrativas. E muita paciência, que vêm aí as autárquicas.

Actualização, às 12H13 (hora de Lisboa), de 20/02/2017

Onde se lê "Visualizações de página de hoje 246", deve passar a ler-se 889, porque tal foi o resultado apurado ao fim do dia de domingo. Entretanto o texto "Não é inocente" já regista 1071 visualizações.